Com mais maturidade e prontas para a Liga Feminina

Ana Ramos e Carolina Bernardeco de regresso ao nosso país

Ana Ramos e Carolina Bernardeco, duas bases que passaram os últimos anos nos EUA, estão de volta ao nosso país, e mostram vontade de singrar na Liga Feminina.

Após quatro anos na Universidade de San Diego, Ana Ramos tem um novo desafio pela frente, no União Sportiva. A jogadora de 21 anos explica o porquê da escolha: “Apesar de não ter os minutos desejados no EUA, nunca deixei de trabalhar. No Sportiva quero ganhar experiência e competir com jogadoras mais experientes. Escolhi este clube porque acho que tem as condições necessárias para atingir os meus objetivos”, afirma.
A MVP do Europeu de Sub16 femininos de 2015 mostra-se bem focada: “Estou mais madura. Tudo o resto, penso que se mantém. Passados quatro anos, obviamente que estou mais velha, e esta experiência em San Diego só me fez perceber ainda mais aquilo de que eu gosto e aquilo que quero fazer. E irei lutar/trabalhar para o fazer!”, vinca.
Mery Andrade, figura incontornável do basquetebol português, foi adjunta de Ana Ramos, algo fundamental: “A Mery Andrade foi a razão pela qual escolhi a Universidade de San Diego. Foi um alívio ter alguém que me pudesse ajudar no outro lado do oceano, sendo ela quem nós sabemos, uma ex-jogadora com bastante experiência. Ensinou-me muita coisa , mas o que mais me marcou foi a sua mentalidade e filosofia de trabalho, quase se pode comparar com a Mamba Mentality! Para sermos melhores temos que trabalhar, nada nos vai cair do céu”, finaliza.
Já Carolina Bernardeco esteve cinco anos em solo norte-americano e traz várias histórias para contar: “As melhores recordações que tenho foram o facto de poder treinar e jogar ao mais alto nível e de, ao mesmo tempo, poder tirar o meu curso. O que também vai ficar para sempre é o facto de ter que acordar às 4h30 da manhã para me ir preparar para o treino intenso que estava para vir todos os dias e o ter que sair desse mesmo e ter que ir treinar outra vez. Foram momentos marcantes e que nunca vou esquecer. Outra memória que fica para a vida foi ter jogado no pavilhão de Duke, conhecido como Coach K Court, completamente cheio, foi uma sensação incrível. E outra memória marcante foi o meu senior day, porque depois de ter passado por muitos altos e baixos, é o momento em que olho para trás e sinto que tudo valeu a pena”, conclui.
A antiga atleta da Universidade de Old Dominion, com 22 anos, assume o objetivo de disputar a Liga Feminina: “Sou uma jogadora com mais maturidade  e isso reflete-se nas decisões que tomo dentro do campo. O meu principal objetivo é poder jogar na nossa Liga”, não esconde.
Mas a passagem de Carolina Bernardeco pelos EUA também contou com uma experiência enquanto treinadora-adjunta da Universidade de Queens. A base fala do quão importante foi para si: “Estar numa equipa técnica foi uma experiência importante e que me deu uma perspetiva do jogo diferente. Estando do outro lado, foi possível perceber a importância da relação entre os jogadores e treinadores para que tudo dê certo. O meu trabalho no staff também passou pelo scouting e por definir uma estratégia para os jogos, e isso acrescentou-me conhecimento”, analisa.
28 MAI 2020

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