Preparam-se mudanças

Aguarda-se agora a resposta da DREFD às pretenções da ABIT.

Uma Série Açores com seis equipas e várias alterações nos Campeonatos Regionais dos escalões de formação, são dois dos pontos abordados na Proposta de Modelos Competitivos que as associações regionais apresentaram à Direccção Regional de Educação Física e Desporto no decorrer da passada semana. Um documento elaborado pelo gabinete técnico da Associação de Basquetebol de São Miguel, depois de em reunião inter-associativa todas as associações terem chegado a um entendimento sobre os modelos a adoptar para as competições regionais. Segundo o documento “o aumento do número de praticantes, de jogos realizados e de equipas, em todos os escalões, ditou que cada escalão fosse olhado de forma própria e caso a caso”. Por isso, sugerem as associações, que nos escalões de Cadetes e Juniores (masculinos e femininos), sempre que todastiverem clubes inscritos (num total de quatro), “a prova de âmbito regional terá duas fases”. Uma primeira com os quatro participantes, num sistema de todos contra todos concentrado num fimde- semana, em que o último classificado será eliminado, passando os restantes três a uma segunda fase, disputada a quatro voltas com jogos em casa e fora. Nos casos em que só três associações apresentem clubes, passa-se imediatamente à segunda fase. No escalão de Iniciados (sub-14), em ambos os sectores se prevê competição regional a nível de clubes e selecções de associação. Ou seja, terá lugar o Campeonato Regional e um Torneio Regional. A prova entre clubes disputa-se em duas fases concentradas, no sistema de todos contra todos, sendo que da 1ª para a 2ª fase se elimina o 4º classificado, participando na 2ª fase apenas os três melhores. A competição entre selecções joga-se numa única fase concentrada no sistema de todos contra todos. SÉRIE AÇORES A SEIS A proposta feita pelas associações regionais propõe também alterações na Série Açores do Campeonato Nacional de Basquetebol 2 (CNB2), masculino e feminino. Segundo o documento entregue na DREFD, numa primeira fase participam seis equipas, numa competição a realizarse entre Dezembro de 2006 e Março de 2007. No sector masculino deverão estar presentes duas equipas micaelenses (União Sportiva e Laranjeiras Clube), duas terceirenses (Angra- Basket B e Vitorinos) e uma faialense (o Fayal Sport), sendo que a sexta formação, ainda por definir, será da ABIT ou da ABSMaria. No sector feminino participam Operário, TAC, Vitorinos, Marienses, Clube ANA e Fayal Sport. Os vencedores da Série Açores lutarão depois pela vitória na prova nacional frente a equipas do continente, podendo em caso de sucesso, ascender ao Campeonato Nacional de Basquetebol 1. Com as alterações que se pretende introduzir, a aplicação da legislação em vigor passa a prevêr a possibilidade de militarem duas equipas dos Açores, quer no CNB1 quer na 1ª Divisão feminina. “Perante tal cenário”, refere a proposta, “a realização de uma Liguilha só acontecerá no caso de uma equipa dos Açores ganhar o direito desportivo de subir do CNB2 ou 2ª Divisão feminina e, comulativamente, se registara descida de divisão das equipas a militar na Proliga e Liga Feminina”. Aí, a Liguilha seria disputada numa fase concentrada, com a realização de dois jogos em ilha neutra, com a vaga a ser disputada “entre a equipa que sobe da CNB2 ou 2ª Divisão feminina e a que já lá se encontra. RESPOSTA EM BREVE Com a organização de todas estas provas, às quais se juntam ainda as participações nacionais dos escalões de formação, quer de clubes quer de selecções, as associações antevêem uma despesa que ronda os 260 mil euros. Número em redor do qual gravitam as dúvidas da DREFD. Segundo o próprio director regional, a aprovação deste diploma depende em muito das questões financeiras. Ou seja, foi dada liberdade para asmodalidades apresentarem os modelos que mais lhes convêm, mas o montante global a suportar pela Direcção Regional, “não deverá ultrapassar o que tem sido gasto até aqui”. Para Rui Santos qualquer aumento de custos terá de ser alvo de uma análise cuidada daquele organismo. Depois de uma reunião entre a tutela e as associações de basquetebol, em que estas matérias foram abordadas, o director regional revelou que está de acordo com as mudanças e que “em princípio as alterações serão aprovadas”, mas ainda está a estudar o documento, por isso “pode haver necessidade de reajustamentos… Mas se os valores forem idênticos não deverão haver problemas de maior…”. Ao todo serão organizadas dez provas a nível de clubes e dois Torneios Regionais de Sub-14 por Selecções, nos sectores feminino e masculino do basquetebol açoriano. Para além disso, o novo modelo prevê também a participação dos clubes regionais nas provas de âmbito nacional e a participação das selecções açorianas nas Festas Nacionais do Basquetebol Juvenil (Iniciados e Cadetes), bem como um orçamento detalhado sobre os gastos com a arbitragem das competições regionais.