De alma e coração
Associações | Atletas
9 NOV 2006
o campo demonstra empenho e gosto pelo jogo para dar e vender. Mas do lado de fora, na hora de falar, revela toda a sua timidez Mesmo assim é fácil perceber o amor imenso que sente pelo clube, pela modalidade e pela sua nova função de treinadora.
Recebe o passe, faz a transposição para o ataque sempre em velocidade e, se houver espaço, é vê-la correr para o cesto em busca de mais dois pontos. Do alto do seu (pouco mais de) metro e meio de altura, Neuza Gomes revela toda a sua garra, sem medo das torres adversárias, mostrando que este é o seu ano. A hora de confirmar todas as suas qualidades e ganhar títulos para o seu clube de coração: Os Vitorinos. Nós estamos com muitas esperanças em fazer uma boa época e ganhar. Acho que estamos muito confiantes e temos uma equipa que se complementa bem, que se conhece há muito tempo Temos jogadoras que já estão no clube há cinco, seis, sete anos, por isso acho que podemos atingir os nossos objectivos, revela quando a questionamos sobre os objectivos das Juniores dos Vitorinos para a época que agora se inicia. Já com a vitória no Torneio de Abertura no bolso, diz sem problemas que o TAC está igual e o Boa Viagem, sem as duas jogadoras da Liga também não está muito forte. Por isso estamos com boas perspectivas e queremos ganhar o campeonato . Uma convicção motivada por vitórias locais e regionais no escalão de Cadetes, há dois ou três anos, e pelo bom início de época, em que estamos a criar um bom grupo, quer de Juniores quer de Seniores. Tudo alicerçado num pilar fundamental segundo Neuza Gomes O regresso do professor foi muito bom. Já conhecemos o prof. Paulo Pinto há muito tempo e é sempre bom ter o velho treinador de volta (risos). Depois de um ano em que as coisas não correram bem, o grupo volta a animar-se, com os olhos postos nas vitórias locais e, quem sabe, numa boa prestação em ano de estreia na Série Açores da II Divisão Nacional: Ainda não falamos muito sobre isso, mas é claro que queremos sempre ganhar os jogos que jogamos. Vamos fazer o nosso melhor, tentar discutir sempre o resultado, e depois vê-se, confessa a nossa figura da semana JOGAR SEMPRE Mas, apesar das ideias definidas e da vontade de vencer, não se pense que foi fácil arrancarlhe as palavras As frases vão saindo a saca-rolhas Sinal de timidez que vai disfarçando com um sorriso. Por detrás da vergonha, vai revelando uma simpatia enorme e um coração dedicado àquilo que gosta: obasket, a família, as crianças, o namorado e a vontade de viver, própria de quem ainda (aos 18 anos) tem tudo pela frente. Em ano de transição, espera acabar matemática do 12º ano e tentar entrar num curso ligado ao Desporto e à Saúde. Mas ainda é cedo para ter certezas em relação a isso. Entretanto, continua a jogar basquetebol (pela sétima temporada consecutiva), diverte-se com os amigos, sai com o namorado, e vai ocupando o tempo ajudando os mais novos: estou a trabalhar na creche em São Lázaro (Praia da Vitória), no OTL. Comecei há dois anos, só no Verão, e agora estou lá durante seis meses, com os miúdos de dois anos. É bem giro e é uma coisa que eu gosto. Um caso de paixão pelas crianças, transportada para o basquetebol, com o início de uma nova aventura como monitora de Minibasquete (ver Caixa). Sempre no seu clube de coração Há muito amor à camisola. Toda a gente que está no clube, gosta de estar nos Vitorinos. Já outros clubes falaram com algumas jogadoras nossas e ninguém saíu Por isso acho que há amor ao clube, um espírito de grupo forte e vontade de crescer ainda mais; basta ver que temos mais de 20 atletas no Minibasquete, alguns deles muito bons, para ver que temos futuro.


