Juízes em dificuldades
As solicitações são cada vez em maior número e vão revelando algumas carências no sector da arbitragem.
Associações
10 NOV 2006
A falta de juízes é uma evidência, que deve ser combatida, segundo Teresa Rocha, com mais solidariedade e espírito de grupo.
De ano para ano o número de jogos vai aumentando, a participação nos Nacionais vai sendo mais regular e as exigências de técnicos, dirigentes e atletas vão sendo, compreensivelmente, maiores Resultado? Insatisfação em relação ao sector da arbitragem. É o árbitro que não aparece, é a mesa com apenas um ou dois elementos, é a falta de qualidade ou de experiência dos mais novos Situações e criticas que vão acontecendo, que nos fizeram perguntar porquê, à presidente do Conselho de Arbitragem da ABIT A resposta é ilucidativa: Por vezes é impossível ter juízes suficientes para cobrir todos os jogos que temos. Muitas vezes, nas próprias reuniões da associação, chegamos à conclusão de que há jogos em que vai faltar gente. O que temos feito é tentar sempre convocar dois árbitros e três oficiais de mesa, mas há semanas em que isto é impossível (muito por causa dos jogos nacionais). Ou seja, segundo Teresa Rocha, a falta de árbitros é uma realidade. Por isso, o que há a fazer é, continuar com as Reciclagens e com a Formação Contínua e preparar um curso para novos juízes, que deverá começar ainda este ano. Para além disso, alertamos todos para que tenham o cuidado de entrar em contacto com um colega quando acontecer algum imprevisto de última hora, para que não haja jogos sem árbitros, e estamos também a tentar implantar reuniões trimestrais com todos os juízes, de forma a que se fale dos problemas e se tente encontrar soluções, no seio do grupo. Acho que isto é preferível a andar na praça pública a falar de coisas que nos interessam sobretudo a nós, conclui. Entretanto, a responsável pela arbitragem pede um esforço extra a todos, para remediarem a falta de pessoal disponível. Até porque todos os anos há esperança de que as coisas melhorem, mas cada vez há menos juízes e a cada ano que passa é mais difícil cativar as pessoas para a arbitragem. Para além disso, os mais velhos vão ficando mais cansados, a sobrecarga de jogos nacionais é cada vez maior, o que torna as coisas mais complicadas. Há muita gente que passa metade dos fins-de-semana no pavilhão e isso é muito cansativo. POR OUTRO LADO Mas, apesar das dificuldades, nem tudo são dificuldades no sector da arbitragem da ABIT. Esta semana ficou marcada por dois regressos aos pavilhões (os de Marisa Fernandes e Nuno Capaz) e, como refere Teresa Rocha, as faltas injustificadas vão sendo cada vez menos. Para além disso, o despontar de alguns jovens juízes dão confiança e esperança num futuro melhor Os mais novos estão preparados para assumirem as suas responsabilidades. Ainda este fim-de-semana tivemos um exemplo disto mesmo, com a prestação de três novas oficiais de mesa em jogos dos Nacionais, que acabaram o curso há pouco mais de um ano e se portaram lindamente. Estou muito orgulhosa por todas elas, porque fizeram um trabalho excelente, confessa a responsável pelo CAD da Terceira. No entanto, a vida dos mais novos também não é fácil, porque se por um lado isto é bom, porque lhes dá mais responsabilidades, por outro podemos caír em situações menos benéficas, porque desta forma eles não têm o devido acompanhamento e não lhes dá tempo para amadurecerem. Daí que seja necessário que, os mais velhos vão dando algum apoio, algo que acontece por exemplo com o Rui Rocha, que continua presente, sempre pronto a ajudar.


