Festas do Basquetebol Juvenil

Associações | FPB
10 ABR 2007

s Iniciados dos Açores mantiveram-se entre os melhores. Nos Cadetes, destaque para a equipa feminina, que venceu todas as partidas e ascendeu ao Grupo 1; enquanto que os rapazes ficaram, de novo, a uma vitória da subida.

Um ambiente fantástico. Quase mil atletas concentrados numa cidade. Durante quatro dias, em Portimão, jogaram entre si selecções de todas as associações do país… Foi neste clima de festa que a Selecção dos Açores de Cadetes femininos, uma das quatro equipas açorianas presentes na Festa Nacional, conseguiu a subida ao Grupo 1 do basquetebol nacional. A equipa dos Açores, com muitas terceirenses, ganhou todos os jogos do Grupo 2 por margens folgadas e na altura das decisões, contra as algarvias deu a ‘estocada final’ rumo ao grupo das oito melhores selecções do país.A equipa orientada por Roberto Simões (Caravela), começou a competição incluída na Série D do Grupo 2, com a companhia de Braga, Alentejo e Guarda, e cedo se percebeu que a tarefa não seria difícil para as açorianas. No primeiro dia (29 de Março) venceu Braga, por 53-28, e Alentejo por 72-22. Na manhã seguinte despachou a Guarda por 73-7(!!!), conseguindo assim o primeiro lugar na sua série. Depois teve de ultrapassar o vencedor da série E (Leiria, por 49-21), garantindo um lugar no sub-grupo que disputou a subida de divisão… Aí, no sábado, nova demonstração de valor das cadetes, que voltaram a vencer Leiria (52-38), de manhã; para no jogo decisivo, frente à pior classificada do Grupo 1, conseguir definitivamente o passaporte para o grupo das melhores, com uma vitória sobre o Algarve por 51-34. Uma demonstração de qualidade de uma equipa equilibrada, com soluções de banco, com um jogo interior forte e com uma velocidade de jogo muito diferente da realidade que encontraram nesta segunda divisão. Definitivamente, pelo que vimos, uma equipa de Grupo 1… Objectivo cumprido, com distinção. Resta esperar pelo próximo ano, para confirmar a boa prestação, agora contra as melhores selecções do país. Iniciados cumpriramJá entre as oito melhores associações estiveram as selecções Açores de Iniciados, femininos e masculinos, que também cumpriram o objectivo: a permanência no Grupo 1 do basquetebol juvenil nacional.Os rapazes, orientados por Nuno Barroso, garantiram logo no primeiro dia a manutenção, com uma vitória sobre uma frágil selecção de Braga, por 62-22, depois de terem sido derrotados no primeiro jogo da prova por Setúbal (40-50). Depois veio o mais difícil… Incluídos numa série com Lisboa e Aveiro, os açorianos perderam frente aos primeiros por 21-67 e frente aos segundos por 39-58. Duas derrotas esperados, frente a duas das mais fortes associações do país (Aveiro foi a vencedora da prova), mas que deixaram mossas no ânimo do grupo. No dia seguinte, na luta pelo 5º lugar, a equipa açoriana voltou a encontrar-se com Setúbal, saíndo de novo derrotada, agora por 57-94. No final ficou o 6º lugar, entre dezoito associações, que garante a permanência e nos incluí no grupo das melhores. Ficou a ideia de um desfecho justo, mas também de uma barreira bem vincada entre os mais fortes (Aveiro, Porto, Lisboa, Setúbal) e os que os perseguem (Açores, Santarém, Viana do Castelo).As iniciadas tiveram tarefa igualmente difícil e demoraram um pouco mais a garantirem a permanência no primeiro grupo, já que no primeiro dia averbaram duas derrotas, frente à Madeira (por 16-74) e a Santarém (por 36-57). Na manhã de sexta-feira finalmente a esperada vitória, sobre Setúbal (48-27), que carimbou a permanência das atletas de Ana Mota no Grupo 1. Depois, na luta pela melhor classificação possível, as açorianas perderam frente a Leiria (44-39) e Lisboa (110-41), disputando o sétimo lugar na última partida do torneio de novo frente às leirienses. Aí desforramos a derrota da véspera com uma vitória por 50-39, que garantiu para os Açores o 7º lugar final.O ‘Quase’Para que tudo fosse conseguido em termos classificativos só faltou uma vitória: a dos cadetes masculinos sobre o Algarve, que lhes permitia a subida ao Grupo 1. A equipa de Rui Fonseca entrou bem na prova, com vitórias, na quinta-feira, sobre Castelo Branco (68-24) e Guarda (65-37); e continuou ainda melhor, com duas exibições soberbas frente à Madeira (45-32) e Leiria (50-43), que valeram a vitória no Grupo 2. Depois, na hora do tudo ou nada, frente ao pior classificado do primeiro grupo, a selecção quebrou, averbando uma derrota por 30-56… Vinte e seis pontos que faltaram para que tudo fosse perfeito.A equipa açoriana mostrou algum excesso de confiança no primeiro dia, normal face à qualidade inferior dos adversários, e uma força de carácter e qualidade de jogo excepcional no segundo dia da prova. Pensou-se por isso que a subida seria uma realidade, até porque esta selecção do Algarve era uma selecção ao nosso alcance. Tal não aconteceu, ficando assim adiado o sonho dos Açores em cimentar de vez a sua posição entre as oito melhores associações do país, em todos os escalões e em ambos os sectores… Resta esperar por 2008, para confirmar a posição açoriana no Grupo 1 de iniciados (masculinos e femininos) e cadetes femininos e, quem sabe, conseguir a desejada subida nos cadetes masculinos… Tudo para ver no próximo ano, de novo em Portimão, de novo no Jornal do Basquetebol. Os vencedores foram, nos Iniciados masculinos e femininos, Aveiro (que bateu o Porto em ambas as finais), nos Cadetes femininos, a selecção de Lisboa (derrotou a Madeira), e nos Cadetes masculinos, Setúbal (que venceu o Porto na final). Opiniões divergentesNo final, as opiniões dos técnicos variavam entre o óptimo, o bom, e o assim-assim… Para Roberto Simões, seleccionador de Cadetes femininos, “a nossa participação foi muito positiva”. Segundo o técnico, que garantiu a subida, “cumprimos inteiramente os objectivos desportivos propostos e, por isso as atletas estão de parabéns. No que diz respeito à parte social, penso também que foi muito bom para as atletas”. Roberto Simões destacou ainda o “espírito de grupo” e a “coesão da equipa”, que valeu a promoção à primeira divisão. “Estou muito orgulhoso pelo trabalho realizado e espero que os clubes continuem a trabalhar bem, porque uma Selecção Açores depende muito do trabalho que eles fizerem. Esperamos por isso que eles tenham em atenção os critérios que estabelecemos e que enviamos para os treinadores e comecem a fazer o seu trabalho também com eles em mente”. Menos satisfeito, estava Rui Fonseca, depois de não alcançar a esperada subida de nível… “A fase de grupos foi muito boa para nós, com um segundo dia fantástico. A única coisa que tenho a lamentar foi a atitude demonstrada pelos jogadores quando confrontados com uma situação de possível subida… Aí, não estiveram à altura daquilo que se esperava deles, frente uma selecção inferior à nossa”.Em relação aos Iniciados masculinos, Nuno Barroso queixou-se do “pouco tempo de preparação da equipa”, que fez apenas um estágio de quatro dias que antecedeu a competição. “Por outro lado”, disse, “é fundamental que se comece a trabalhar nos clubes de uma forma diferente. Tem de haver maior campo de recrutamento e mais qualidade de trabalho nos clubes… Apesar das dificuldades mantivemos o nível um, o que foi bom. Mas não me parece que seja um lugar seguro, que continuarmos com algumas das falhas que mencionei.”

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10 ABR 2007

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