Campeões derrotados no Minho

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29 MAR 2009

O Vitória de Guimarães protagonizou uma das surpresas da jornada ao vencer, no Minho, os actuais campeões nacionais, por 85-78. Com este triunfo os comandados de Fernando Sá, embora se mantenham na 7ª posição, igualaram os portistas no número de vitórias alcançadas (16) e têm um jogo a menos. Já a Ovarense Dolce Vita viu-lhe fugir o 2º lugar da tabela, uma vez que o CAB Madeira triunfou na sua deslocação a Coimbra (89-75).Se durante a primeira parte os pupilos de Mário Leite foram mais fortes – a prova disso mesmo era a vantagem de que dispunham ao intervalo (44-36) –, a segunda metade do encontro foi totalmente dominada pelos anfitriões. A turma vimaranense iniciou a 2ª parte a todo o gás e, no final do terceiro período, a vantagem dos campeões nacionais já se esfumara, mercê de uma parcial de 24-13 favorável ao conjunto da casa (60-57).O número invulgar de perdas de bola efectuadas pelos campeões nacionais durante o encontro (21 contra as 10 dos vimaranenses), será uma das explicações para este resultado negativo. Teremos em perspectiva um escaldante CAB-Ovarense, na última jornada da fase regular para decidir a atribuição do segundo lugar da fase regular.Mérito para o Vitória que, apesar de todas as contrariedades, continua a manter a sua competitividade, provando que irá ser um osso duro de roer, seja quem for o adversário.Destaque para a magnífica exibição da dupla norte-americana Louis Graham (27 pontos, 9 ressaltos, 4 desarmes de lançamento e 2 roubos de bola) e Donte Minter (27 pontos, 4 ressaltos e 4 assistências). Nos forasteiros os compatriotas John Waller (23 pontos, 4 assistências e 2 roubos de bola) e Rolan Roberts (11 pontos e 11 ressaltos) bem tentaram evitar o desaire.Vagos deu boa réplica na LuzNuma partida que já cheirou a playoff, o Benfica conseguiu a sua 27ª vitória consecutiva da temporada, depois de ter vencido na recepção ao Vagos Norbain Lusavouga (91-87). Num encontro repleto de emoção e entusiasmo, os encarnados demonstraram traquejo para aguentar a pressão dos momentos finais. Uma palavra para os comandados de Renato Soares que, uma vez mais, deixaram uma excelente imagem da qualidade e da capacidade de sofrimento que o grupo possui.O virtuosismo individual dos encarnados durante a primeira metade do encontro, especialmente do seu norte-americano Seth Doliboa, que esteve com a mão quente nos lançamentos longos, sobrepôs-se ao jogo mais pausado e trabalhado no 5 para 5 em meio campo da equipa de Vagos.A perder por 6 pontos de diferença ao intervalo (41-47), o descontrolo emocional dos visitantes no recomeço da 2ª parte fez aumentar a diferença para 14 pontos, dando sinais que tudo de bom que tinham feito durante a primeira metade caíra no esquecimento. Quando tudo levava a crer que os encarnados iriam sentenciar o encontro, os vaguenses conseguiram recompor-se, restabeleceram a diferença com que tinham atingido o intervalo (61-68), deixando tudo em aberto para o derradeiro período.Os 10 minutos finais foram electrizantes, com as duas equipas a baterem-se de igual para igual. Depois de um período menos conseguido da equipa da casa, precipitando e forçando alguns ataques, os encarnados foram capazes de responder à letra a todas as tentativas que a turma de Vagos efectuou para assumir o comando no marcador. Os 2 últimos minutos foram bem o exemplo disso, quando se passou a assistir a uma fase de triplo cá, triplo lá. Neste período, a acção de João Santos foi fundamental já que, com dois triplos consecutivos, soube responder numa altura de pressão extrema ao aproximar do resultado, motivado pelos triplos de Pedro Nuno e Rico Hill. Já no último minuto, outro lançamento de 3 pontos, desta vez de Miguel Minhava, colocaria a diferença nos 4 pontos, entrando-se a partir daí no jogo dos lances-livres, acabando, novamente, por ser João Santos a sentenciar a partida.As boas prestações de Seth Doliboa (27 pontos, 4 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) e da dupla portuguesa Sérgio Ramos (21 pontos, 8 faltas provocadas, 6 ressaltos, 2 roubos de bola e 2 assistências) e João Santos (14 pontos, 3 ressaltos e 3 roubos de bola) foram decisivas na manutenção da invencibilidade do Benfica. Do lado da turma de Vagos, destaque para o inconformismo de Pedro Nuno (23 pontos, 8 assistências e 3 ressaltos), bem como da dupla Hill (21 pontos, 8 ressaltos, 5 assistências e 2 roubos de bola) e Coleman (18 pontos, 4 ressaltos, 4 roubos de bola e 2 assistências).De regresso ao 2º lugarO CAB Madeira foi uma das equipas que mais beneficiou com a jornada deste fim-de-semana. O conjunto de João Freitas deslocou-se até Coimbra, onde derrotou a Académica, por 89-75. Com o deslize da Ovarense Dolce Vita, em Guimarães, os insulares reassumiram a 2ª posição na tabela classificativa, com uma vitória a mais do que o conjunto vareiro.Na equipa insular a dupla norte-americana Jason Smith (22 pontos, 5 assistências, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) e Lance Solderberg (23 pontos e 9 ressaltos) voltou a fazer a diferença no encontro. Nos estudantes, os estrangeiros Anthony Williams (19 pontos, 11 faltas provocadas, 7 ressaltos, 3 roubos de bola, 2 assistências e 2 desarmes de lançamento) e Manuel Johnson (19 pontos, 8 ressaltos, 3 roubos de bola, 2 assistências e 1 desarme de lançamento) bem remaram contra a maré.

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29 MAR 2009

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