Daniel Brandão: «Comportamento fantástico»

"Temos um plantel jovem, trabalhador, solidário e com grande espírito coletivo a todos os níveis", conta, orgulhoso, o treinador que esta temporada passou a técnico principal dos açorianos.

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28 NOV 2013

A eliminação na Taça de Portugal, assegura, não vai causar mossa no moral da formação insular, que não quer afastar-se “um milímetro” do objetivo principal da época – a permanência na Proliga. Leia a entrevista nos detalhes desta notícia.

A passagem de adjunto a principal foi uma escolha natural por parte do clube?Na minha opinião, depois da saída do treinador principal, o clube tinha duas opções: ou rompia com o ciclo iniciado na época transata ou continuava esse mesmo ciclo. Dado que o clube optou por continuar o ciclo já iniciado, julgo que fui uma escolha natural, até pelo meu percurso como adjunto e treinador nos escalões de formação do clube.Teve de alterar muito a sua forma de se relacionar com os atletas? Sentiu alguma dificuldade de aceitação nesse novo papel dentro da equipa?Os jogadores aceitaram muito bem a minha promoção a treinador principal da equipa e não tive qualquer dificuldade em que eles me vissem e me respeitassem como o novo líder. Conversámos no início da época, clarificámos regras e objetivos, e dessa forma não tive que alterar a forma como me relaciono com o grupo nem com os jogadores individualmente. Introduziu grandes alterações na forma de jogar do Terceira Basket? Está satisfeito com os reforços recrutados para esta temporada?O trabalho que temos vindo a desenvolver esta época surge numa linha de continuidade com o bom trabalho desenvolvido na época passada. Esta época não partimos do zero, tendo sido deixadas boas bases de trabalho na época transata. Obviamente, foram feitos alguns ajustes no modelo de jogo da equipa, devido ao facto dos jogadores que vieram reforçar a equipa terem caraterísticas algo diferentes daqueles que saíram. Estou muito satisfeito não só com os reforços, mas com todos os jogadores. Temos um plantel jovem, trabalhador, solidário e com grande espírito coletivo a todos os níveis, desde o jogador mais jovem até ao mais experiente.Que balanço faz do comportamento, até ao momento, da equipa?Na minha opinião, o comportamento da equipa tem sido fantástico. O mérito em grande parte é dos jogadores que têm desenvolvido um excelente trabalho nos treinos e na interpretação e aplicação dos planos de jogo. Mais do que o lugar que ocupamos na classificação, a equipa vem solidificando o seu modelo de jogo ofensivo e defensivo, e tem sido competitiva em todos os jogos, mesmo nas derrotas que tivemos até agora. Existe uma crença muito grande dentro do grupo de que fazendo as nossas coisas bem, podemos ganhar a qualquer equipa do nosso campeonato. No entanto, também sabemos que se não formos competentes, podemos perder. Temos investido muito tempo de trabalho na melhoria dos nossos jogadores, a nível individual e coletivo. Acredito que com a melhoria dos jogadores a equipa jogará naturalmente melhor de jogo para jogo.A eliminação da Taça de Portugal já foi ultrapassada?A nossa prioridade em termos competitivos é o Campeonato da Proliga. No entanto, o jogo que disputámos para a Taça de Portugal era um encontro que queríamos ganhar. Infelizmente, não o conseguimos, com muito mérito do nosso adversário e com algum demérito nosso. No entanto, essa derrota não influenciou em nada o nosso percurso no Campeonato e serviu de motivação para nos jogos seguintes darmos um passo em frente e corrigir os aspetos em que não estivemos bem no jogo da Taça.Revê na equipa consistência e qualidade de modo a que possam estar a este nível até final do campeonato?O nosso objetivo competitivo primordial é a permanência no Campeonato da Proliga e não nos vamos afastar um milímetro desse objetivo até o conseguirmos alcançar. Temos que ser humildes e ter os pés bem assentes na Terra, sabendo que o campeonato é longo e que nem sempre as equipas que começam bem, também acabam bem a competição. A nossa filosofia passa por ganhar o próximo jogo e é nesse sentido que abordaremos a restante competição, sabendo que tudo daremos para o conseguir semana a semana. Temos sempre o “handicap” de quando jogamos em casa termos que realizar dois jogos em cada fim de semana. Não temos conseguido ser tão competitivos no 2º jogo, como somos geralmente no 1º, o que nos condiciona um pouco, fruto do pouco tempo de recuperação entre os jogos. Aliás, contando com o Troféu António Pratas e com a Taça de Portugal, 4 das 5 derrotas que temos esta época em jogos oficiais foram no 2º jogo no mesmo fim de semana. Com exceção da outra equipa açoriana do nosso campeonato, este facto não acontece com mais nenhuma equipa, o que não me parece justo em termos desportivos. No entanto, prometo que tudo daremos para criar dificuldades a todos os nossos adversários e para sermos consistentes e competitivos até final. A foto é da autoria de Pedro Alves/DI.

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28 NOV 2013

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