«Que a dor e o sofrimento comece!»
O CAB não entrou na final do playoff da Liga Feminina da melhor maneira, mas a jogadora norte-americana afiança que a equipa tem a fibra necessária para inverter o rumo dos acontecimentos já este fim-de-semana.

Atletas | Competições
7 MAI 2014
A Quinta dos Lombos é um conjunto que impõe respeito, porém as insulares estão determinadas a corrigir os erros cometidos e a dar a volta à eliminatória, à semelhança do que fizeram nas meias-finais, frente ao GDESSA. Não perca a entrevista, nos detalhes desta notícia.
Esperavam obter outro resultado diferente no jogo 1 do passado sábado ?Sim claro, ninguém joga para perder. Eu jogo basquetebol há mais de 20 anos e quero sempre ganhar. Mas se a pergunta é no sentido de saber se fizemos o suficiente para vencer, a resposta é não. Esperávamos ganhar mas não jogamos o suficiente para ganhar, jogamos com medo e isso não é bom.Acha que a equipa não esteve tão bem como costuma ser habitual?Não estivemos ao nosso nível. Quando se perde, voltas atrás, vais ver o video do jogo e chegas a conclusão que a tua equipa jogou sem caracter a maior parte do jogo, dai a derrota. Acho que nós não estávamos prontas para uma partida de “wrestling” o que nos colocou fora do jogo. Pode apontar algum aspecto do jogo em que ache que a vossa equipa tenha estado menos bem?Jogamos como uma equipa que pensava que ia vencer o jogo com o primeiro tiro, ou logo no primeiro período e quando se joga precipitado e à louca, a tendência é jogar mal. Não houve nenhuma continuidade nas nossas ações, não existiram as sinergias habituais nem jogamos com aquele espírito de equipa. Fomos lentas no ataque e na defesa. Mas isto não é um play off a 1 jogo, a primeira equipa que vencer 2 jogos é que será a campeã e isto é que tornam os play offs do basquetebol por todo o mundo fantásticos. Ficou surpreendida pelo estilo de jogo apresentado pelo Lombos?Não, de maneira nenhuma. Eu analisei 7 jogos delas antes deste jogo. Fiquei muito mais surpreendida pelo não de assinalar de faltas óbvias por parte da arbitragem. Não sobre mim, mas sobre as minhas colegas de equipa. Quando fizeram faltas sobre mim os árbitros apitaram, mas em relação as restantes eles deixaram andar muito na decisão “NO CALL”. Mas ok, não há problema, isto é uma “GUERRA” e temos de estar preparadas para jogar assim também. Não se pode pedir aos árbitros marcação de faltas, temos é de ser também agressivas e depois tudo acontecerá naturalmente. Por mim não tenho problema nenhum em relação a agressividade do adversário, sou uma poste e estou habituada a isso. A nossa equipa vai estar preparada para tudo o que acontecer no jogo 2. Mesmo assim acha que tem hipóteses de discutir o título em Lisboa?Não sei muito bem o que quer dizer com isso, mas se ficas desencorajada com uma derrota, não há nenhuma razão para jogares qualquer desporto. Na vida e no desporto vamos encontrar obstáculos, e é na forma como tu os ultrapassas que faz de ti uma campeã e não as derrotas ou as vitórias. Eu conheço bem a nossa equipa. Estou na Madeira há 5 meses e sei que nós vamos jogar com os nossos corações e mente determinada, e uma vez mais, não vamos entrar desencorajadas. Nós vamos jogar o CAB BASKETBALL.Continua confiante se jogarem ao vosso melhor nível podem vencer os dois jogos em Carcavelos?Taj- Eu sou uma jogadora confiante por natureza. depois de ter jogado mais de 1000 jogos ao longo da minha longa carreira este momento é somente mais um ponto alto. A pressão não está sobre nós, a pressão está sobre o Lombos, nós não temos um DREAM TEAM, somos somente um grupo de jogadoras trabalhadoras e unidas que querem muito vencer. Nós estamos confiantes porque ninguém pensou que poderíamos estar aqui. A nossa equipa, durante a primeira volta da fase regular, não conseguiu fazer melhor que o 6º lugar e tenho a certeza que muitos dos media e muitas pessoas pensaram que eu era somente uma jogadora velha e veterana e que já não conseguia jogar a este nível, mas nós todas provamos que estavam todos enganados e estamos na final da liga. Vamos continuar a jogar ao nosso estilo no proximo sábado. O melhor de tudo é que esta final é excelente para a Liga Feminina e para o basquetebol feminino português. Todos querem ver as duas melhores equipas na final.Na sua opinião o que será decisivo para o CAB poder ser campeão?Taj – Para o CAB Madeira ser campeão, temos de jogar á CAB, ou seja, como aquela equipa que venceu ao GDESSA nas meias finais depois de perder o primeiro jogo. Nós sabemos o que temos de fazer para vencer, ou seja, jogar duro, ter calma, mas sermos agressivas e jogar ao nosso ritmo. Temos as melhores 10 jogadoras que podemos ter para as necessidades da equipa. Já fomos testadas nestes play offs e somos a equipa da Liga que mais fez dois jogos seguidos ao longo da época. Estamos preparadas. O jogo joga-se no CAMPO e não nos jornais ou nos media. LET THE PAIN AND SUFFERING BEGIN.THANK YOU SEE YOU SATURDAY AT LOMBOS.