«Vamos lutar até ao fim»
O Illiabum não entrou da melhor foma na final do playoff da Proliga diante do Dragon Force porque, tal como já tinha acontecido em outros encontros frente a esta equipa, a formação de Ílhavo tem tendência a claudicar “nos momnentos decisivos”, conforme reconhece o jogador.

Atletas | Competições
7 MAI 2014
Mas nem tudo está perdido e tudo pode acontecer, pois as equipas são muito parecidas em termos de qualidade, afiança Raimundo.
Uma vez mais estiveram próximos de vencer e foram surpreendidos na parte final do encontro. A equipa tem receio de vencer ou acusa a pressão do momento?É verdade. Mais uma vez não conseguimos completar o nosso objetivo que era ganhar. Mas não creio que se possa dizer que fomos “surpreendidos”, pois já conhecemos bem a qualidade do Dragon Force. E, tal como nós, são uma equipa com muita qualidade e que tenta ao longo dos 40 minutos praticar o melhor basquetebol possível, bem como tomar as melhores decisões de forma a atingir o êxito. E não penso que tenhamos também algum receio de ganhar, aliás o que a nossa equipa mais deseja e trabalha para, é exatamente isso. Ganhar! Após quatro jogos realizados contra esta equipa em que temos um saldo negativo, 3 derrotas e 1 vitória, em que quase sempre o “filme do jogo” é o mesmo, ou seja, começamos a ganhar e estamos durante quase todo o encontro a vencer e depois acabamos por desperdiçar vantagens conseguidas com muito esforço e trabalho. Posso dizer que claudicamos nos momentos decisivos e não conseguimos executar da melhor forma, tanto a nível defensivo como ofensivo e temos quebras muito grandes de rendimento e concentração também por vezes. O que a este nível pode custar-nos o jogo, como tem vindo a acontecer infelizmente.Consegue identificar o que falhou nos últimos 10 minutos do primeiro jogo?Tal como referi anteriormente, penso que nesse momento do jogo acabamos por ter uma quebra em termos de intensidade e concentração no jogo, o que nos leva a tomar algumas decisões que não são as melhores para a equipa e consequentemente prejudicam-nos. Nomeadamente no ataque à defesa zona que o Dragon Force recorre sistematicamente, nas segundas partes dos nossos encontros, para abrandar o nosso ritmo de jogo e produção ofensiva e na qual tem tido algum sucesso muito por culpa nossa.Tendo em conta que estiveram no comando durante 3 períodos, é caso para dizer que não ficaram convencidos sobre a superioridade do Dragon Force?Mais uma vez, tal como já disse, não é a primeira vez que isto acontece. Em quatro jogos conseguimos sempre algum ascendente sobre o adversário mas claudicamos nos momentos decisivos, sendo que apenas uma vez fomos capazes de gerir a vantagem conseguida. Penso que entre as duas equipas não há uma clara superioridade de nenhuma delas, aliás como demonstram os resultados dos nossos jogos, que têm sido bastante nivelados. Apesar do saldo negativo que temos, acho que ambas as equipas equiparam-se em termos de qualidade. A equipa não esteve muito bem no tiro, como provam as fracas percentagens de lançamento de campo. Mérito do adversário? E se isso não será, muito provavelmente, o aspeto mais importante a melhorar para o próximo fim de semana?Sim, é verdade que não estivemos muito bem no aspeto dos lançamentos de campo. Ao longo do ano fomos a melhor equipa do campeonato em termos de percentagem a lançar de 2 pontos mas neste jogo não conseguimos fazê-lo com tanta qualidade como fizemos em todos os outros jogos ao longo do ano, e isso prejudicou-nos claramente em termos ofensivos. O adversário teve algum mérito na forma como tentou dificultar ao máximo a nossa tarefa na hora de lançar ao cesto sim, mas também jogos não são jogos e às vezes isto acontece. Mas acredito que no próximo jogo vamos voltar ao nosso nível em termos de percentagens de lançamento, pois creio que é um aspecto que temos de melhorar.Reconhece que possa ter existido algum descontrolo emocional na parte decisiva do jogo?É certo que a dada altura existiu algum descontrolo emocional por nossa parte, devido a alguns acontecimentos que se foram registando na parte decisiva do encontro. Mas isso não serve de desculpa, e já não é a primeira vez que acontece, e temos de melhorar nesse aspeto e aprender a controlarmo-nos mais e a continuarmos focados no nosso objetivo.Caso não possam contar com o João Figueiredo e o Jaime Silva, a equipa continua a ter argumentos para continuar a discutir a final?Em relação a isso posso dizer que o João ainda hoje treinou connosco como sempre o faz, com a mesma vontade e entrega de sempre, por isso vamos contar com ele. Em relação ao Jaime, sofreu um toque no último jogo, mas sendo a pessoa e competidor que é vai fazer tudo para se apresentar no próximo jogo na melhor forma por isso também contamos com ele. São dois jogadores muito importantes na nossa equipa e contamos com eles para o próximo jogo mas a nossa equipa vale por um todo e não por dois jogadores.Os tiros de três pontos continuam a ser um problema criado por esta equipa do Dragon Force?O Dragon Force ao longo da temporada foi a melhor equipa em termos de lançamento de 3 pontos e continua a provar porquê. Sabemos que é uma das grandes armas que eles possuem e temos de tentar contrariar ao máximo esse aspecto do jogo deles.Acha que a equipa pode fazer melhor? E se isso acontecer, será possível conquistarem o título?Sim. Definitivamente acho que sim! Não temos sido consistentes ao longo de todo o jogo na maior parte dos jogos que efetuamos contra o adversário, e isso tem-nos custado a vitória. Penso que esse, juntamente com a concentração e intensidade e boa tomada de decisões ao longo dos 40 minutos, são os aspetos que temos de melhorar para atingirmos a vitória nesta final. Tendo dito isto, acredito que temos hipóteses de conquistar o título, pois tal como já disse as duas equipas estão bastante niveladas e nunca se pode prever qual o desfecho dos nossos jogos e nós vamos trabalhar e lutar até ao fim pela conquista do título.