«O Fight Club está de volta»
É com o objetivo de alcançar uma posição que dê acesso à Divisão A que a Seleção Nacional Sub-20 Feminina vai começar a preparar o Europeu B, que se disputa no início do mês de julho, em Sófia, na Bulgária.

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28 MAI 2014
Embora o período de preparação não seja muito longo, o selecionador garante que a equipa está a postos para enfrentar o desafio da promoção. Leia tudo, nos detalhes desta notícia.
Este primeiro estágio que inicia no final do mês de Maio visa quase exclusivamente para que o Selecionador Nacional Eugénio Rodrigues possa “observar as atletas que irão compor a Seleção Nacional de Sub 20 – 2014”, e a “respetiva definição de estratégias”. Ainda que não possa ter todas as atletas disponíveis em função da calendarização desportiva nacional, Eugénio terá no entanto “o grosso que compõe este grupo e que abrange as atletas nascidas em 1994 e 1995, tocando ainda, conforme já vem sendo hábito, algumas atletas sub-18 que representem uma mais valia para o grupo.”O técnico mostra-se bastante entusiasmado com potencial deste grupo de trabalho, bem como com a diversidade de opções e talento individual. “Esta geração apresenta características muito interessantes traduzindo-se num plantel com alguma profundidade e soluções variadas, sobretudo se compararmos com o grupo anterior. Temos com efeito um pouco de tudo e com mais do que uma atleta por posição ou característica.” O Selecionador espera colher frutos no trabalho de continuidade iniciado na temporada passada, tanto mais que aquelas que se juntam este ano acrescentam qualidade e são opções válidas a ter em conta. “Face às limitações do grupo do ano transato, investimos na altura em jogadoras de primeiro ano por forma a podermos rentabilizar para esta época, pelo menos com algumas delas, a sua experiência no escalão de Sub-20. O grupo compunha-se então de 9 jogadoras que poderiam repetir o escalão. Somando a algumas dessas atletas, outras que sobem este ano pela primeira vez a Sub-20 creio que poderemos aliar a experiência ao talento, a versatilidade à biometria e claro, as ganas ao sonho de voltarmos a subir de divisão.”Mas nem tudo é perfeito, e nada se consegue sem trabalho. “O ponto menos forte, que até nem se prende com o plantel propriamente dito, é o já ‘normal’ período de preparação que é bastante curto e claro está, a crise financeira generalizada que a todos toca, condicionando a realização de mais jogos amigáveis a nível internacional.”É sempre complicado fazer prognósticos, mais ainda quando estamos a falar de Seleções jovens. Ainda assim, e tendo em conta as últimas participações das equipas presentes, Eugénio consegue categorizar o favoritismo que poderá ser atribuído a cada Seleção. “Obviamente não jogamos sozinhos e como nós, estarão mais 9 Seleções congéneres para lutar por esse desiderato. Por esta ordem, jogamos contra a Roménia, Hungria, Israel, Noruega, Grã-Bretanha, Bulgária, Alemanha, Lituânia e Bósnia Herzegovina. No sempre difícil exercício de previsão das forças presentes, à primeira vista temos como candidatas aos 3 lugares medalhados e que dão acesso à promoção, a Hungria, Alemanha e Lituânia. Foram as 3 equipas que desceram de divisão no ano transato e que têm também algum calo no que toca ao nível competitivo. São países com tradições no basquetebol e cujos rosters terão atletas vindas do europeu de sub 18, 8º – Div B, 9º – Div B e 3º Div B, (respectivamente). Israel, Bulgária e Grã-Bretanha serão igualmente favoritas a uma medalha na medida em que, tal como nós, apresentaram em 2013, rosters constituídos quase exclusivamente por atletas de primeiro ano. Finalmente, outsiders como Roménia e Bósnia serão sempre de considerar pois, se não se apresentaram numa boa forma ou se não competiram em 2013 (respetivamente), são seleções tradicionalmente difíceis para nós. Por ultimo, uma palavra para a Noruega, que desconhecemos por completo em Sub 20, tendo obtido resultados modestos no escalão de Sub 16 e Sub 18.”O Europeu, que se joga em Sófia – Bulgária – de 3 a 13 de Julho, volta a ter um formato competitivo de todos contra todos, o que normalmente não é algo que favorece Portugal ou qualquer equipa que tenha menos argumentos do que as demais. “Diria que num bom dia, uma equipa teoricamente inferior pode fazer uma surpresa e vencer um jogo, mas num campeonato inteiro isso resulta um pouco mais complicado.”Porém, isto não é nada que nos demova ou diminua o objectivo principal, que é de “obter uma medalha e voltar a subir ao palco principal do basquetebol europeu, a Divisão A.” O Selecionador Nacional ilustra bem a determinação com que esta Seleção lutará para alcançar essa meta, ao dizer que: ” O Fight Club está de volta e pronto a dar tudo pela camisola que veste.”