Barcelos impôs-se ao Lusitânia

O Basquete de Barcelos foi a primeira equipa a assegurar a presença na final da VII edição do Troféu António Pratas/LPB, ao bater a equipa do Lusitânia por 79-69, no jogo da primeira meia-final da competição.

Competições | FPB
12 OUT 2014

Depois de 30 minutos de grande equilíbrio e alternâncias no comando do jogo, os barcelenses conseguiram fugir no marcador no quarto e decisivo período.

 

Começou melhor a equipa do Barcelos, que a meio do 1º período já vencia por dez pontos de diferença (14-4). Os minhotos aproveitavam bem a falta de eficácia no lançamento exterior por parte dos insulares para em rápidos contra-ataques somar cestos fáceis. Nuno Barroso viu-se obrigado a parar o jogo e o descanso fez bem aos açorianos. Começaram a procurar mais o seu jogo interior, mas foram três triplos consecutivos de Miguel Freitas que colocaram o Lusitânia na frente do marcador (15-14). Um parcial de 10-0, em pouco mais de 2 minutos, que fez de imediato José Ricardo Rodrigues intervir no jogo. Até final do período o equilíbrio foi maior, ainda que tenha sido o Barcelos a terminar melhor (20-19).

 

A formação minhota iniciou o 2º quarto a explorar muito bem as penetrações em drible (26-19), mas os açorianos batiam-se por se manterem no jogo, conseguindo encostar sempre o resultado. O Lusitânia sentia algumas dificuldades para travar as ações ofensivas de Marko Loncovic nas áreas próximas do cesto, mas do lado contrário o tiro de longa distância voltava a colocar o Lusitânia na frente (30-29). O ressalto ofensivo valia pontos ao ataque açoriano, com os barcelenses a viverem um mau período, cometendo turnovers sucessivos. Nos minutos finais da 1ª parte, a eficácia ofensiva de ambas as equipas baixou consideravelmente, mas seria o Lusitânia a recolher aos balneários na frente do marcador (39-37).

 

No recomeço da etapa complementar as faltas começaram a ser um problema para a equipa do Lusitânia, com Cavel Witter e Blake Polle a atingirem a sua 3ª falta, Mohamed Camara já estava no banco com igual número. O jogo tinha diminuído bastante de nível, apesar de se continuar a lutar muito dentro do campo. Loncovic continuava a ser a referencia interior do ataque barcelense, e após mais um cesto de sua autoria sacou a 4ª falta ao poste insular Blake Poole. A obrigatoriedade de ter que rodar o seu cinco base, fez diminuir momentaneamente a capacidade ofensiva do Lusitânia, embora a equipa tenha revelado uma ligeira quebra física a meio do período. Situação bem aproveitada pelo Barcelos, que com transições rápidas colocou-se de novo no comando do marcador (53-50). Mesmo a jogar com uma equipa mais baixa, mais móvel, e sobretudo mais fresca, os insulares voltaram a encostar o resultado tendo as duas equipas terminado o quarto empatadas a 56 pontos.

 

70-58  (12-0) Barcelos, erros defensivos a permitirem cestos fáceis, no ataque a equipa desuniu-se, perdeu a sua disciplina tática, refletindo-se na forma deficiente como passou a recuperar defensivamente.

 

Nos derradeiros 10 minutos, um parcial de 12-0, favorável aos minhotos, aproximava o Barcelos da final. Os erros defensivos do Lusitânia permitiam cestos fáceis, a equipa no ataque desuniu-se, perdeu a sua disciplina tática, refletindo-se na forma deficiente como os açorianos passaram a recuperar defensivamente. A 4 minutos do final o Barcelos conseguia a maior vantagem do jogo até então (74-60),  se bem que um triplo de Cavel Witter ainda deu esperanças aos insulares (63-74). As instruções do técnico barcelense, José Ricardo eram bem claras, mais posse de bola, o mesmo que dizer prolongar os ataques, retirar tempo ao cronómetro de forma gerir a vantagem conquistada. Mas as perdas de bola sem lançamento por parte do Lusitânia deitaram por terra a esperança de voltar a conseguir reentrar na discussão do jogo. A vitória do Barcelos por 79-69 acaba por não espelhar o equilíbrio verificado ao longo dos 40 minutos, muito embora o triunfo do Barcelos foi inteiramente merecido e justo.

 

O base/extremo da formação de Barcelos, Nuno Oliveira (21 pontos, 5 ressaltos, 3 assistências e 3 roubos de bola), MVP do jogo com 27.5 de valorização, foi decisivo nos momentos chave do jogo, sobretudo pela ritmo rápido que impunha ao jogo, e os pontos que conseguia em contra-ataques ou transições ofensivas rápidas. Marko Loncovic (21 pontos e 8 ressaltos) continua a ser a principal referencia interior da equipa.

 

Na equipa açoriana, Miguel Freitas (16 pontos, 6 assistências, 3 ressaltos e 2 roubos de bola) fez um jogo positivo, mas pagou a fatura do esforço a que foi submetido. Willis Hall (15 pontos e 5 ressaltos) mostrou ser um jogador bastante interessante, bem como Blake Poole (7 pontos e 13 ressaltos) apesar de estar com algum peso a mais.

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12 OUT 2014

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