«Acredito que podemos vencer»

Depois da conquista do título angolano na época passada, o Libolo tem agora a pretensão de vencer a principal competição africana de clubes, prova em que na última temporada foi terceiro.

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3 DEZ 2014

A equipa está em Portugal, onde vai realizar alguns particulares frente a formações com um estilo de jogo muito semelhante aos adversários que vai defrontar na Liga dos Campeões.

 

Porque a escolha de Portugal para realizar este estágio final de preparação para uma competição tão importante como a Liga de Campeões Africanos?

 

Na fase final vamos encontrar equipas que jogam um jogo que é taticamente muito semelhante ao jogo “europeu”, nomeadamente equipas representantes da Tunísia, Egito e Líbia. Era importante disputar encontros com equipas que jogam um jogo taticamente diferente do que estamos habituados e onde vão estar adversários que é determinante vencer. Em Portugal, e face ao excelente relacionamento que tenho com os colegas treinadores das equipas da Liga, é mais fácil agendar partidas nesta fase de competição. Quero agradecer a todos pela disponibilidade.

 

A fase prévia de apuramento que disputaram em Moçambique foi complicada? Ou correu como era esperado?

 

Correu muito bem, apesar das dificuldades em vencer os jogos necessários para nos apurarmos. A equipa esteve, muito bem e superámos com trabalho coletivo as muitas ausências por lesão de jogadores muito importantes.

 

Vai participar pela segunda vez nesta prova. Depois de 3º lugar da época passada, acredita que a equipa este ano pode fazer melhor?

 

Acredito que podemos vencer, apesar das referidas ausências por lesão. Vai ser fundamental estarmos extremamente concentrados e jogar nos limites. Infelizmente não vamos poder contar com o Olímpio Cipriano, Carlos Morais, Bráulio Morais, Moses Sonko e o Francisco Machado. Todos são jogadores muito importantes e estão lesionados. Não seremos os favoritos face a tantas ausências mas a equipa tem um excecional espírito de grupo e temos trabalhado muito para podermos corresponder ao fantástico apoio da Direção do Clube. Todos temos o sonho de sermos Campeões Africanos e nem estas lesões nos vão fazer baixar os braços e a determinação necessária para atingir este sonho.

 

Na sua opinião, e depois de algum tempo de trabalho com os jogadores, a equipa tem mais qualidade e soluções para ter um desempenho ainda melhor?

 

Em teoria estas ausências colocam-nos numa situação mais frágil do que o ano passado mas eu conheço bem o caráter dos jogadores que treino. Carácter, determinação e extrema concentração serão determinantes. As soluções terão de ser assentes no coletivo: não é uma preferência – é uma necessidade.

Considera que existem favoritos à conquista desta Liga dos Campeões?

 

Ainda estão a apurar algumas equipas. Não sabemos ainda quem será o nosso grupo. Apenas dia 11 o saberemos. O Primeiro de Agosto e o Clube Africain da Tunísia estarão certamente entre os favoritos mas o Campeão do Egipto é sempre forte. 

 

Quais os principais problemas que julga ter que enfrentar numa competição com estas caraterísticas, e frente a equipas com estilos de jogo tão diversos?

 

O maior problema será o cansaço que vamos ter em determinadas posições (extremos) onde se nota mais a ausência dos jogadores que referi. São muitos jogos em poucos dias.

Se lhe pedisse para descrever a equipa do Libolo joga, de que forma o faria?

 

 A equipa do Libolo é muito coletiva, defende bem e joga num equilíbrio de disciplina táctica e de liberdade para os jogadores exprimirem as suas melhores qualidades. O meu trabalho é a procura permanente desse equilíbrio.

 

Mais uma temporada a trabalhar por Angola e certamente com objetivos definidos.  Perguntava-lhe se o nível competitivo do campeonato angolano melhorou? Quais os objetivos definidos por si para esta nova época?

 

O campeonato está a começar agora e neste sentido é difícil dizer se o nível competitivo aumentou. Penso que irá haver, novamente, 4 equipas mais fortes que as restantes e candidatas ao título. Quanto aos  nossos objectivos, eles são os mesmos da época passada – vencer as competições que vamos disputar. Ganhar as competições angolanas é muito difícil, mas, como sabe, a minha carreira de treinador não foi feita navegando em “rios” de facilidades.  Queria aproveitar para desejar a todos que gostam do basquetebol umas festas felizes e um bom ano de 2015. Um abraço a todos.

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3 DEZ 2014

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