Benfica bate o pé ao Nanterre

O jogo que o SL Benfica disputou esta quarta-feira frente ao JSF Nanterre confirmou a qualidade da equipa francesa, continua invicta no Grupo E, bem como o facto de serem jogos com este grau de dificuldade que voltarão a trazer os encarnados para a ribalta do basquetebol europeu.

Competições
11 DEZ 2014

No final do 1º tempo pairava a hipótese de os comandados de Carlos Lisboa poderem sofrer uma pesada derrota, mas o desempenho dos campeões nacionais na etapa complementar tornou o jogo extremamente interessante e competitivo até final. A derrota por 86-96 acabou por representar o caráter e a disponibilidade física e mental que os encarnados tiveram no segundo tempo para mostrarem-se capazes de reentrar na discussão do jogo.

 

Os franceses conformaram nos primeiros minutos toda a qualidade que lhes era apontada, e com um parcial de 11-0 cedo dispararam no marcador. O Benfica sentia imensas dificuldades em condicionar o talento ofensivo do adversário, e nem mesmo a sua defesa zona surtia o efeito desejado. A intensidade defensiva, o ritmo elevado que colocava no jogo, e a forma como tirava partido dos contra-ataques e transições rápidas colocava imensos problemas à defesa encarnada.

 

O segundo quarto foi novamente dominado pelo conjunto gaulês, que com mais um parcial favorável de 14-0 fez subir a diferença pontual para 52-27. Os números começavam a mostrar-se preocupantes, sobretudo pela eficácia revelada pelos jogadores adversários, e a incapacidade que o Benfica mostrava em conseguir minimizar o sucesso ofensivo do Nanterre. Os 54 pontos que a equipa francesa já tinha ao intervalo, 31 para a equipa da casa, eram um claro sinal que o Benfica teria que melhor o seu desempenho defensivo na segunda metade.

 

No segundo tempo o Benfica surgiu para melhor, mais assertivo a executar ofensivamente, sobretudo nas situações de bloqueio direto, quase sempre exploradas com sucesso pela dupla Mário Fernandes e Fred Gentry. O Nanterre começava a sentir problemas, a vantagem começava a encurtar, e um triplo do base encarnado colocava o Benfica a onze pontos de distância a 1.48 minutos do final do 3º período.

 

Os campeões nacionais ameaçaram encostar o resultado, mas sem sucesso e só a 4 minutos do final do encontro, a diferença chegou às unidades (75-84) depois de mais um lançamento em suspensão de Mário Fernandes. Gentry continuava fantástico a jogar de costas e de frente para o cesto, principal referencia ofensiva da equipa, já que Thomas merecia atenções especiais na defesa, e João Soares a aproveitar bem os tiros abertos que iam “sobrando” para o internacional português.

 

Mas nos minutos finais os ressaltos ofensivos conquistados pelos franceses foram penalizadores para o Benfica, pois permitiram segundas posses de bola, retiraram tempo ao relógio e impediram que o Benfica dispusesse de oportunidades para dar a volta ao marcador. Um triplo de Seth Doliboa , a pouco menos de 1.30 minutos do final, cortou  vantagem para seis pontos (82-86), mas a conquista de um ressalto após um lance-livre desperdiçado pelos franceses condenou em definitivo as aspirações da formação benfiquista.

 

Mérito para o JSF Nanterre, à imagem do que fez durante todo o encontro, pela forma como foi ofensivo na utilização do drible, criando constantes desiquilibrios na defesa encarnada, circulando depois muito bem a bola até encontrar o jogador em melhores condições para lançar.

 

Fantástica exibição de Fred Gentry (32 pontos e 9 ressaltos) nos dois lados do campo, alternando com muita inteligência e eficácia as finalizações de frente para o cesto como a jogar de costas em posições mais interiores. Jobey Thomas (13 pontos) foi sujeito a um enorme desgaste para se conseguir libertar para os seus habituais tiros, mas proporcionou a possibilidade de João Soares (12 pontos e 3 ressaltos) e Seth Doliboa (12 pontos, 8 ressaltos e 3 roubos de bola) conseguirem situações mais confortáveis e abertas para atirar ao cesto.

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