«Aceitei desafio com orgulho»
O treinador do BC Barcelos vai assumir a Seleção que serve de antecâmara para a equipa sénior.

Seleções | Treinadores
31 DEZ 2014
Mas garante que não vai “exigir” minutos de utilização para os seus jogadores nas equipas principais; o que técnico deseja é criar condições para que tal aconteça.
Encara este convite como sendo um reconhecimento pelo trabalho que tem desenvolvido no basquetebol nacional?
É difícil responder se este convite resultou de um reconhecimento pelo trabalho que tenho desenvolvido, sendo até uma manifestação de presunção assumi-lo. O que sei é que foi com orgulho que aceitei o desafio e que desempenharei com enorme motivação e seriedade a tarefa de Selecionador Nacional de Sub-20.
Para si, os Sub-20 são ainda uma seleção de formação, ou já é uma equipa que serve de recrutamento para a seleção sénior?
Entendo que qualquer equipa, de qualquer escalão, é um grupo que recebe formação. Nesse sentido, estes jogadores, apesar de já considerados seniores, serão sempre atletas em formação e com etapas a percorrer no trajeto do alto rendimento no basquetebol em Portugal. Obviamente, face à proximidade do escalão sénior, serão sempre atletas que viverão na expectativa de um eventual recrutamento para a Seleção principal.
Acredita que o trabalho que irá desenvolver nesta nova função poderá influenciar positivamente para que os jogadores envolvidos nos trabalhos possam vir a ter espaço nas equipas seniores?
Espero que sim. Se tal acontecer, é um sinal positivo do trabalho desenvolvido por todos. Não nos ouvirão pedir minutos de utilização mas antes criar condições para que tal aconteça em resultado da competência dos jogadores.
Sente que terá de mudar muito ou fazer ajustes nos seus métodos de treino?
Creio que não. As minhas funções enquanto treinador da equipa sénior do Basquete Clube de Barcelos, como acima se infere, assentam no princípio da importância de dar informação e formação aos jogadores que treino. Não me parece que tenha que alterar muita coisa aos métodos de trabalho habitualmente adotados. Contudo, esta é uma nova realidade e só o tempo e a ajuda preciosa do meu colaborador, João Costeira, poderão “dizer” se há necessidade de promover alterações aos métodos de treino.
Concorda que jogadores nesta idade, principalmente os selecionáveis, deveriam ter mais espaço e protagonismo nas respetivas equipas seniores?
É muito difícil falar do que não sabemos nem conhecemos. Eu também tive e tenho jovens na minha equipa com pouco tempo de jogo. O que garanto é que nenhum treinador deixa de fora jogadores competentes. Se conseguirmos que os jogadores selecionados tenham maior protagonismo quando voltarem às suas equipas, saberemos que eles regressaram mais competentes.
De que forma quererá contribuir na evolução dos jogadores que trabalhem consigo durante os trabalhos da Seleção?
Como sempre faço nas funções que desempenho enquanto treinador. Procurar que o seu empenhamento e compromisso com as ideias que apontarmos sejam uma premissa constante na sua atitude de trabalho. Só assim poderemos trilhar caminhos comuns e atingir objetivos que consideramos importantes na sua evolução.
Tendo em conta as características dos jogadores portugueses, que imagem deverá ter um atleta que jogue numa seleção treinada por si?
Ser jogador da Seleção Nacional representa o expoente máximo de qualquer atleta. O seu comportamento em treino, em jogo e fora deles é uma referência para quem nos observa. Quem representa as cores do País fá-lo sempre e em qualquer circunstância: compromisso, empenho, ambição e respeito são valores intocáveis.