«Podemos fazer melhor»
A equipa está numa posição incómoda na tabela classificativa da Proliga, muito por culpa da onda de lesões que tem afetado o grupo praticamente desde o início da época.

Competições | Treinadores
21 JAN 2015
Ainda não conseguiu vencer fora de casa e na próxima jornada defronta o Atlético, com quem perdeu esta época fora, mas para a Taça.
Fazendo um pouco o balanço do comportamento da equipa, contava ter mais vitórias nesta fase da temporada?
Sinceramente contava com mais vitórias, agora há sem dúvida uma explicação para este comportamento da equipa e ela é a onda de lesões com que temos sido assolados esta época. Tudo começou na meia final do Torneio António Pratas em que perdemos o nosso Capitão, João Campo, para o resto da época e o Francisco Mota. A partir daí tem sido lesões atrás de lesões nunca tendo conseguido reunir toda a equipa completa. Cheguei a ter 5 atletas lesionados ao mesmo tempo… Assim não é fácil…
O Esgueira ainda não conseguiu vencer fora esta temporada. Encontra alguma explicação para este registo da equipa?
Com os problemas que temos tido, se já era difícil ganhar fora, dado o equilíbrio que existe entre todas as equipas, à exceção do Dragon Force que é um caso à parte, assim ainda se tornou mais complicado, tendo a equipa dado uma resposta mais positiva em casa fruto do apoio que tem dos seus adeptos que nos motiva mais e nos torna mais fortes.
Sente algum desconforto ou pressão acrescida na equipa provocado pela atual posição na tabela classificativa?
A pressão que temos é apenas de darmos o nosso melhor todos os dias e todos os fins de semana, é claro que estar nos últimos lugares não nos agrada, pois temos consciência que completos somos uma equipa mais forte e que lutaria para os primeiros lugares, mas a vida é assim e temos que viver com estes problemas e tentar superá-los com entrega, atitude e confiança que melhores dias virão.
Já defrontaram por duas vezes esta temporada o Atlético, o adversário da próxima jornada. Uma vitória para cada lado, sendo que a derrota na Tapadinha implicou o afastamento da Taça de Portugal. Onde falharam nesse encontro?
Nesse encontro, além de já irmos sem 3 jogadores, os únicos interiores que levámos lesionaram-se ainda na primeira parte, o que tornou o jogo muito difícil pois o aAlético é uma equipa forte fisicamente e que nos coloca muitos problemas perto do cesto. Essa foi a chave da derrota, o domínio do jogo interior e luta das tabelas por parte do Atlético.
Perguntava-lhe se a luta das tabelas vai ser decisivo neste encontro? E se grande parte do sucesso ofensivo da tua equipa depende da eficácia do tiro de três pontos?
Somos das equipas mais frágeis fisicamente com muitos menos centímetros do que todas as outras, mas também somos neste momento a melhor equipa a lançar de 3 pontos, aí reside a chave do problema, equilibrar na luta das tabelas e potenciar ao máximo o nosso jogo exterior.
Acha que o Esgueira ainda poderá fazer mais e melhor durante esta fase regular? E quais os pontos em que a equipa tem que corrigir ou melhorar no futuro?
Acreditamos que podemos fazer melhor. Vamos ter esperança de conseguir todos os jogadores para treinar e jogar e as vitórias irão aparecer. Temos de ser uma equipa mais consistente a defender e a atacar principalmente fora de casa. A nossa defesa tem de melhorar, não podemos permitir que nos marquem 75-80 pontos pois assim não iremos ganhar o jogo de certeza. Temos de ser intensos a atacar jogando o nosso basquetebol baseado em transições rápidas e contra ataque e criar situações de lançamentos abertos na área de 3 pontos.
Qual será a estratégia para alcançar, em Alcântara, a primeira vitória na condição de visitante?
Em Alcântara vamos ter uma tarefa muito difícil, mas não impossível. Teremos de parar o jogo interior do Atlético, equilibrar na luta das tabelas e jogar com intensidade no ataque perante uma equipa que gosta de jogar em meio campo.