Benfica conquista Taça Hugo dos Santos

Oliveira do Hospital começa a ser uma cidade talismã para a equipa do SL Benfica, já que pelo terceiro ano consecutivo os encarnados ali conquistam a Taça Hugo dos Santos.

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1 FEV 2015

No jogo da final a equipa benfiquista bateu o Vitória (73-62), num encontro em que a equipa liderada por Carlos Lisboa mereceu inteiramente o triunfo, diante um adversário que valorizou ainda mais a conquista dos atuais campeões nacionais. Este foi o terceiro troféu conquistado pelo Benfica na presente temporada, um registo que confirma a hegemonia dos atuais campeões no basquetebol nacional.

 

Depois do bem desempenho defensivo de ambas as equipas nos jogos das meias-finais, antevia-se, como veio a confirmar-se, um jogo muito disputado, com os dois conjuntos a lutarem por cada posse de bola.

 

Depois de uns minutos iniciais muito equilibrados, a pontaria afinada de João Balseiro, dois triplos, um deles com falta, colocava os vimaranenses na liderança do marcador. Não demorou muito o Benfica a reagir, e com sete pontos consecutivos da autoria de Carlos Andrade os atuais campeões nacionais davam a volta ao marcador e terminavam na frente o 1º período (20-16).

 

O 2º quarto ficou marcado pelas dificuldades reveladas pelo Vitória em fazer pontos no ataque, que, embora se tenha que dar mérito à forma como o Benfica defendia e contestava quase todos os lançamentos, começou a revelar uma fraca eficácia no capitulo do lançamento. Balseiro e Wiggins pararam na marcação de pontos, o lançamento de longa distância não era uma boa solução ofensiva (3/10 – 30%), muito menos os tiros de curta e média distância (6/19 – 32%).

 

Os benfiquistas mostravam-se muito mais assertivos a atirar ao cesto, principalmente de três pontos (5/10 – 50%) e outro capitulo do jogo começava a revelar-se decisivo para que o Benfica conseguisse alargar a sua vantagem pontual: o ressalto ofensivo. De facto os segundos lançamentos permitiam pontos fáceis aos encarnados que ao intervalo já venciam por uma vantagem na casa das dezenas (39-26).

 

Para o segundo tempo, Fernando Sá apostou em João Guerreiro e em boa altura o fez, já que com dois triplos foi um dos principais responsáveis na boa reação vitoriana durante o inicio da etapa complementar. Pedro Pinto também entrou muito bem no jogo, e a partir do momento em que o Vitória começou a controlar a sua tabela defensiva, e sair para contra-ataques ou transições rápidas, o jogo começou a ser dominado pelos vimaranenses.

 

Jobey Thomas, muito bem defendido por José Silva, continuava muito discreto, 2 pontos apenas da linha de lance-livre, e o Benfica mostrava-se muito estático, pouca mobilidade dos jogadores nas movimentações ofensivas, com os ataques quase sempre a terminarem em longos lançamentos já em crise de tempo. No final do 3º período, o jogo ganhava mais emoção, pois para além do aproximar no marcador por parte dos vitorianos (46-52), o momento do jogo pertencia aos comandados de Fernando Sá.

 

Respondeu bem o Benfica, um triplo logo a abrir o quarto da autoria de Seth Doliboa, ele que estava a passar ao lado do jogo, mas não foi o único jogador do Benfica a “despertar” nos 10 minutos finais. Thomas com dois triplos providenciais, mostrou que adora os momentos da decisão e nunca se esconde, colocando um ponto final nas aspirações do Vitória que teve o mérito de reentrar na discussão do jogo e mantê-lo em aberto até ao último quarto. Destacar ainda os constantes desiquilibrios defensivos provocados pelas penetrações em drible de Mário Fernandes, que jogou esta final mesmo com o nariz fraturado.

 

O esforço físico exigido aos atletas vimaranenses retirou-lhes algum discernimento ofensivo, uma série de más decisões atacantes, muitas delas sinónimo de pouca coletividade ofensiva, acabaram por prejudicar o conjunto de Guimarães. Já que do outro lado estava um adversário experiente que teve a serenidade e a maturidade de saber matar o jogo no momento certo.

 

O maior destaque individual vai para o extremo do Carlos Andrade (13 pontos, 9 ressaltos e 3 roubos de bola), MVP do jogo com 26 de valorização, não só pelos números que registou, como também pelas intervenções decisivas que teve nos dois lados do campo em momentos chave do jogo. Fred Gentry (15 pontos, 7 ressaltos e 2 desarmes de lançamento) merece igualmente ser elogiado pela consistência e qualidade evidenciada em quase todas as suas ações durante o jogo (exceção feita à linha de lance-livre…).

 

Como é seu hábito, e sempre à imagem do seu treinador, o Vitória nunca desistiu, e Marcel Momplaisir (12 pontos e 11 ressaltos), João Balseiro (14 pontos e 4 ressaltos), Doug Wiggins (10 pontos, 6 assistências e 5 ressaltos), Pedro Pinto (9 pontos e 2 assistências) e o próprio José Silva (4 pontos e 3 ressaltos), pela forma como defendeu Jobey Thomas, foram excelentes exemplos da atitude abnegada como os jogadores de Guimarães se bateram durante os 40 minutos.

 

 

Carlos Lisboa

Foi mais um objectivo alcançado, com um bom jogo em termos defensivos que se sobrepôs aos ataques. Conseguimos conter o Vitória em pontos sofridos por parcial, exceto no terceiro período. Fomos mais fortes e merecemos ganhar. Gostaria de deixar uma palavra para os nossos três jogadores que estão lesionados, Carlos ferreirinho, Diogo Gameiro e Diogo Carreira que como grande capitão vive estes momentos com intensidade. Deixo ainda uma palavra à organização que nos recebeu muito bem.

 

Fernando Sá 

Primeiro gostaria de dar os parabéns ao Benfica pela vitória. Não fomos precisos no ataque o que permitiu transições rápidas. Na segunda parte melhorámos, jogámos com mais intensidade, concentração e capacidade defensiva. Estou muito orgulhoso e satisfeito com o trabalho dos meus jogadores. Temos uma equipa fantástica e temos vindo a trabalhar bem ao longo destes anos.

 

Pedro Pinto 

Foi um jogo muito difícil contra uma equipa que já sabíamos ser forte e com muitas opções. Demos o nosso máximo, mas os pequenos pormenores deram-lhes a vitória neste jogo.

 

Mário Fernandes

Foi um jogo muito complicado mas que nós soubemos anular os pontos fortes do Vitória, principalmente o jogo exterior. Fizémos uma boa primeira parte, especialmente a nível defensivo o que permitiu que controlássemos na segunda parte. Houve uma reacção natural de uma equipa que esta a perder mas nós soubemos controlar e gerir até ao final do jogo.

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