Ovarense campeã distrital
A Ovarense, terceira classificada na última fase, surpreendeu, e, ao vencer os três jogos da Fase Final, disputada em Esgueira, revalidou o título distrital do escalão de Sub/18 Masculinos, relegando para os restantes lugares do pódio o Esgueira e a Sanjoanense.

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26 JAN 2015
O Sangalhos terminou no quarto lugar. Numa fase final em que apenas o Sangalhos não venceu qualquer jogo, o equilíbrio, a emoção e a incerteza marcaram os três dias de competição, sendo que o jogo que decidia o título distrital acabou por ser mesmo uma grande promoção da modalidade.
Com duas derrotas tangenciais, ante Ovarense (44-46) e Esgueira (61-62), a Sanjoanense fechou os lugares de pódio ao derrotar o Sangalhos numa partida sem história tal a superioridade da equipa de Augusto Araújo. A formação de S. João da Madeira mandou sempre no encontro e pese embora algum equilíbrio verificado no primeiro quarto, com o desenrolar da partida a equipa bairradina, orientada por Emanuel Silva, foi perdendo capacidade de reação, permitindo aos sanjoanenses vincar uma vantagem que chegou à casa dos 20 pontos no termo do terceiro quarto (54-34).
Com Simão Pinheiro e Daniel Dias a serem os maiores protagonistas do jogo da sua equipa, a Sanjoanense que teve também em Diogo Rebelo um elemento em destaque, geriu, no último quarto, uma vantagem que lhe garantiu o terceiro lugar, assegurando o apuramento para a Taça Nacional. O Sangalhos, onde o base João Martinho foi o mais inconformado, deu a réplica possível, destacando-se também a prestação de Luís Seabra, pela sua combatividade. O Sangalhos vai disputar a Torneio Inter-Associações.
Jogo do título
Vencedor da fase regular e a jogar em casa, o Esgueira/De- ck&Deck, já apurado para o Campeonato Nacional, reunia uma dose superior de favoritismo nesta final, onde a Ovarense (Taça Nacional) aparecia a defender o título conquistado na última temporada, em casa. Com um ambiente de final, as equipas acusaram o nervosismo natural destes momentos, mas proporcionaram um excelente espetáculo, com a decisão a ser adiada até aos momentos finais. Sucessivas alternâncias na liderança do marcador, muita ansiedade, faltas e bolas perdidas marcaram um jogo que acabou por premiar a equipa que revelou maior maturidade nos momentos decisivos e que acabou por ser mais feliz.
Nuno Manarte, treinador vareiro, desde cedo foi claro a definir a estratégia defensiva da sua equipa. Muita pressão sobre o homem com bola, obrigando o Esgueira a “perder” muito tempo a “montar” os ataques e a ter dificuldade nas transições, impossibilitando, ainda, que os anfitriões tivessem tempo e espaço para selecionar os melhores lançamentos. No ataque, com Pedro Pinto e Joaquim Soras em bom plano, os vareiros estiveram desastrados no “tiro” exterior, pelo que procuraram sobretudo os dois referidos atletas para causar desequilíbrios.
O Esgueira, que até entrou bem, oscilava no jogo e quando permitiu uma desvantagem de oito pontos, ainda na primeira parte (19-27), “obrigou” o técnico Mário Fernandes a parar o jogo e a “despertar” a equipa. Com Guilherme Oliveira e Airton Fernandes como elementos nucleares da sua equipa, os esgueirenses tiveram em Tiago Amaral e Diogo Caetano dois elementos importantes na recuperação, que permitiu à equipa aveirense ir para intervalo na frente (34-33).
Na segunda parte, com as equipas já muito penalizadas com faltas, o Esgueira apareceu a defender uma zona muito móvel, elástica mesmo, que obrigou a Ovarense a jogar longe da sua tabela. Dessa forma, criou dificuldades à equipa vareira e conseguiu mesmo chegar a uma vantagem de seis pontos (49-43) perto do final do terceiro quarto. A equipa de Ovar vivia a sua pior fase e praticamente só convertia da linha de lance livre. O equilíbrio no jogo e no marcador foi-se “arrastando” e, à entrada para os últimos dois minutos, os vareiros venciam por 60-58.
Com posse de bola, o Esgueira cometeu um “turnover”, permitindo à Ovarense dois pontos e uma vantagem de quatro a um minuto do final. Depois, a equipa da casa dispôs de cinco (Guilherme Oliveira dois e Airton Fernandes três) lances livres e apenas fez dois pontos, quando restavam 24 segundos para jogar. Com apenas uma falta cometida, o Esgueira foi “obrigado” a fazer faltas para “parar” o relógio e a Ovarense foi jogando com o cronómetro. Pedro Pinto teve dois lances livres para “fechar” o jogo, falhando ambos, mas ganhou o ressalto ofensivo e sofreu falta, só que voltou a falhar os dois lançamentos. Posse de bola para o Esgueira, que ainda lança por duas vezes ao cesto vareiro, mas sem êxito.
Na sequência do segundo lançamento do Esgueira (com 60- 62 para a Ovarense), um jogador vareiro ganha o ressalto e lança a bola para o ar para ganhar tempo, mas esta bate na estrutura e o relógio pára. Falta um segundo e nova posse de bola para o Esgueira. Desconto de tempo, reposição de bola, mas de novo um lançamento sem sucesso. Estava encontrado o campeão. A Ovarense!
Resultados:
1ª Jornada
Esgueira 65-49 Sangalhos
Sanjoanense 44-46 Ovarense
2ª Jornada
Esgueira 62-61 Sanjoanense
Ovarense 62-29 Sangalhos
3ª Jornada
Sangalhos 52-66 Sanjoanense
Esgueira 60-62 Ovarense
Classificação:
1º Ovarense
2º Esgueira
3º Sanjoanense
4º Sangalhos
5 Ideal:
Simão Pinheiro (Sanjoanense)
João Martinho (Sangalhos)
Pedro Pinto (Ovarense)
Guilherme Oliveira (Esgueira)
Joaquim Soras (Ovarense)
MVP: Joaquim Soras