Equilíbrio à vista
Embora tenham terminado a fase regular com um registo idêntico, no confronto direto a equipa da Ovarense Dolce Vita levou vantagem sobre o SC Lusitânia.

Competições
22 ABR 2015
Os vareiros perderam, em casa, na 1ª volta por seis pontos de diferença (77-83) e venceram na segunda metade da fase regular, nos Açores, por oito (80-72). O que deixa antever uma série equilibrada, onde o fator casa, pertença da Ovarense, poderá não ser decisivo, entre os 4º e 5º classificados, por norma o playoff supostamente mais indefinido.
Se olharmos para as estatísticas de equipa dos dois clubes, ressalta o domínio dos açorianos na luta das tabelas (36.3 ressaltos), 1ºs do ranking, e as melhores percentagens de lançamento da equipa de Ovar: 54% vs 49% de 2 pontos e 35% vs 30% de 3 pontos. Mas outro capitulo do jogo poderá contribuir para o desfecho da eliminatória, referimo-nos às assistências.
Os vareiros partilham muito mais a bola no ataque (16.7 assistências), 2ºs do ranking, factor sempre importante em jogos onde a pressão e a intensidade defensiva será à partida maior. José Barbosa (5.3 de média – 2º da lista) e Miguel Miranda (3.8) são os melhores passadores da equipa, com o primeiro a ser responsável por comandar a equipa, e Miranda a funcionar como base na continuidade dos movimentos ofensivos da equipa.
Por sua vez, o Lusitânia tem uma média inferior de assistências (12.4), é de todas as equipas da LPB a que menos faltas provocou (17) no adversário. Sinal de alguma falta de agressividade ofensiva, e sabe-se o quanto importante é, em jogos equilibrados, conseguir ir para a linha de lance-livre.
No entanto, o conjunto da ilha Terceira tem duas excelentes referencias ofensivas, Cavel Witter (17.7 pontos) e Willis Hall (15.2 pontos) aspeto sempre importante em momentos de decisão, bem mais produtivos que o duo da Ovarense composto por Jaime Silva e Miguel Miranda, ambos com 13.5 pontos de média.
Os açorianos são muito fortes nas tabelas, onde o trio formado por Blake Poole, 2º melhor ressaltador da Liga com 11.6 de média, Willis Hall (8.3) e Camara (7.8), desempenha papel fundamental nessa tarefa do jogo, sobretudo na tabela ofensiva (11.9 – 2º), um garante de segundas posses de bola e mais lançamentos de campo. A Ovarense tentará contrariar esse aspeto com eficiência atacante, pelo que os lançamentos triplos de Fernando Neves (5º – 44%) e Nuno Morais (40%), bem como os tiros de curta e média distância de Sergi Brunet (61%) serão determinantes no decorrer do jogo. Cavel Witter é a principal ameaça dos insulares na longa distância (37%), e Hall é muito certeiro nas áreas mais próximas do cesto (60% de 2 pontos).