Nuno Barroso deixa Lusitânia
A temporada terminou para a equipa do Lusitânia, bem como a ligação, pelo menos nos tempos mais próximos, de Nuno Barroso ao clube.

Competições | Treinadores
5 MAI 2015
O treinador está de saída, fala em cansaço, confessa que o objetivo passava por chegar à final da Liga e lamenta as dispensas. As ausências de Cavel Witter e Blake Poole no playoff, retiraram a possibilidade de os insulares poderem discutir de outra forma a série com a Ovarense, bem como causa uma natural frustração nas expectativas de todos aqueles que trabalharam afincadamente durante uma época para se apresentarem nas melhores condições nesta fase decisiva da competição.
Nuno Barroso confirmou a saída do comando técnico do Lusitânia em declarações ao Diário Insular, no final do terceiro jogo do playoff ante a Ovarense, realizado no passado sábado, no pavilhão de Angra. O técnico assume o “cansaço” como a principal razão para não permanecer como principal responsável técnico da equipa.
“As razões são várias. Acima de tudo, estou muito cansado e quero descansar”, explica Nuno Barroso, confessando que coloca um ponto final em mais de 20 anos enquanto treinador de basquetebol com “um sentimento de vazio”, deixando perceber alguma desilusão com o atual estado da modalidade na ilha Terceira.
Apesar da confirmação do adeus, Nuno Barroso deixa em aberto a possibilidade de um possível regresso. “O futuro dirá”. O conhecido treinador terceirense está ligado ao basquetebol regional e nacional há mais de três décadas, quer como praticante, quer como técnico.
Mesmo com amanutenção garantida, Nuno Barroso não esconde que jogadores e equipa técnica do Lusitânia aspiravam a outros objetivos mais altos para a presente temporada. Lutar por uma presença no playoff decisivo da LPB era a ambição dos verde-brancos. “O principal objetivo da equipa passava por chegar à final do campeonato. Foi esta meta que estabelecemos enquanto equipa, no balneário. O objetivo, de facto, era estar na final”, salienta o treinador.
Ainda assim, o balanço da época é positivo, até tendo em conta algumas condicionantes que acabaram por prejudicar a equipa. “De facto, durante a fase regular, existiu um período que foi bastante difícil e que não nos permitiu alcançar a classificação que, todos nós, temos a consciência de que seria possível, isto para além de algumas lesões que atrapalharam bastante a evolução da equipa a dada altura”, salienta Nuno Barroso.
“De qualquer forma, fizemos o possível, mas, nesta altura, a sensação é de alguma frustração, pois temos a noção clara de que, nesta fase, poderíamos ter ido mais longe. Mas lutámos e trabalhámos…”, acrescenta, lamentando as dispensas de Blake Poole e Cavel Witter para o playoff da Liga.
“Claro que estas duas dispensas não estavam programadas. Enquanto treinadores, não planeamos as épocas para ter os jogadores num dia e não tê-los no outro. Mas assim aconteceu e trabalhámos com quem cá estava”, conclui Nuno Barroso. O Lusitânia foi quinto classificado na fase regular, em igualdade pontual com a Ovarense, que foi quarta. Os açorianos perderam por 3-0 na primeira ronda do playoff.