«Temos de defender em equipa»

Depois de uma primeira eliminatória decidida apenas na negra, o C.S.M. / C.S.CAB prepara-se para fazer frente à Ovarense nas meias-finais do playoff da 1ª Divisão Feminina, decidida à melhor de três jogos, com o primeiro a realiza-se na Madeira.

Atletas | Competições
13 MAI 2015

A jogadora conta-nos a estratégia que a equipa conta utilizar de modo a garantir o acesso à final…

 

Na 1ª ronda do playoff a equipa do C.S.M. / C.S.CAB foi derrotada no primeiro e único jogo disputado em casa, mas isso não a impediu de dar a volta à eliminatória fora de casa. “O que fizemos só demonstra que no basquetebol tudo é possível, desde que trabalhemos e acreditemos no valor umas das outras. Fomos para o primeiro jogo muito agarradas à fé essencialmente. Algumas de nós, apesar de jogarmos há muitos anos juntas, este ano ainda não tínhamos tido a oportunidade de o fazer, o que nos deixou incertezas sobre a nossa capacidade de jogar no colectivo. Mas o que verificámos é que há químicas que nem com a falta de treinos/jogos conseguem apagar.”

 

Conseguida a igualdade na eliminatória, a negra mostrou uma formação insular mais sólida, a sair visivelmente reforçada, e o tempo dirá se mais preparada para atingir objetivos mais ambiciosos. “No segundo jogo entramos com outra segurança, muito mais confiantes nas nossas potencialidades e da nossa dinâmica o que fez com que fosse um jogo totalmente diferente. Essencialmente demos o máximo mostrando que o playoff é um mundo novo, cheio de oportunidades e jogos emocionantes e, obviamente que ao termos 8 jogadoras (que foi o número máximo de jogadoras que levamos) todas a participarem ativamente no jogo, contribuindo todas para o mesmo, a equipa ficou com outra moral.”

 

O que se passou em Coimbrões, não foi, na opinião de Carolina Escórcio, um milagre, mas sim o resultado de muita dedicação e tempo passado dentro do campo. “O único segredo em que acredito é no trabalho. Quem trabalha sempre aparece, diz a minha treinadora e eu acredito piamente nisso. Se trabalharmos mais e melhor que os outros temos possibilidade de chegar lá.”

 

Na meia-final, a equipa insular tem pela frente um adversário onde se podem encontrar algumas semelhanças. “ A Ovarense, assim como nós, é uma equipa que já joga junta há muitos anos, o que torna o coletivo muito forte e o jogo mais simples. Pois cada uma conhece a colega perfeitamente e isso pode trazer-nos muitos problemas.”

 

Mas não é só o trabalho de continuidade que torna esta equipa vareira perigosa, já que a qualidade individual das suas jogadoras pode fazer a diferença nesta eliminatória. “Com a agravante de que são jogadoras muito intensas e boas no 1×1 o que, a nível defensivo, desequilibra qualquer equipa. É portanto essencial que todas nós estejamos cientes de que temos de temos de defender em equipa, ajudando-nos umas às outras e garantir os ressaltos. A vitória passa muito por aí.”

 

A defesa madeirense não pode focar-se apenas em algumas individualidades do conjunto de Ovar, até porque, como diz a atleta madeirense, o perigo pode surgir das mãos de uma qualquer adversária. “Todas as jogadoras podem fazer a diferença pelo simples motivo de que todas são fortes no 1×1.”

Atletas | Competições
13 MAI 2015

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