«Temos um grande grupo»

A jogadora, que na última época jogou nos Estados Unidos, mostra-se confiante num bom desempenho da jovem equipa no Europeu, onde o objetivo será a permanência na Divisão A.

Atletas | Competições | Seleções
20 JUN 2015

Antes disso, entre sexta-feira e o dia 18 deste mês, o  grupo realiza um torneio, em Braga, com a Seleção sénior.

 

O Europeu está cada vez mais próximo. Começa a sentir-se a habitual ansiedade que antecede as grandes competições?

Ainda não, porque apesar de não faltar muito, ainda estamos muito focados na nossa preparação e naquilo que temos que fazer, o que faz com que deixemos ainda um pouco de parte as emoções que naturalmente antecedem um Europeu. No entanto, a ansiedade e nervosismo são também fatores que influenciam o rendimento e a seu tempo vamos ter que lidar com eles, como qualquer outro elemento do jogo.

 

Que áreas do jogo têm merecido especial atenção durante esta primeira fase de trabalho?

Neste inicio de preparação, todas as áreas do jogo merecem especial atenção. Não estamos apenas a focar-nos numa em específico mas em todas, já que nesta fase temos que trabalhar em todas as vertentes do jogo. É importante que sedimentemos bases e alicerces, tanto do lado ofensivo como defensivo, para que depois possamos evoluir para situações mais complexas e específicas, até chegar a um ponto, muito provavelmente já em prova, em que, idealmente, corrigimos apenas pequenos erros e nos preparamos taticamente para o nosso adversário.

 

O grupo é formado maioritariamente por jogadoras que atuam na Liga Feminina. Antes de se mudar para os EUA já era uma referência da LFB, essa experiência é fundamental para a competitividade dos jogos do Europeu?

Sim. Nos Estados Unidos o jogo é mais físico e menos tático, com ataques mais rápidos e mais diretos, o que leva a que a experiência que trago para a Seleção possa aumentar tanto a nossa capacidade ofensiva como defensiva. Enquadra-se bem na nossa equipa visto que somos uma equipa não tão alta comparando com as demais seleções, mas mais ágil e veloz. Além disso, temos um grande grupo de jogadoras que competiram este ano na principal Liga feminina com papéis de relevo. Mesmo não sendo uma liga de referência na Europa, tem alguma qualidade e competitividade, o que me permitiu a mim e a todas as jogadoras que competiram a esse nível ganhar mais experiencia num jogo mais evoluído, e, desse modo, tornar-nos mais preparadas para a exigência de um campeonato europeu.

 

Este grupo tem jogadoras com qualidade e características para disputar de igual para igual uma europeu da categoria da divisão A?

Claro. Esta geração já tem provas dadas da sua capacidade de se bater de igual para igual com as demais seleções da divisão A, visto que há 2 anos fizemos história com um 9 lugar na divisão A de sub-18. Este ano os objetivos são assegurar a manutenção e se possível quebrar o recorde estabelecido anteriormente. Não temos dúvidas de que vamos ter dificuldades: estamos perante as melhores seleções da Europa. No entanto, se nós também estamos lá, e por mérito nosso. Esse é o indicativo de que temos qualidade para competir a esse nível,  se, obviamente, trabalharmos para isso e nos superarmos todos os dias.

 

Este torneio com a seleção sénior, e a Holanda, adversário de Portugal no Europeu, será um bom teste?

Sim. Os jogos de preparação são sempre ótimos momentos de avaliação ao que esta a ser trabalhado no treino.  Além disso, vamos ter a oportunidade de enfrentar uma equipa que participa na mesma competição, e que se classifica sempre nos lugares de topo,  o que nos prepara de uma forma muito mais real para aquilo que vamos enfrentar em Agosto. Jogar contra a Seleção sénior é também um grande desafio porque desse grupo fazem parte jogadoras com muita experiencia internacional, tanto a nível de seleções, como a nível de clubes.

 

Que pontos fortes destacaria nesta equipa portuguesa que possam fazer a diferença nos encontros do Europeu?

O núcleo duro desta geração já joga junto há muito tempo, tendo a química de equipa já bem consistente. A nível tático, já conhecemos bem as jogadas, tal como as conceitos base e as movimentações no campo. Também já conhecemos a equipa técnica: o treinador principal já trabalhou com a maioria das jogadoras o ano passado, e a treinadora adjunta foi nossa treinadora em sub-16. Além de tudo isso, acho que temos um estilo de jogo muito dinâmico, com um rápido movimento da bola, transições rápidas e uma defesa feroz e agressiva, o que nos permite colmatar as deficiências que temos a nível físico, nomeadamente na questão da altura.  

CALENDÁRIO DO TORNEIO DE BRAGA

 

12 Junho (sex)   21h00 – Portugal seniores x Portugal S20 (Torneio)

13 Junho (sab)   16h00 – Portugal S20 x Holanda S20 (Torneio)

14 Junho (dom)  16h00 – Portugal seniores x Holanda S20 (Torneio)

15 Junho (seg)   21h00 – Portugal S20 x Holanda S20 (particular)

17 Junho (qua)   21h00 – Portugal S20 x Portugal seniores (particular)

18 Junho (qui)    21h00 – Portugal S20 x Portugal seniores (particular)

 

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20 JUN 2015

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