Mereciam a vitória

Sem entrar num discurso de vitórias morais, a verdade é que Portugal esteve a 5 minutos de conseguir a proeza de marcar presença numa meia-final do Campeonato da Europa sub-20 feminino, Divisão A.

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10 JUL 2015

Se a isto acrescentarmos o facto que do outro lado estava a seleção da Rússia, a derrota do conjunto nacional, por 56-68, não deslustra, e muito menos reflete aquilo que passou durante os 40 minutos. A fibra, a raça, a determinação da jovem equipa portuguesa voltou a permitir-lhe discutir a vitória até final, nunca se deixando intimidar ou dar o jogo por resolvido. O Europeu ainda não terminou, seria bonito e histórico para Portugal terminar a sua participação neste Europeu com uma vitória.

 

O 1º período confirmou o favoritismo da equipa russa, com Portugal a sentir algumas dificuldades para conseguir sucesso nas suas ações ofensivas. Um triplo a poucos segundos do final do quarto fixaram o resultado em 16-9 favorável à equipa russa.

 

No 2º período a vantagem da Rússia chegou aos dois dígitos (26-16), algo que não fez a equipa portuguesa baixar os braços, já que, bem a seu jeito, reagiu de imediato e, com um parcial de 6-0, voltou a encostar o resultado (22-26). Só novo triplo das russas fez com que Portugal fosse para o intervalo a perder por nove pontos (22-29).

 

A etapa complementar começou com um triplo para cada lado e seria mais um tiro de longa distância, de Joana Cortinhas, que colocaria Portugal a quatro pontos de diferença (30-34). As russas responderam na mesma moeda, mas Laura Ferreira com mais uma bomba encarnava a determinação e a ambição de Portugal neste encontro. Laura estava “onfire” e seria das suas mãos dois cestos consecutivos que colocavam a formação lusa empatada no marcador a menos de dois minutos no final do período (39-39). Emília Ferreira, já no último minuto, colocava Portugal na frente (40-39), uma posição que Laura Ferreira garantiu da linha de lance-livre no final do 3º quarto (42-41).

 

Poder-se-ia pensar que se tratava apenas de um momento alto da equipa nacional, mas a verdade é que as comandadas de Eugénio Rodrigues mostraram-se capazes de lutar pela liderança até meio do derradeiro quarto. A 4.22 minutos do final o jogo estava empatado a 47 pontos, a que se seguiu o período negro da equipa portuguesa. Um parcial de 10-0, favorável às russas, retirava a Portugal a possibilidade de discutir a presença nas meias-finais. Não só pelo facto de o adversário ter disparado no marcador, como também porque faltavam pouco mais de dois minutos para o termo da partida.

 

Se tivermos em linha de conta que o adversário era nada mais nada menos que a seleção russa, o desempenho de Portugal na luta das tabelas foi brilhante, registo idêntico (37 ressaltos), isto porque conquistou 15 ressaltos ofensivos. Um claro sinal de empenho, de luta, de determinação das jovens portuguesas. Já as percentagens de lançamento não foram famosas, 35.7% de 2 pontos e 31.6% de 3 pontos, bem como a prestação coletiva da linha de lance-livre (47.1%).

 

Apesar de não ter estado com a mão quente da linha de três pontos, Laura Ferreira (22 pontos e 6 ressaltos) deu espetáculo e foi sempre uma dor de cabeça para a defesa russa. A base Joana Soeira terminou igualmente o jogo nos dois dígitos em pontos marcados (10 pontos) a que somou 2 assistências e 2 ressaltos.

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10 JUL 2015

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