«Esta Seleção tem muito talento»
O jogador analisa nesta entrevista os primeiros dois encontros que Portugal realizou, com a Hungria (uma vitória e uma derrota), o momento do grupo e projeta a digressão à China, que considera ser “uma experiência única”.

Atletas | Seleções
13 AGO 2015
“Em 17 dias vamos realizar 10 jogos e isso vai dar-nos um ritmo de jogo muito acima daquilo que estamos habituados”, sublinha.
Que balanço faz dos dois jogos disputados na Hungria?
Penso que o balanço dos dois jogos foi bastante positivo. No 1º jogo entrámos com muita concentração e intensidade, e limitámos o jogo da Hungria desde o 1º minuto. Estivemos muito agressivos defensivamente e a prova disso foi o facto de termos sofrido apenas 43 pontos. No ataque jogámos coletivamente e as coisas apareceram naturalmente. Foi uma vitória muito festejada por todos nós!!
Já no 2º jogo as coisas não nos correram tão bem. Não estivemos tão concentrados defensivamente e apresentámos baixas percentagens de lançamentos exteriores e de lances livres e, essas pequenas falhas, a este nível é determinante. Penso que a equipa de arbitragem (local) também favoreceu de algum modo a sua equipa, não querendo com isto tirar o mérito à Seleção da Hungria e à sua qualidade, mas de facto no 2º jogo não posso afirmar que tenhamos dependido só de nós próprios.
Em que aspetos que estiveram menos bem e que precisam de ser melhorados?
No geral estivemos todos muito bem!! Esta equipa só está a trabalhar junta apenas há 3 semanas, enquanto outras seleções que vamos defrontar já estão a trabalhar há alguns meses. Para este curto período de tempo que estamos a trabalhar, não se pode pedir muito mais daquilo que estamos a fazer. Claro que podemos sempre melhorar aspetos como a atitude defensiva, a intensidade, a concentração, a calma e inteligência a jogar no nosso ataque, o coletivismo, etc… São tudo aspetos que queremos aperfeiçoar sempre e cada vez mais, agora há aspetos do jogo técnicos e táticos, que só se melhoram com muito treino, com muitas rotinas e necessitam do seu próprio tempo e em relação a esses pormenores temos de ser compreensivos e pacientes entre todos.
Coisas positivas a retirar destes dois primeiros jogos de controlo?
Sem dúvida que estamos perante uma Seleção com muito talento, mas acima de tudo, estamos perante um grupo de jogadores com muita ambição, humildade e desejo de aprender e evoluir. O espírito de grupo não podia ser melhor, e quando é assim as coisas são podem correr bem!! Temos de continuar a trabalhar arduamente e da mesma maneira que temos vindo a fazê-lo até agora e acredito que com a ambição e competitividade que há entre todos nós, a nossa Seleção irá fazer um resto de estágio com excelentes jogos, tal como já demonstrámos contra a Hungria!
Que estilo de jogo, ou que filosofia de jogo, pretende esta seleção apresentar dentro de campo?
É o estilo de jogo do nosso treinador, Mário Palma. Ele tem as suas ideias e a sua filosofia de jogo e todo o grupo segue-o religiosamente. Posso afirmar que é um estilo que nos obriga a estar não só bem fisicamente como também muito bem psicologicamente. A nossa filosofia é jogar sempre com o máximo de concentração, intensidade e inteligência possível… E acima de tudo, divertirmo-nos com aquilo que mais gostamos de fazer, e que melhor sabemos fazer… que é jogar basquete! Esta digressão à China vai ser muito importante para o grupo pois vai dar-nos uma experiência única, não só a nível pessoal, social e cultural, mas também desportivamente… Em 17 dias vamos realizar 10 jogos e isso vai dar-nos um ritmo de jogo muito acima daquilo que estamos habituados!