Diogo Brito: “Acredito que o meu futuro vai passar por Espanha”

Extremo luso faz balanço de quatro anos em Utah State

Atletas
14 ABR 2020
O extremo Diogo Brito concluiu a formação na universidade norte-americana de Utah State e está preparado para iniciar uma carreira profissional. Em entrevista à FPB, o internacional português (88 internacionalizações pelas seleções jovens) fala das melhores e piores memórias dos últimos quatro anos e revela que o futuro pode ser bem perto de Portugal.
Quatro anos depois, que balanço fazes deste tempo passado em Logan, ao serviço de Utah State?
O balanço é, sem dúvida, muito positivo. Foram quatro anos de muita aprendizagem e evolução. Conheci pessoas que nunca mais vou esquecer e ter jogado a este nível, diante dos fãs de Utah State, foi incrível.
Qual é a melhor memória e qual foi o momento mais difícil por que passaste na tua carreira universitária?
Ganhar o torneio da conferência Mountain West dois anos seguidos e o jogo em casa contra Nevada foram o auge, mas existem muitas boas memórias. Por exemplo, ter entrado em campo com os meus pais na “Senior Night” foi um momento bastante emocionante e que nunca me vou esquecer. Os momentos mais difíceis são aqueles em que não se joga ou se está lesionado. Eu não joguei quase nada no meu primeiro ano e tive algumas lesões que também me mandaram abaixo.
Se pudesses falar com o Diogo Brito de há quatro anos, no momento em que chegou a Utah State, o que lhe dirias?
Dir-lhe-ia para se preparar para uma das aventuras da sua vida. Que ia viver uns dos melhores momentos da sua vida e que ia passar por alguns dos momentos mais baixos da sua vida, mas dir-lhe-ia que tudo faz parte do processo e tudo vai fazê-lo crescer. Vai ser uma viagem incrível e ele não se vai arrepender da decisão de ir para Utah State.
Em tempos, disseste que te vias a experimentar a Summer League da NBA, mas também já falaste da Europa. Que planos fazes para o teu futuro?
O vírus alterou tudo em termos de calendários e planos, não só de atletas mas também das equipas. Pelo que ouço, não deve haver Summer League nem “pre-draft workouts” na NBA, por isso esse objetivo fica adiado. Entretanto, assinei com um agente e acredito que o meu futuro próximo vai passar por Espanha. Espero que tudo corra bem e possa chegar ao mais alto nível.
De que forma tens ocupado os teus dias, nesta fase de isolamento por causa do COVID-19?
Faço os trabalhos da escola e exercício físico, que é necessário para manter a sanidade mental. Tenho ficado em casa e tento distrair-me com vários hobbies e coisas para as quais não tinha tanto tempo. Tenho passado mais tempo a cozinhar e tenho lido mais.
Para além de voltar ao campo para fazer uns lançamentos, qual é a primeira coisa que queres fazer quando terminar o isolamento?
A primeira coisa é mesmo voltar para Portugal. Até ao final do ano letivo fico por aqui e depois espero voltar para junto da minha família, porque já tenho muitas saudades.
De tudo o que fazias dentro das quatro linhas de um campo de basquetebol, de que é que tens mais saudades?
Tenho saudades de estar lá, de jogar, de competir e de partilhar o campo e a bola com os meus colegas.
Perguntas para respostas rápidas: Que equipa escolhes no NBA2K? Qual a série que estás a ver? Qual foi o último livro que leste?
Sou fã dos Utah Jazz, mas não tenho uma equipa no 2K. Costumamos fazer escolhas aleatórias, para manter aquilo equilibrado, mas gosto de jogar com os Golden State Warriors, porque dá para lançar triplos quando quero. A última série que acabei de ver foi “La Casa de Papel” e o último livro que li foi “The inner game of tennis”, de Timothy Gallwey. Entretanto, comecei a ler “The power of now”, de Eckhart Tolle.
Atletas
14 ABR 2020

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