Artigos da Federaçãooo

Recorde-se que os minhotos já tinham arrecadado o título nacional e a Supertaça, suplantando em ambos os casos a APD Leiria. Na Figueira da Foz, o GDD Alcoitão contestou a supremacia bracarense, mas os pupilos de Ricardo Vieira mostraram fibra de campeão e ergueram novamente o troféu, corolário de uma época perfeita, onde não conheceram o sabor da derrota. 

O começo titubeante dos campeões nacionais e a determinação do GDD Alcoitão – tantas vezes irregular, mas desta feita capaz de pôr em prática a sua melhor versão – transformaram a final da Taça de Portugal de basquetebol em cadeira de rodas num espetáculo pautado por grande emotividade.

No 1.º período, os cascalenses consentiram poucos ataques rápidos e contra-ataques, uma das armas prediletas dos rivais minhotos, apertaram na defesa e mostraram-se assertivos na abordagem ao cesto, particularmente o treinador-jogador Hugo Maia, que apontou 11 dos seus 16 pontos. Atordoados pela entrada forte de Alcoitão, a APD Braga demorou a encontrar-se, falhou ocasiões de finalização invulgares e foi demasiado permeável às incursões de Hugo Maia, assim como ao jogo interior de Mário Silva, um dos postes de maior envergadura do campeonato. Contudo, paulatinamente, a qualidade de jogo superior, mais objetiva e sistematizada, aliada ao seu poder físico, devolveram o ascendente à APD Braga que, após ter estado apenas uma vez na frente do marcador, voltou a saltar para a liderança, com Márcio Dias a “castigar” os cascalenses de forma sucessiva, na linha de lance livre., chegando-se  a um 26-30 ao intervalo.

Na segunda parte veio ao de cima a discrepância da preparação física das equipas e da profundidade de plantel. Tudo o que o GDD Alcoitão tinha conseguido travar até então, o jogo frenético e veloz dos bracarenses, foi precisamente o que sucedeu, escalando a sua desvantagem de apenas 2 pontos para uns quase irreversíveis 20, com Márcio Dias, Filipe Carneiro e Eduardo Gomes a revelarem-se os mais certeiros no período. No 4.º parcial, o GDD Alcoitão fez reentrar o seu cinco inicial, mas apesar do melhor desempenho, nunca pôs em causa a vitória minhota.

A APD Braga conquista assim o seu terceiro troféu esta época, ao somar a Taça de Portugal ao Campeonato e à Supertaça, e termina as competições oficiais invicta.

Parciais: 16-16/10-14/5-21/10-13 GDD Alcoitão – Hugo Maia (16 pts), Mário Silva (12 pts), Marco Gonçalves (5 pts), Rui Nascimento (4 pts), Emanuel Alonso (2 pts) – cinco inicial – Diogo Pires (2 pts), Lassa Indjai (0), Nuno Maltêz (0), Pedro Macedo (0), Alberto Sousa (0), Rui Pedro (0) APD Braga – Márcio Dias (29 pts), Filipe Carneiro (6 pts), Henrique Sousa (5 pts), José Miguel (0), Eduardo Gomes (14 pts) – Cinco inicial – Jorge Palmeira (5 pts), Sílvio Nogueira (2 pts), Ricardo Mendes (0), J. Silva (0), Manuel Vieira (0), Rafael Azevedo (3 pts), Manuel Mendes (0)

Os campeões nacionais ainda não conheceram o sabor da derrota nos playoffs, com seis vitórias em igual número de jogos (3-0 à Ovarense Dolce Vita e 3-0 ao Vitória).

José Silva (26 pontos), Sasa Borovnjak (17 pontos e 5 ressaltos), Brad Tinsley (13 pontos e 5 assistências) e Nick Washburn (10 pontos e 6 ressaltos) lideraram os "azuis e brancos" ao triunfo, frente a uns minhotos que contaram com a inspiração individual de Andrew Ferry (20 pontos, 5 ressaltos e 4 assistências), Pedro Pinto (14 pontos) e João Balseiro (13 pontos).

Após a passagem à final, o FC Porto fica à espera de conhecer o próximo adversário, que vai sair da eliminatória entre SL Benfica e UD Oliveirense. Para já, os "encarnados" estão em vantagem por 2-0 e encontram-se a apenas um triunfo da final, numa altura em que a série se muda para Oliveira de Azeméis, este fim-de-semana.

Depois do triunfo em casa, os açorianos voltaram a superar o conjunto do Barreiro, agora na margem Sul do Tejo, e celebraram a conquista do troféu. As duas equipas já tinham assegurado a subida à Liga Placard.

O evento decorrerá no Pavilhão Municipal de Cacela no horário que está no cartaz de divulgação que surge em anexo.

Os valores angariados nas inscrições e bar reverterão a favor do GASTagus com o objetivo de apoiar as missões internacionais dos seus voluntários.

As inscrições estão abertas até dia 31 de maio, às 21h00, neste link: https://goo.gl/forms/9MxZSKwyVFnrAEh02.

ECMC 2017

NBA Portugal, a FPB TV falou em exclusivo com a antiga internacional portuguesa e lenda da WNBA sobre alguns dos temas que marcam a atualidade do nosso basquetebol, mas não só! O dia-a-dia como agente de basquetebolistas, a relação com as jovens portuguesas que atuam em universidades norte-americanas e a hipótese de algumas delas chegarem à WNBA, a distinção atribuída pela FIBA à FPB pela evolução do basquetebol feminino nos últimos anos, o sucesso das várias seleções lusas femininas, a chegada do programa Jr. NBA a Portugal e o seu papel enquanto embaixadora do projeto. Ticha deixou, ainda, alguns conselhos preciosos para os mais jovens que queiram seguir as suas pisadas na modalidade. A não perder!

Os jogos serão disputados no sistema de 4×4, a 1/3 de pavilhão, tabelas baixas, com a duração de três partes de sete minutos cada, o que prevê a realização de cinco jornadas, dois ou três jogos a cada equipa.

Não haverá lugar a lances livres, todas as faltas serão marcadas nas linhas e as substituições são livres, sem paragem de tempo.

Como ideia de sistema de disputa, as equipas de Lisboa jogarão com as equipas de Setúbal, dependendo, obviamente, do número de clubes participantes, sendo que as equipas oriundas de mais longe terão o primeiro jogo na segunda jornada.

Para o concurso de lançamentos, cada equipa/escalão escolherá atletas, em sistema de eliminação, para se apurar o “Melhor Lançador da Concentração, Sub 10 e Sub 8.

Pelas 11h30, dentro dos atletas disponíveis, far-se-á uma seleção para disputa de jogo, a campo inteiro, 5×5, tempo a determinar, contra a equipa de Sub 12 femininos

Hugo Maia, técnico da formação de Alcoitão, anteviu para a FPB este desafio, falando sobre a sua equipa, sem esquecer os pontos fortes do adversário.

O GDD Alcoitão terá pela frente uma equipa do APD Braga que não perdeu para o campeonato. Apesar de se tratar de uma final, pensa que o adversário minhoto é favorito?

Temos dois internacionais na equipa e um grupo de jogadores que mistura juventude e experiência e já demonstrámos que podemos complicar a vida a qualquer das equipas contra quem jogámos. A APD Braga, como equipa campeã nacional desta época e vencedora da edição anterior da Taça de Portugal, seria apenas e só por isso favorita à vitória. Juntando a esses fatores a experiência do seu treinador e o facto de terem no seu grupo quatro internacionais, dois deles com experiência de vários anos na 1.ª e 2.ª Divisão Espanhola, torna inevitável declará-los como favoritos para a conquista da Taça de Portugal.

Avaliando a APD Braga, em que aspetos o GDD Alcoitão terá que ser mais forte?

O GDD Alcoitão terá que ser melhor do que tem sido nos últimos jogos na sua defesa zona, no balanço defensivo para evitar contra-ataques e, acima de tudo, na sua eficácia no ataque. Sendo nós uma equipa que até consegue penetrar nas defesas adversárias, falta-nos concentração e eficácia na concretização.

Como analisa o percurso da sua equipa até esta final? Era um objetivo para esta temporada?

A conquista de qualquer competição em que estejamos envolvidos é sempre o objetivo principal desta equipa. Temos tanta consciência do nosso valor, como consciência do que ainda temos que crescer. É a primeira equipa das três primeiras classificadas que apanhamos no nosso percurso da Taça de Portugal e isso, de certa forma, facilitou o nosso percurso para a final, mas isso não nos tira qualquer valor ou mérito por estarmos na final.

O GDD Alcoitão terminou o campeonato na quarta posição, de uma forma tranquila. A época, nesse aspeto, decorreu da forma esperada?

Foi uma época longa e atribulada. Temos sempre a aspiração de no mínimo, melhorarmos a nossa classificação da época anterior e o 3.º lugar ficou a uma distância de oito pontos que sofremos a mais contra o Sporting CP/APD Sintra. Terminámos o Campeonato Nacional com a noção clara de que temos equipa e um quadro de jogadores com capacidade para conseguir uma melhor classificação do que o 4.º lugar.

Porém, apesar do favoritismo, não se esperam facilidades para a turma minhota, conforme nos revelou o seu treinador, Ricardo Vieira, em entrevista à FPB.

A APD Braga não perdeu um único jogo esta temporada, entre campeonato e Taça. Pensa que isso traz total favoritismo à sua equipa para esta final?

Tendo em conta o histórico entre as duas equipas e o facto de nos termos sagrado campeões nacionais invictos, podemos dizer que neste caso o favoritismo para a conquista da Taça de Portugal estará sim do nosso lado. No entanto, sabemos que se trata de uma final em campo neutro, em que também já fomos felizes, pois o ano passado conquistámos a Taça no mesmo local, mas será sempre um jogo em que nos exigirá a máxima concentração, como temos feito ao longo de toda competição.

Até chegar a este jogo, a APD Braga deixou pelo caminho APD Sintra e APD Leiria, terceiro e segundo classificados da Liga, respetivamente. Estas vitórias trarão ainda mais alento?

Sem dúvida alguma. Aquando do sorteio, na altura, muitos diziam que se não fosse num jogo seria no outro que poderíamos ficar pelo caminho, pois são duas equipas fortes com bons atletas, mas sabíamos que em caso de vitórias nos mesmos jogos isso nos embalaria para uma final “mais tranquila”. Porém, ao longo do campeonato temos visto uma equipa de Alcoitão aguerrida, em que inclusivamente venceu a APD Sintra, o que demonstra o perigo que uma equipa como Alcoitão poderá causar. Por tudo isso, sentimo-nos com confiança para o jogo, mas obviamente que esperamos uma equipa que dará tudo para tentar contrariar o nosso favoritismo.

Avaliando o GDD Alcoitão, em que aspetos a APD Braga terá que ser mais forte? Quais são os maiores perigos do adversário?

 O GDD Alcoitão, não podemos esquecer, tem no seu palmarés, atualmente, dois jogadores que fazem parte de um grupo que compõe a Seleção Nacional – Marco Gonçalves e Hugo Maia -, atletas com muita experiência, rápidos, tendo ainda outros que conseguem trabalhar em áreas mais próximas do cesto. Penso que poderá passar por aí, ou seja, impedir a penetração de alguns elementos em zonas mais próximas do cesto e evitar as perdas de bola que permitem contra-ataques. Na minha opinião, esses são os maiores perigos, sendo que pretendemos também estar mais atentos aos jogadores referenciados atrás, pois possuem uma qualidade técnica acima da média e um tiro de média-distância com boas percentagens.

Olhando em jeito de rescaldo para esta temporada, esperava um domínio tão claro?

Ao longo do campeonato fomos tendo essa perceção. Tivemos quase no início do campeonato a notícia do regresso de Márcio Dias (um dos melhores jogadores portugueses da atualidade), mas também tivemos a notícia de alguns retornos de atletas para outras equipas. Sabíamos que com esse regresso a equipa iria ficar muito mais forte e com mais soluções, e após o jogo com a APD Sintra, em que vencemos fora por 59-62 depois de estarmos a perder por quase 20 pontos, a equipa reagiu e começou a praticar um basquetebol de alto nível. Entendemos que poderíamos repetir o feito da época passada, ou seja, conquistar todos os trofeus nacionais, mas de forma invicta, esse passou a ser o nosso objetivo. Para já conseguimos a Supertaça, diante da APD Leiria, o campeonato só com vitórias também e agora falta a conquista da Taça de Portugal, que é sempre um jogo de festa e que no nosso caso poderá ser também de consagração. De qualquer forma, e como não damos nada como garantido, apesar da história recente nos indicar como favoritos, iremos praticar o nosso melhor basquetebol, pois só assim poderemos respeitar o nosso adversário. Aproveito para desejar ao GDD Alcoitão um bom jogo e que seja mais uma vez a festa do basquetebol a vencer.

Pedro Pacheco, treinador da formação de Guifões, anteviu para a FPB o jogo decisivo da prova.

Está bem identificado com os maiores perigos vindos da Casa do Benfica de Palmela?

Sim, já tivemos acesso a dois vídeos. Estamos preparados para jogar contra a Casa do Benfica de Palmela, que tem uma equipa forte com alguns jogadores experientes como o Miguel Graça, um jogador que já passou pela nossa Liga e que conheço desde os escalões de formação no Barreirense, sendo que o defrontei como treinador numa final-four nacional. É uma equipa a ter conta, mas nós também temos as nossas armas, vamos à luta.

A presença na final era um objetivo primordial?

Inicialmente não, até porque a nossa equipa deve ser uma das mais jovens a nível nacional entre aquelas que disputaram a CNB1. O nosso projeto visava promover atletas Sub 18 aos seniores, sendo que alguns deles estiveram presentes na final four nacional de cadetes do ano passado, em Setúbal, não esquecendo dar minutos a atletas já seniores, mas jovens, que iriam ter pouco tempo de jogo na nossa equipa da Proliga. Portanto, esse era o nosso maior objetivo, mas com o decorrer do campeonato quisemos passar à segunda fase da prova, algo que não conseguimos porque perdemos em Barcelos por um ponto e empatámos no Parque das Camélias. Depois disso veio a Taça Nacional e o nosso objetivo passou a ser ir o mais longe possível e estamos a fazer um campeonato acima das expectativas iniciais.