Artigos da Federaçãooo

O Sporting CP/APD Sintra agradece, pois o salto de qualidade dado pela formação sintrense é inegável, como corrobora o registo imaculado na presente época. O poste ex-Mideba Extremadura e antigo internacional português refuta, contudo, a possibilidade de regressar à Seleção, ressalvando que o objetivo passa por “poder desfrutar do gostinho e da adrenalina da competição”.

No final da época 2015/2016, o anúncio público da sua retirada internacional amargurou toda a comunidade do BCR nacional e o CP Mideba, casa de Hugo Lourenço durante mais de uma década ao mais alto nível no máximo escalão espanhol. Chamar-lhe casa foge do lugar-comum ou não fosse a relação com o clube de Badajoz pontuada por genuína admiração e carinho, mútuos. No mesmo ano, o desfecho anticlimático com a Seleção Nacional, relegada para a Divisão C graças a uma derrota por um ponto contra a Eslovénia, também não ajudou a prolongar a carreira do primeiro jogador português profissional de BCR. A família e o trabalho cimentaram-se como prioridades, mas as saudades impuseram uma gestão ainda mais meticulosa do tempo para o que o BCR se encaixasse novamente na rotina.

Depois de um ano intermitente, regressaste esta época com energias redobradas, permitindo à APD Sintra voltar a sonhar com algo mais. Que metas traças em termos coletivos e individuais?

Em temos individuais, os objetivos são sobretudo voltar a treinar com regularidade (1 vez por semana) e sempre que possível poder desfrutar do gostinho e adrenalina da competição. A prioridade continua a ser a vida pessoal e a profissional, mas sempre que ambas o permitem é de facto um prazer “regressar”. Quanto aos objetivos coletivos, numa equipa como a APD Sintra/Sporting CP, os títulos têm de estar sempre em mente! No entanto, há que ser realista e perceber que é necessário ter mais tempo de treino, mais jogadores e mais e melhores meios técnicos. A única equipa em Portugal na atualidade que tem as condições mínimas para ser bem sucedida é a APD Braga, pelo trabalho que começou a desenvolver há alguns anos. No entanto, isso não é tudo e naturalmente estamos cá para tentar contrariar esse favoritismo.

Ao ver-te novamente em forma e a desfrutar do jogo, torna-se inevitável abordar um hipotético regresso à Seleção. Essa porta está aberta?

Para mim essa porta está praticamente fechada. Primeiro pelo motivo que expliquei anteriormente – disponibilidade. Segundo, não tendo eu oportunidade de treinar com regularidade e por esse motivo não me poder apresentar numa forma física e técnica mínima (segundo os meus parâmetros) para representar a Seleção de forma digna, é algo que não pondero. Para mim não faz sentido estar eventualmente a tirar o lugar a alguém que esteja realmente disponível e em condições de estar na Seleção. Atualmente, parece estar em curso um projeto para construir uma equipa competitiva no futuro e para isso precisa de jogadores novos e disponíveis. É outra página da minha vida desportiva da qual me orgulho muito e que me deu muitas e enormes alegrias e um par de desilusões, porém é algo que faz parte do passado.

Competiste durante cerca de uma década na liga espanhola, o que, apesar de treinares cá, distanciou-te da realidade do nosso campeonato. Como avalias o progresso do nível nacional?

Como sempre, tenho de ser direto e sincero. Infelizmente, na minha opinião, o nível tem evoluído ao mesmo ritmo que sempre evoluiu, ou seja, de forma lenta. Excetuando alguns jogadores que integraram outros campeonatos europeus, o nível mantém-se praticamente igual. Na minha perspectiva, isso deve-se essencialmente aos problemas de sempre: falta de tempo e qualidade de treinos (com o absurdo de ter equipas e jogadores nos últimos anos a dividir tempo com outras modalidades), falta de divulgação e visibilidade da modalidade e consequentemente de novos jogadores e, por fim, devido aos modelos de campeonato, que insistimos em manter com um número tão reduzido de equipas. Concordo que em Portugal as equipas e alguns jogadores evoluíram, porém, quando olhamos lá para fora e vemos o nível dos jogadores, equipas e seleções, sinto que cada vez estamos mais longe…

A não perder!

Diogo Brito e Francisco Amiel também viram alguns minutos de ação. 

No que toca aos treinadores, a adjunta da Universidade de San Diego, Mery Andrade, perdeu os primeiros jogos do ano. Já a Universidade de New Haven, de Michelle Brandão, conquistou a terceira vitória consecutiva diante da Universidade de Dominican (76-67).

Relativamente aos treinadores portugueses na Europa, referir que o Amicale de Alexandre Pires regressou às vitórias na Total League. A equipa orientada pelo técnico português superou o Racing por 94-62 permanecendo no 3.º lugar do campeonato. Em França, depois da pausa para as festividades, o Nanterre 92 de Phillipe Da Silva venceu hoje o Telekom Bonn (103-56) em jogo a contar para a Liga dos Campeões. 

Já em África, mais concretamente na Argélia, Pedro Nuno Monteiro e o GS Pétroliers venceram na deslocação ao reduto do O Batna (75-86), triunfando também perante o OS Bordj Bou Arréridj (77-53). Com uma partida em atraso, o GS Pétroliers ocupa neste momento a 6.ª posição do campeonato argelino. Na Tunísia, o Stade Nabeulin de Vasco Curado perdeu por 48-64 diante do ES Sahel, descendo para o 2.º posto do grupo B do campeonato tunisino.

Com a participação das equipas da Associação Vincit Qui Se Vincit – Academia de Basquetebol, Ginásio Clube Figueirense, Olivais Futebol Clube e Clube Basket 2011-ESBM, esta Fase Final, disputada em três dias num sistema de “todos contra todos”, decidirá o novo Campeão Distrital. 

A Fase Final tem início esta sexta-feira, 11 de janeiro, pelas 19h30, com o jogo entre a Academia de Basquetebol e o Clube Basket 2011-ESBM, seguido do Olivais Coimbra vs. Ginásio Figueirense.

No sábado e domingo realiza-se a restante competição, estando a entrega de prémios agendada para a seguir ao último jogo (17 horas).

Fiquem com os jogos dos quartos-de-final e o restante alinhamento!

Quartos-de-final – 25 de janeiro (sexta-feira)

Jogo 1 – GDESSA Barreiro vs. AD Vagos (19h, Pav. Eng. Augusto Correia)

Jogo 2 – Carnide Clube/Holos vs. Olivais Coimbra (21h, Pav. Eng. Augusto Correia)

Jogo 3 – SL Benfica vs. Quinta dos Lombos (20h, Multidesportos Dr. Mário Mexia)

Jogo 4 – Ovarense vs. União Sportiva (22h, Multidesportos Dr. Mário Mexia)

Meias-finais – 26 de janeiro (sábado)

Jogo 5 – Vencedor jogo 4 vs. Vencedor jogo 3 (18h, Pav. Eng. Augusto Correia)

Jogo 6 – Vencedor jogo 2 vs. Vencedor jogo 1 (16h, Pav. Eng. Augusto Correia)

Final – 27 de janeiro (domingo)

Jogo 7 – Vencedor jogo 5 vs. Vencedor jogo 6 (15h, Pav. Eng. Augusto Correia)

Por seu turno, como MVP Jovem surge Mariana Silva, do SL Benfica, graças a uma valorização de 24 (22pts, 2res, 3as, 5rb) na vitória por 73-61 sobre o Boa Viagem AngraAçores.

Fiquem com todos os números!

Líderes estatísticos da 13.ª jornada da Liga Feminina:

MVP Tissot | Kankou Coulibaly (União Sportiva): 31pts, 13res, 3rb, 8/10 LL – 40MVP

MVP Nacional | Maianca Umabano (GDESSA Barreiro): 31pts, 7res, 1as, 2rb – 32MVP

MVP Jovem (atletas nascidas depois de 1999, incluindo este ano) | Mariana Silva (SL Benfica): 22pts, 2res, 3as, 5rb – 24MVP

Pontos | Maianca Umabano (GDESSA Barreiro): 31

Ressaltos | Kankou Coulibaly (União Sportiva): 13

Assistências | Oyanaisy Gonzalez (CAD Coimbra/Chelo): 10

Roubos de bola | Hristina Marjanovic (Olivais Coimbra): 6

Desarmes de lançamento | Alice Martins (Olivais Coimbra) e Mandy Coleman (CAB Madeira): 2

Cinco ideal | Gabriela Raimundo (Ovarense), Oyanaisy Gonzalez (CAD Coimbra/Chelo), Miriam McKenzie (Boa Viagem AngraAçores), Maianca Umabano (GDESSA Barreiro) e Kankou Coulibaly (União Sportiva)

Cinco português | Gabriela Raimundo (Ovarense), Inês Faustino (Carnide Clube/Holos), Mariana Silva (SL Benfica), Maianca Umabano (GDESSA Barreiro) e Emília Ferreira (GDESSA Barreiro)

Top recordes

Mais pontos – Norianna Haynes (Olivais Coimbra) e Chelsea Welch (CAB Madeira) – 33 (jornadas 3 e 6)

Mais ressaltos – Hannah Green (SL Benfica) – 19 (jornada 5)

Mais assistências – Sara Ressurreição (Vitória SC) – 13 (jornada 1)

Mais roubos de bola – Treyvonna Brooks (Carnide Clube/Holos) – 9 (jornada 4)

Mais desarmes de lançamento – Susana Carvalheira (AD Vagos) – 4 (jornada 5)

Mais valorização – Chelsea Welch (CAB Madeira) e Sara Djassi (União Sportiva) – 40.5 (jornadas 6 e 11)

Já a APD Paredes também obteve números concludentes no triunfo caseiro frente à APD Lisboa (66-20), enquanto no embate mais aguardado da jornada, o Sporting CP/APD Sintra deslocou-se a Maceira para levar de vencida a APD Leiria por 49-39.

APD Paredes 66-20 APD Lisboa

No Pavilhão Rota dos Móveis, a APD Paredes assinou uma prestação avassaladora na receção à formação da capital e alcançou assim a segunda vitória na competição (a primeira fora precisamente contra a APD Lisboa, em outubro). À semelhança do encontro da primeira volta, os paredenses adotaram como estratégia defensiva um misto de zona com pressão homem para manietar o jovem internacional português, Ângelo Pereira, ameaça maior dos visitantes devido ao seu lançamento exterior, o que surtiu o efeito desejado, suscitando muitas dificuldades à APD Lisboa no capítulo da concretização. Por seu turno, os lisboetas, desfalcados de Bruno Lopes, viram as suas hipóteses de discutir o encontro praticamente anuladas na primeira parte, já que se mostraram permeáveis às incursões na área pintada dos homens mais altos da APD Paredes, Marco Almeida e Hélder Freitas, autores de 22 e 16 pontos no encontro, respetivamente. No final, triunfo autoritário da equipa da casa por 66-20. Parciais: 13-04 / 19-02 / 22-8 / 12-6. Melhores marcadores – APD Paredes: Marco Almeida 22 pts, Hélder Freitas 16 pts; APD Lisboa – Ângelo Pereira 12 pts, Emanuel Soares 4 pts

APD Leiria 39-49 Sporting CP/APD Sintra

No duelo mais prometedor entre os primeiros jogos do ano, o Sporting CP/APD Sintra preservou a invencibilidade na deslocação ao reduto da APD Leiria. A turma verde e branca realizou uma exibição consistente, que lhe permitiu construir até ao descanso uma vantagem de 11 pontos e colocou sob pressão a formação da APD Leiria, cujo nível continua aquém do demonstrado na época transata. Os leirienses debateram-se com a contrariedade de disporem de poucas pontuações baixas para o encontro, devido às ausências por motivos de saúde de Rafael Andrino (1.0), Nelson Oliveira (1.0) e Luís Ramos (1.0), ao que se somou a quarta falta no início do terceiro quarto do internacional Sub22, João Pedro, atleta 2,5, que atua com 1.5 fruto da redução de 1.0 atribuída aos menores de 22 anos. Na luta das tabelas, onde habitualmente a APD Leiria goza de hegemonia, a intensidade defensiva de Hugo Lourenço e os muitos ressaltos conquistados traduziram-se num menor poder de fogo para Iderlindo Gomes e Marco Francisco, assim como em poucas segundas bolas. Ainda em relação aos locais, de assinalar a estreia de outro atleta Sub22, João Silva (4.0). Com mais esta vitória, o Sporting CP/APD Sintra partilha o estatuto invicto com a tricampeã nacional, APD Braga. Parciais: 9-13 / 4-11 / 9-13 / 17-12 Melhores marcadores – APD Leiria: João Jerónimo 18 pts, Iderlindo Gomes 9 pts; SCP/APD Sintra: Pedro Gonçalves 22 pts, Hugo Lourenço 17 pts

APD Braga 61-17 GDD Alcoitão

A APD Braga continua intocável e voltou a ganhar por larga margem frente a um dos rivais com maior potencial do campeonato. Apesar da aposta do técnico minhoto, Ricardo Vieira, num cinco inicial ligeiramente diferente do habitual, a competitividade do BCR dos tricampeões nacionais não afrouxou e os cascalenses denotaram muitas dificuldades para criar situações de finalização cómodas na área pintada, assim como para conter o arsenal ofensivo dos locais, nomeadamente as saídas rápidas. Perante uma casa bem composta, a equipa bracarense descolou rapidamente no marcador e a sua vantagem já se cifrava em 15 pontos ao intervalo. A rotação dos anfitriões nem por isso proporcionou uma aproximação do GDD Alcoitão, impotente em toda a partida para se bater de igual para igual com a APD Braga. O capitão minhoto, Márcio Dias, foi o homem em evidência, em matéria pontual, ao apontar 25 pontos e comprovar que se encaminha cada vez mais para a sua melhor forma depois da grave lesão contraída na época passada. Parciais: 12-2 / 10-05 / 20-04 / 19-06 Melhores marcadores – APD Braga: Márcio Dias 25 pts, Eduardo Gomes 12 pts; GDD Alcoitão: Hugo Maia 11 pts

Por seu turno, no dérbi de Angra do Heroísmo, o Terceira Basket Club venceu o SC Lusitânia, fora de portas, por 85-77.

SL Benfica 112-66 Esgueira/Aveiro/OLI

O SL Benfica, mesmo com algumas ausências por lesão, não permitiu qualquer veleidade ao Esgueira/Aveiro/OLI, quinto classificado.

A formação forasteira até entrou bem no encontro, mas os “encarnados” depressa assumiram as despesas, chegando ao intervalo já com um avanço de 13 pontos (47-34).

No regresso dos balneários a diferença avolumou-se graças a parciais de 31-11 e 34-21, numa partida em que o Benfica alcançou 17 triplos.

Em termos estatísticos, na turma da Luz, realce para as prestações de Micah Downs (26pts, 4res, 4as, 2rb, 1dl), Alex Suárez (23pts, 2res), José Silva (20pts, 1as, 1rb), Xavier Rey (13pts, 14res, 8as, 2dl) e Miguel Maria Cardoso (12pts, 8res, 13as), enquanto no Esgueira sobressaíram Greg Alexander (25pts, 6res, 3as), TyQuane Goard (15pts, 6res, 2as, 2rb, 1dl) e Ty Toney (14pts, 2res, 5as).

SC Lusitânia 77-85 Terceira Basket Club (após prolongamento)

O Terceira Basket Club igualou o SC Lusitânia em termos pontuais ao bater o vizinho de Angra do Heroísmo, após prolongamento.

Muita emoção, própria de um dérbi, com as duas equipas a chegarem ao final do último quarto igualadas a 69 pontos.

No tempo extra, o conjunto visitante aplicou um parcial de 16-8 e avançou para o triunfo, num desafio em que contou com a inspiração de Derreck Brooks Jr. (24pts, 11res, 3as, 2rb), Rozelle Nix (16pts, 7res, 1dl), Miguel Toreia (12pts, 4res, 5as, 3rb, 1dl) e Pedro Rodrigues (12pts, 4res), ao passo que no Lusitânia sobressaíram Phillip Taylor (28pts, 3res, 3as, 1rb), Desmond Simmons (17pts, 9res, 1as, 1rb), Pedro Catarino (11pts, 1res, 2as) e Amadou Sidibe (10pts, 14res, 1as, 2rb).