Artigos da Federaçãooo

A prova, realizada no Pavilhão Municipal de Condeixa-a-Nova, contou com a participação de diversas equipas, muitas delas com atletas “da casa”, mas também com equipas de atletas de outras modalidades que assim puderam experimentar o basquetebol. 

No Escalão 1 a vitória acabou por sorrir à equipa Shinchan, constituída por Lara Pita, Matilde Preces, Afonso Barros e Francisco Lourenço, e que na final defrontou Os Azeiteiros, que contaram com Guilherme Mendonça, Tiago Pinto, Martim Cardoso e Xavier Cardoso. O pódio ficou  completo com Os Melhores, compostos por Letícia Fernandes, Anastasia Klymchuk, Amanda Fernandes e Maria Amaro.

No escalão 2, o primeiro lugar foi alcançado pelos Sub43, onde alinhavam Francisco Sousa, Alexandre Gomes, João Fidalgo e João Morais, depois de vencerem os Chegamissos (Paulo Barros, Andreia Pereira, Joana França e Catarina Graça). No terceiro posto ficaram os Papiluna (Juliana Costa, Sara Sarraipo e Iasmin).

João Guerreiro, a alinhar nos campeões nacionais, e Pedro Bastos, atleta dos “dragões”, projetaram para a FPB este clássico do basquetebol nacional.

João Guerreiro – UD Oliveirense

O facto da Oliveirense já ter garantido a liderança da Fase Regular pode jogar a favor do FC Porto?

Entramos em todos os desafios com vontade de vencer, essa será sempre a nossa maior prioridade! Do outro lado teremos um FC Porto a também querer e a precisar muito de uma vitória. Mas nós vamos dar o nosso melhor basquetebol e esperar que isso seja suficiente para ganhar. Quanto à garantia da liderança foi apenas o cumprir de um dos objetivos para esta época, mas que não ficam por aqui!

A Oliveirense tem sofrido maiores dificuldades nos últimos jogos. Deve-se a algum motivo em particular?

Ao longo de uma época é normal que uma equipa tenha melhores fases do que outras. Têm sido meses intensos de competição, tivemos várias baixas de grande calibre… mas ultrapassámos todos estes percalços com união! Estamos a aprender com os erros para melhorar o nosso jogo a cada dia e chegar aos Playoffs na nossa melhor versão física, psicológica e tecnicamente.

Assumem-se como principais candidatos ao título depois de uma Fase Regular muito positiva?

Assumimos esse objetivo de lutar pela renovação do título desde o início da época. Temos uma equipa com jogadores muito completos e que se complementam, praticamos um basquetebol muito bonito. Estamos unidos e concentrados naquilo que precisamos de fazer para tal. Mas obviamente que não estamos sozinhos nesta luta, já que existem algumas outras equipas na Liga com muito potencial e que certamente lutarão até ao fim.

Pedro Bastos – FC Porto

O FC Porto já leva 11 vitórias consecutivas na Liga Placard, tendo agora pela frente uma UD Oliveirense que já garantiu a liderança da Fase Regular. Esse facto joga a vosso favor?

Mesmo tendo o primeiro lugar garantido, não acredito que a equipa da Oliveirense encare este jogo de forma diferente. Estamos à espera de uma partida de extrema exigência e de grande intensidade, como foram todos os duelos até aqui. Por outro lado, nós queremos dar continuidade a esta sucessão de vitórias e entrar nos Playoffs na melhor posição possível. 

Quais são as principais razões que ditam este grande momento de forma do FC Porto?

Eu penso que quando uma equipa consegue 11 vitórias seguidas haverá sempre muitas razões para justificar esse facto. Na minha opinião, o compromisso que temos em trabalhar e aprender durante as semanas faz-nos crescer à medida que o tempo avança. 

Também te encontras numa boa fase. Acreditam cada vez mais na conquista do título?

É verdade que me sinto bem, estes últimos jogos foram bons para mim e tenho a sorte de ter colegas de equipa que trabalham o jogo todo e que tornam as coisas mais simples. Na nossa equipa pensamos em dar o nosso melhor a cada jogo, sabendo que uns dias “brilham” uns e noutros dão nas vistas outros, mas o mais importante será sempre a vitória. Sempre acreditámos na conquista do título, é para isso que trabalhamos diariamente. Vamos continuar o nosso caminho para chegar ao momento decisivo da época preparados para alcançar o nosso principal objetivo.

Sábado, dia 4 de maio, a final regressa para o jogo 2, disputado em Coimbra, no Pavilhão Engenheiro Augusto Correia.

O Pavilhão Desportivo dos Lombos encheu para o 1.º jogo da final do Playoff da Liga Feminina e viu a equipa da casa ficar limitada a apenas 9 pontos no quarto inicial da partida. Mais eficazes e com uma entrada de rompante no jogo, o Olivais foi para o 2.º quarto a vencer pela confortável margem de 19 pontos (9-28).

Ainda antes do descanso a Quinta dos Lombos conseguiu recuperar um pouco da desvantagem obtida nos dez minutos iniciais do encontro, porém, foi no regresso dos balneários que a aproximação ao Olivais se confirmou. O parcial de 14-2 a abrir a 2.ª parte colocou a fomação da casa a uma posse de bola das adversárias, que souberam manter a compostura e a liderança da contenda. 

No derradeiro quarto e apesar das novas investidas das anfitriãs, as conimbricenses conseguiram manter-se na dianteira do marcador, fixando o resultado final em 61-68.

Nassira Traore (14pts, 3res e 1rb), Chanaya Pinto (13pts, 8res, 1as, 1rb e 4dl) e Márcia Costa (10pts, 5res, 10as, 1rb e 1dl) foram as melhores na Quinta dos Lombos, ao passo que no Olivais sobressaíram Norianna Haynes (23pts, 17res e 1as), Inês Viana (18pts, 13res, 5as e 1rb) e Hristina Marjanovic (13pts, 1res, 1as e 1rb).

CAB Madeira SAD 91-72 Esgueira/Aveiro/OLI

Em visita ao Funchal o Esgueira/Aveiro/OLI viu complicar-se o apuramento para os playoffs da Liga Placard, já que o líder do grupo B, o CAB Madeira SAD, impôs a sua vontade e venceu a formação visitante por 91-72. Com um arranque de jogo fulgurante (parcial de 31-11), o conjunto da casa ditou desde cedo a marcha do marcador e nunca mais perdeu a liderança do mesmo.

Superiores na luta das tabelas, e na hora de lançar ao cesto, os madeirenses tiveram em Jyles Smith (22pts, 14res, 3as, 2rb e 2dl), Arvydras Gydra (18pts, 7res e 1as), Ivan Pendic (12pts, 4res e 1rb), Earl Brown Jr. (14pts, 2res, 2as e 1rb) e João Gallina (10pts, 5res, 2as e 1rb) os principais protagonistas da partida. Do outro lado, destaque para a dupla norte-americana composta por Ty Toney (21pts, 5res, 6as e 2rb) e "Gee" Alexander (22pts, 3res, 2as e 1rb).

Illiabum Clube 98-86 Imortal AlgarExperience

A jogar em casa, o Illiabum Clube deu um grande passo para garantir presença nos playoffs da Liga Placard, regressando aos triunfos perante o Imortal AlgarExperience (98-86). Com o equilíbrio a ser o tónico do encontro, a melhor entrada em campo dos homens da casa acabou por ser fundamental para o desfecho final do jogo.

Depois de se encontrar em desvantagem durante grande parte do encontro, os algarvios conseguiram colocar-se a um ponto de distância (78-77) do Illiabum a pouco mais de cinco minutos do fim. Contudo, a boa resposta dos anfitriões, que conseguiram um parcial de 10-0, deu novamente um vantagem confortável que foi gerida até ao apito final.

Nos visitantes deram nas vistas Quentin Snider (25pts, 2res, 6as e 3rb), Shane DaRosa (17pts, 2res, 8as e 1rb),  Stephan Maxwell (16pts, 6res, 1as e 3rb) e Orion Outerbridge (16pts, 6res, 1as e 1rb). No Illiabum brilharam Patrick McGlynn (27pts, 9res e 6as), Michael Murray (26pts, 10res, 5as e 3rb), Staphon Blair (18pts, 18res, 1rb e 2dl) e Kevin Coronel (18pts, 4res e 2as).

Está bem encaminhada a preparação da Seleção Nacional Sub23 de basquetebol em cadeira de rodas para a sua estreia oficial em Helsínquia, de 25 a 30 de junho, nos Jogos Europeus da Juventude. Sem Rafael Andrino (1.0), da APD Leiria, substituído pelo estreante Diogo Fernandes, de Castelo Branco, os pupilos de Marco Galego, selecionador nacional, e Ricardo Vieira, selecionador adjunto, trabalharam com afinco entre o Pavilhão das Pedras e o Pavilhão Municipal da Lavandeira, em Vila Nova de Gaia. O técnico Ricardo Vieira atesta, em nome da equipa técnica nacional, a satisfação com o estágio realizado, que considera “bastante produtivo em todos os aspetos” e salienta a dedicação dos atletas. “Em anos de trabalho nesta modalidade não me lembro de ver tanta vontade em aprender!”, sublinha. Como fator menos positivo, o treinador bracarense lamentou que a condição física tivesse ficado um pouco aquém do esperado, algo que é comum à seleção principal. “Esperamos sempre mais e acabamos por perceber que falta muito trabalho de casa, essencialmente individual. No entanto, isso não afetou qualquer falha ou produziu qualquer ausência em todos os treinos realizados; com dores, feridas nas mãos ou outros problemas recusaram-se a ficar de fora e com maior ou menor dificuldade cumpriram todos os projetos e processos de treino”, relativizou. Pelo meio, a equipa das quinas defrontou a APD Paredes, formação que atingiu as meias-finais do Campeonato Nacional, e demonstrou arrojo para dificultar a manobra ofensiva dos paredenses ao aplicar uma pressão a campo inteiro, que suscitou vários turnovers ou concretizações forçadas. Contudo, os Sub23 denotaram igualmente alguma falta de clarividência no passe e nas compensações defensivas, componentes do jogo rapidamente diagnosticadas por Marco Galego e Ricardo Vieira como prioritárias para aprimorar nas sessões de trabalho seguintes. Às nuances técnicas, juntou-se o facto desta seleção viver uma etapa inicial da sua existência. “Faltou-nos claramente o fator experiência, contamos com alguns jovens com poucos minutos de jogo e o facto de estarem há pouco tempo juntos também os deixou um pouco ansiosos. É algo que tem de ser trabalhado com o tempo e termos mais um estágio antes dos Jogos Europeus da Juventude pode ser importante para o desenvolvimento como equipa”, afirmou Ricardo Vieira. Prova de que os jovens jogadores foram capazes de sacudir a tensão associada ao encontro residiu na produtividade do último quarto, onde apontou 14 pontos e saltou à vista a maior desenvoltura no processo ofensivo. Em jeito de balanço geral, Ricardo Vieira avaliou em crescendo o trajeto dos Sub23 neste estágio, que “numa escala de 0-10, começaram em 5 e terminaram claramente em 8 ou 9”, mas deixou o alerta. “Foi solicitado aos atletas um esforço maior quer nos treinos com as suas equipas, quer fundamentalmente a nível individual, com treinos em casa ou em ginásio de forma a que o apuro físico não seja mais uma preocupação para nós”, finalizou.

APD Paredes 52-39 Seleção Nacional Sub23

Parciais: 4-4 / 10-8 / 19-13 / 19-14

Marcadores

APD Paredes: #9 Hélder Freitas 15 pts, #16 Marco Almeida 14 pts, #18 Rui França 10 pts, #10 Paulo Araújo 3 pts, #17 António Neto 6 pts, #19 Alberto Baptista 2 pts, #4 Marco Freire 2 pts;

Seleção Nacional Sub23: #8 Ângelo Pereira 9 pts, #12 Luís Domingos 8 pts, #11 Ibrahim Mandjam 6 pts, #6 Lassana Indjai 4 pts, #7 Diogo Fernandes 4 pts, #14 Ahmat Afashokov 4 pts, #13 João Silva 2 pts, #5 João Pedro 2 pts

Na séria Norte A o Clube Basket Felgueiras permanece no topo da classificação, tal como o MBA/MONTISISTEMAS na série A da zona Sul e o Imortal B.C. “B” na série B do Sul.

Em jeito de antevisão, falámos com Luís Oliveira, elemento da equipa técnica do GDESSA Barreiro, que “caiu” nas meias-finais do campeonato aos pés do Olivais, e comentador da FPBtv.

Na tua opinião quais são os pontos fortes de Olivais e Lombos? E quais os aspetos que cada equipa pode explorar relativamente à outra?

Antes de mais, começar por parabenizar ambos os finalistas, Olivais Coimbra e Quinta dos Lombos. Começando pelo Olivais, que foi o primeiro classificado da Fase Regular, é a equipa da Liga que faz mais pontos, com uma média de 78 por jogo, sendo que esta produção ofensiva está muito dependente do seu cinco inicial. As cinco jogadoras mais utilizadas são responsáveis por 85% das decisões do conjunto, com a química criada pela liderança da Inês Viana e o rendimento da Norianna Haynes a serem os pontos mais fortes, na minha opinião. Já a Quinta dos Lombos foi a equipa que esteve mais tempo no comando da prova, acabando por terminar como terceira classificada apenas nas últimas jornadas. É a formação que utiliza a maior rotação, com um misto de experiência e juventude, utilizando em média 9/10 jogadoras por partida, e sendo, a meu ver, a equipa mais física da Liga. A rotação permite-lhes manter uma intensidade constante, que sob a égide da líder e experiente Márcia Costa pode vir a fazer a diferença.

Para ti há um favorito nesta final? Ou estamos a falar de duas equipas com a mesma valia?

Não consigo arriscar nenhum favorito. Se olharmos para toda a Liga e, mais recentemente, para os primeiros resultados da meia-final, percebemos que existiu bastante equilíbrio e uma constante incerteza nos resultados. Olivais e Lombos são duas equipas que chegam à final depois de nas duas eliminatórias anteriores não terem conseguido vencer sem qualquer derrota, mais uma confirmação de todo o equilíbrio da competição. Em 2018-2019 consigo encontrar alguns dados a favor do Olivais, mas que nestas circunstâncias têm o valor que lhes quiserem dar. Já venceram uma competição (Taça de Portugal), o facto de terem terminado em primeiro na Fase Regular confere-lhes o fator casa, e em três jogos disputados entre as duas equipas o Olivais tem duas vitórias e uma derrota. Por outro lado, não nos podemos esquecer de que, tal como em 2017-2018, a Quinta dos Lombos está novamente na final.

O que esperas desta final? O percurso de ambas as equipas surpreendeu-te nalgum aspeto ao longo deste campeonato?

Espero uma final recheada de equilíbrio, na qual os ataques se vão sobrepor às defesas e em que o vencedor apenas será encontrado nos pequenos detalhes. Tendo em conta todo o equilíbrio que se viveu ao longo da época, penso que qualquer um dos quatro primeiros classificados seriam justas presenças na final. O meu desejo é que existam prolongamentos em todos os jogos, que a eliminatória apenas se decida na “negra” e que ninguém se lesione. Espero que todos os envolvidos desfrutem e que continuem a dignificar o que de bom se faz no basquetebol feminino.

Fiquem com a sua antevisão.

O que esperas desta final entre Olivais e Quinta dos Lombos? Há algum favorito, na tua opinião?

Sendo uma final e com tudo o que isso implica, espero, sem dúvida, muita emoção e equilíbrio em todos os jogos. Nesta altura, e sendo as equipas que são, não há favoritos, até porque nos confrontos diretos sempre houve muito equilíbrio. São os detalhes e a atitude com que cada equipa entrar dentro de campo que vão ditar o vencedor desta edição da Liga Feminina.

Quais são os pontos fortes de cada uma das equipas?

Temos um Olivais com atletas com muita experiência e com um jogo interior fortíssimo, enquanto os Lombos têm um banco com maior profundidade e um jogo pautado por transições rápidas e tiro exterior, o que acabam por ser as suas maiores armas.

Olhando para toda a Liga, surpreendem-te estes finalistas?

Não me surpreende de forma alguma, acabam por estar na final as duas equipas mais consistentes desta época e a prova disso mesmo é terem chegado até este momento de decisão. Que ganhe a melhor e que seja um bom espetáculo!

Na sexta-feira regressa o espetáculo com dois jogos da Liga Placard agendados para as 21 horas: Galitos Barreiro vs. Vitória SC e Ovarense Gavex vs. Terceira Basket Club.

No sábado, espaço para a segunda partida da final da Liga Feminina, com o Olivais a receber os Lombos (16h30), sendo que uma eventual “negra” também terá transmissão no nosso canal, no domingo, a partir das 18h30.

O líder da prova recebe o terceiro classificado num jogo a não perder.

NBA portuguesas.

A FPBtv esteve no terreno e captou os melhores momentos do evento. Reportagem para ver aqui!