Artigos da Federaçãooo

A FPB esteve à conversa com Mário Gomes, selecionador nacional, que elogiou o grupo de trabalho, apelando ainda a uma enchente nas bancadas.

Como avalia a Islândia? Quais são os seus pontos fortes?

A Islândia é uma equipa mais forte, do ponto de vista teórico. Podemos esperar um jogo muito intenso, em que teremos de conviver com o contacto que eles metem na defesa. A Islândia gosta de jogar em campo aberto e todos os seus jogadores exteriores são bons lançadores e, principalmente, bons penetradores, gostam de arriscar o 1×1. Há dois aspetos que são muito importantes: a recuperação defensiva, e por isso temos que obrigar a Islândia a jogar 5×5 no meio-campo, e temos que defender bem o 1×1. Além disso, pretendemos ser consistentes durante os 40 minutos, algo que leva tempo, mas isso não serve de desculpa. Mas há uma coisa que eu faço questão de referir: só tenho a dizer bem dos jogadores, os atletas têm sido inexcedíveis.

Sentem que está tudo em aberto, apesar da derrota na Suíça?

Claro que está tudo em aberto! Continuamos a depender de nós próprios, algo que temos de defender neste jogo. Tivemos um mau resultado na Suíça, não há volta a dar, num jogo em que poderíamos ter vencido. Faltou-nos consistência nos últimos minutos, não são necessárias grandes explicações. Uma derrota é sempre uma derrota, veremos as implicações que pode ter.

Que palavra quer deixar para os adeptos? É importante todo o apoio.

Acho que toda a gente reconhece que a nossa Seleção, jogando melhor ou pior, tem uma imagem de marca: nunca desiste. Podemos garantir aos adeptos que isso se manterá, e por isso apelo ao apoio de todos na bancada. Vão identificar-se com a nossa equipa.

E isto porque a 16 de setembro de 2018, Portugal defrontou, precisamente, a Islândia, num jogo a contar para a segunda ronda de pré-qualificação do EuroBasket 2021.

Na altura, a Seleção Nacional de seniores masculinos venceu por 80-77, com a FPB a destacar na sua crónica a “resiliência” dos jogadores, o que se traduziu numa “excelente exibição coletiva”.

Que Sines volte a ser talismã para as nossas cores!

Podem rever o encontro com a congénere islandesa, aqui:

Duelo para ver em aqui:

Campeonato da Europa

Apenas nos instantes finais a equipa dos Balcãs superou a nossa Seleção, que esteve mais uma vez em bom plano, e que durante muito tempo liderou o marcador, terminando assim a sua prestação no Grupo A com um triunfo e duas derrotas.

A competição volta na quarta-feira.

Portugal controlou a primeira parte, com destaque para o parcial de 20-11 no segundo quarto, que colocou a turma das quinas com uma vantagem de 13 pontos ao intervalo (38-25).

Mas no regresso dos balneários tudo mudou, com a Sérvia a virar o resultado a seu favor para 44-42, seguindo-se um derradeiro quarto muito equilibrado, no qual tudo ficou decidido após o adversário aproveitar o assinalar de uma falta antidesportiva do lado luso a 16 segundos do soar da buzina.

Em termos individuais, no conjunto português, realce para as prestações de Mariana Silva (20pts, 3res, 1ast, 1rb, 1dl) e Beatriz Jordão (9pts, 11res, 1rb, 1dl).

Duelo para ver aqui:

Além das várias conhecidas que se deslocaram até à Avenida General Norton de Matos, destacam-se a dos ex-internacionais portugueses, João “Betinho” Gomes e Sofia Ramalho Gomes, vencedores da prova masculina. O “Challenge” em Matosinhos ficou marcado pela elevada pontuação conseguida (482.300), recorde num evento do Circuito Nacional de 3×3.

A competição regressa em setembro, com o Barreiro a receber mais um “Open” que antecede o último “Challenge” do calendário a disputar-se no Estoril.

Conheçam os 12 convocados de Portugal:

– Afonso Guedes (CA Queluz)

– André Afonso (CB Queluz)

– António Lucas (Clube dos Galitos)

– Daniel André (CB Queluz)

– Diogo Seixas (Imortal BC)

– Francisco Nunes (Maia BC)

– Gonçalo Morais (BC Vila Real)

– Guilherme Nunes (CD Póvoa)

– Hugo Alarcón (CB L’Hospitalet – Espanha)

– Jason Catarino (CB Albufeira)

– Miguel Baker (Clube dos Galitos)

– Tiago Almeida (FC Porto)

Staff: António Paulo Ferreira (selecionador nacional), Hélder Evangelista e Andrii Melnychuk (treinadores adjuntos), Miguel Pereira (dirigente), Ricardo Raimundo (team manager) e David Freire (fisioterapeuta)

Com o Jr. NBA Global Championship prestes a arrancar, a comitiva da seleção da Europa e Médio Oriente viajou desde Valência até Orlando, cidade norte-americana que acolhe a prova.

Nota: Fotos da Câmara Municipal de Gondomar

Chamam ao basquetebol em cadeira de rodas a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” a modalidade?

Se tivesse que convencer alguém a praticar a modalidade, vendia-a como uma forma de permanecer ativo e competitivo, apesar da deficiência e, claro, uma forma de melhorar a saúde do atleta e melhorar o seu sentido de responsabilidade.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

Quanto aos jogadores que mais fascínio exercem sobre mim, existem vários, mas o meu top 3 passaria pelo Patrick Anderson, simplesmente pelo nível de notoriedade que ele foi capaz de alcançar ao longo da sua carreira, continuando a trabalhar arduamente todos os dias para se tornar na melhor pessoa e atleta que possa ser; o Melvin Juette, que apesar de já não ser ativo continua a fascinar-me até ao dia de hoje devido à sua proeza defensiva e, finalmente, Pedro Bártolo, pois, para além de jogar BCR profissionalmente, algo que eu próprio estou a perseguir, foi realmente a minha primeira referência de desporto adaptado e quem, efetivamente, me introduziu ao BCR.

Ter uma limitação motora, entre outras coisas, produz momentos humorísticos devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Ter uma limitação motora e jogar BCR é uma mistura explosiva? Conta-nos um episódio contigo ou que presenciaste.

Sinceramente, não me lembro de algum episódio que se destaque, mas normalmente quando estou a falar com alguém, e menciono o BCR, as pessoas ficam bastante espantadas e passam a bombardear-me com perguntas genéricas como “e os cestos são da mesma altura?!”, “como é que contam os passos?", etc. Acaba por ser sempre um desafio não rir, pois o que é bastante comum para nós, atletas, parece um bicho de sete cabeças para aqueles que não estão familiarizados com a modalidade.

Entre todas as maravilhas possíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento favorito do jogo?

O que eu gosto mais de fazer numa cadeira de rodas é, sem dúvida, mover-me utilizando apenas o tronco, porque aumenta a agilidade do atleta e adiciona ainda mais uma camada de complexidade e criatividade ao BCR.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

O jogador a quem eu mais gostava de fazer “Man Out” seria o Patrick Anderson, pois só a simples tarefa de parar um jogador que consegue passar pela defesa de tantas formas diferentes e com um arsenal ofensivo tão extensivo era digno de reconhecimento, mas então fazer "Man Out" seria a cereja no topo do bolo.

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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

Portugal entrou em campo de forma decidida e desde cedo se colocou em vantagem na partida, acabando o 1.º quarto na frente do marcador (6-22). A larga margem alcançada nos dez minutos iniciais do encontro esbateu-se graças aos fortes parciais da Letónia que, à entrada para o 4.º período, perdia por apenas dois pontos (38-40).

A grande indecisão no marcador continuou a ser tendência da partida, com o resultado final a decidir-se após prolongamento (51-53). Apesar de perder a luta das tabelas, Portugal conseguiu ser mais eficaz no controlo da posse de bola, demonstrando mais capacidade no momento defensivo (16 roubos de bola). 

No triunfo luso evidenciaram-se Eliana Cabral (15pts, 9res, 3ast, 2rb e 1dl), Beatriz Jordão (7pts, 10res, 2as, 3rb e 2dl) e Marta Martins (10pts, 1res, 1as e 3rb). A equipa das quinas volta à ação já esta segunda-feira, pelas 14h45, para encerrar a fase de grupos diante da Sérvia.

A equipa masculina não resistiu a Israel (14-18), depois de ter perdido diante da Eslováquia por 19-16, com a prestação nestes dois últimos dias a traduzir-se num terceiro lugar.

Já a formação feminina, quarta classificada no geral, começou por superar a Bielorrússia, este domingo, com um resultado de 17-13, acabou por sair derrotada (21-5) no tira-teimas frente à França, turma da casa.