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Portugal de pé frente à campeã do mundo para fechar uma histórica campanha no EuroBasket 2025

#GigantesDePortugal. Os Linces saem de pé do EuroBasket. A lutar até ao fim contra a campeã do mundo, a lutar com unhas e dentes contra os melhores jogadores da Europa nos oitavos de final do Campeonato da Europa, entre as 16 melhores do velho continente. O resultado (85-58) não espelha a crónica deste jogo, deste singular duelo que fez vibrar todos os portugueses que, em casa, acreditaram tanto quantos os nossos Linces.

 

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Foi um duelo para a História: a Alemanha, que entrou neste encontro como a equipa que mais pontos marcou na fase de grupos (média de 105,8 por jogo), é talvez a principal candidata ao título, ao lado da Sérvia e da Turquia, e isso diz muito da campanha extraordinária e de dedicação que Portugal fez neste Campeonato da Europa. Mas a máquina defensiva do professor Mário Gomes reduziu os alemães a três quartos onde não conseguiram atacar como habitualmente o fazem. Sem lançamentos fáceis. Com uma luta imensa em todos os ressaltos.

Reduzir a Alemanha aos parciais de 17-12 e 21-19, no primeiro e terceiro quarto, foi uma tarefa árdua. Chegar ao intervalo a vencer, depois de coletivamente brilhar no segundo (14-20), ainda mais. A verdade é que os Linces lutaram com tudo o que tinham e não tinham – e só a falta “de pernas”, de “fuel”, como referiu o selecionador na conferência de imprensa, fizeram que os alemães “explodissem” no jogo, depois dos lusos entrarem no último quarto a perder por apenas um ponto (52-51). Só aí conseguiram atacar como até então tinham atacado neste EuroBasket. Só aí conseguiram ultrapassar a muralha lusa.

 

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Neemias Queta (18pts, 11res – 24val) foi o MVP da equipa das Quinas (e tornou-se o segundo melhor marcador luso em EuroBasket, com um acumulado de 93 pontos), mas o esforço coletivo é o que há a destacar.

Travante Williams marcou oito pontos, Daniel Relvão juntou seis ressaltos aos seus quatro pontos, Diogo Gameiro (4pts, 7res) substituiu com excelência Diogo Ventura, que não alinhou por lesão (sofrida durante o último jogo da Fase de Grupos).

 

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O desaire em nada belisca a campanha que fez esta equipa. Amanhã voltará o Diário do Euro para encerrar os 12 dias em que Portugal abrilhantou Riga, menina e moça. Para já, os 12 Linces de Mário Gomes irão descansar, sabendo que, como o próprio disse, “até pode haver um treinador tão feliz quanto eu pelo desempenho da sua equipa. Mas mais feliz não há”.

A estatística completa.

Parciais de 17-12, 14-20, 21-19 e 33-7

Nota para a presença do Secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, que acompanhou o jogo junto do Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Manuel Fernandes, em direto de Riga.

A conferência de imprensa com o professor Mário Gomes e Miguel Queiroz:

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Diário do Euro: o mar português de Riga

A crónica de hoje é simples. Tão simples quanto escalar uma montanha – a montanha mais alta – ou atravessar a nado um oceano – o oceano mais vasto.

Pela frente, Os Linces vão ter amanhã um jogo que, como li hoje nas redes sociais, tem 0,19% de chance de cair para o nosso lado. As casas de apostas falam em 1% – a percentagem mínima que podem apresentar. A Alemanha, campeã mundial em título, é a equipa que mais pontos marcou neste EuroBasket. Venceu a Grã-Bretanha por 63 pontos, a maior margem do século XXI. Terminou em primeiro do Grupo B, de forma indiscutível, e a Finlândia, o segundo classificado, não teve qualquer hipótese no encontro entre ambas. Se a Sérvia era a 2.ª melhor do mundo, os germânicos são 3.º, mas a caminho do topo. Dennis Schroder, Franz Wagner e Daniel Theis são os líderes de um coletivo que veio para levantar o título. Mas, agora, chega de falar do adversário.

Sim, a chance é mínima. Mas existe.

E, enquanto existir, nós, portugueses, nunca nos daremos por vencidos.

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena“, dizia um famoso poeta, num poema intitulado “Mar Português”. Pois bem, o mar, aqui, em Riga, é demasiado calmo para nós. É doce o Báltico, a areia é dura e não tem ondas.

Não nos satisfaz.

Nós, portugueses, gostamos da agitação da costa atlântica. Da provocação da maré, da frescura da maresia.

Não sei o que nos diz esse facto sobre o “ser português”.

Mas sei que, perante a montanha mais alta, o oceano mais vasto, nos agigantámos. Foi assim outrora – e assim será. Poderá não o ser amanhã, mas uma coisa é certa: estamos a jogar os oitavos de final do EuroBasket perante a terceira melhor seleção do mundo, a segunda da Europa. Se isso não é de gigante, não sei o que será.

Há um outro poema, da Maraíza Labanca, que assim termina: “Essa falsa ideia que o mar nos dá/ de que é a gente que entra nele”.

Sempre gostei muito desta analogia. Da interpretação.

O mar é algo tão imenso que nem dá pela nossa conta. Num oceano de infinitas gotas, a nossa presença é um grão de areia entre todas as praias do mundo.

Hoje, depois de 10 dias em Riga, não mais acredito nessa não-verdade. Por muito pequenos que possamos ser – como dizem os números, aliás, como diz o nosso 56.º lugar no ranking mundial – a Seleção deste “Sweet Sixteen” na mais baixa das posições já provou que, neste oceano imenso, é capaz de movimentar ondas.

De mergulhar de cabeça sem pensar no quão fundo está o fundo do mar.

Depois de todas as braçadas, de todo o esforço, de todas as vezes que veio à tona respirar, de todos os tubarões que enfrentou pelo caminho, Portugal está em pleno alto-mar.

Ao longe avista-se a costa, uma ténue, finíssima linha no horizonte.

Mas, se já lá estamos, no mar alto, por que não lutar contra a maré só mais um pouco? Por que não respirar fundo – e voltar a emergir?

Afinal, foi nesse “mar português” que estes 12 Linces, como nos diz o poema, “espelharam o céu”.

Na montanha mais alta. No oceano mais vasto.

De braçada em braçada, de braços dados, continuar a nadar.

Contra tudo. Por todos.

A alma nunca é pequena.

➤ Alemanha x PORTUGAL | 6 de setembro, 13h15

Transmissão exclusiva da RTP2.

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Manual de BCR disponível para consulta dos treinadores e outros agentes

Com o projeto Erasmus+ Sport “Building Bridges” a encaminhar-se para a sua etapa derradeira, em Braga, no mês de outubro, já está disponível o principal fruto da colaboração entre as várias entidades participantes: um manual de iniciação para treinadores de BCR, professores de Educação Física e demais agentes interessados. O documento pode ser consultado na “Documentação” do portal da FPB.

A iniciativa “Building Bridges” reúne entidades de vários países. Além da FPB, representante lusa, integram o programa a Barcel´hona Sport Events, epicentro desta colaboração, que acolheu um momento presencial em junho, o Club for Youth Empowerment 018 (KOM 018) e Association of Wheelchair Basketball Clubes, ambas da Sérvia, Irish Wheelchair Association (Irlanda), e Wheelchair Basketball Hope Sport (WBC HOPE SPORT) – da Macedónia do Norte. Todos os parceiros também se concentraram em Nis, Sérvia, em fevereiro.

Nascido com o intuito de promover a cooperação internacional, no Basquetebol em cadeira de rodas, o Building Bridges detém um forte pendor prático, daí a sua materialização num manual da modalidade, que proporciona assim um instrumento valioso para a dinamização do BCR. Abaixo, disponibilizamos as versões portuguesa e inglesa para descarregar.

De 6 a 9 de outubro, em Braga, cumpre-se o último momento prático do Building Bridges.

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Foto de capa: DR – Bulding Bridges

Diário do Euro: o silêncio depois da tempestade

Há momentos que personificam toda a luta de um país. Às vezes são apenas alguns segundos. Uma imagem.

São os dez adeptos lusos que, durante o hino de Portugal, perante um pavilhão lotado com 5000 estónios, conseguiram gritar mais alto que todos os outros. O hino do adversário, à capela, foi impressionante. Mas os nossos adeptos, tão poucos (nas bancadas), mas tão bons, arrepiaram a pele de todos os que lá estavam. Aqueles 5000 estónios ouviram a voz de Portugal. Os 12 Linces de Mário Gomes também.

Às vezes, esses momentos que personificam um país são dez minutos de emoção. É o capitão, já rouco de tanto se fazer ouvir, a levantar o dedo em direção ao banco de Portugal quando a maior das adversidades se fazia sentir. Quando o Neemias [Queta] recebeu a sua segunda falta técnica, o Miguel [Queiroz] correu em direção ao banco, com os olhos a brilhar, boca arreganhada, e toda a gente na tribuna de imprensa ouviu: “Vamos ganhar. Vamos ganhar!”.

Quando o Daniel [Relvão] entrou em campo, pronto a assumir um papel que até então não tinha tido, pronto a ser o poste principal desta equipa de Linces, muitos desacreditaram. Pareciam hipotecadas as hipóteses de Portugal, sem o Neemias e o seu estatuto de jogador de NBA em campo.

O Daniel não. O Daniel desarmou o adversário na primeira pose de bola em campo e, três ataques depois, afundou em cima de dois estónios para, com um grito de guerra, dizer, sem pronunciar as palavras: “Eu estou aqui. Nós estamos aqui. Isto é Portugal”.

A equipa acreditou. O Diogo [Gameiro] entrou e “chutou” de três para manter a esperança viva, enquanto defendia o melhor jogador dos adversários com unhas e dentes, às vezes mais unhas, outras vezes mais dentes. O outro Diogo [Ventura], quase sem conseguir correr, a coxear do banco até às quatro linhas, dedicou-se de alma e coração a co-comandar a família da qual é vice-capitão. O Cândido [Sá] foi imperial na luta das tabelas.

E quando o Rafa [Lisboa], a dois metros da linha de três pontos, lança a bola que empatou a partida, o cronómetro abrandou. Posso jurar que o relógio dos 24 segundos esteve um segundo a mais no mesmo tempo, à medida que aquela bola subia, à medida que aquela bola, que nunca devia ter entrado, entrou. O Rafa não festejou. Impávido, sereno, voltou ao banco. Ainda havia 30 segundos para jogar.

Mas ele já sabia, como me confessou a caminho da flash-interview. Foi aí que ele soube. Esse foi o momento do jogo para ele, como pode ter sido para milhares de portugueses que, em casa, saltaram de alegria.

Quando essa bola entrou, o mundo parou por instantes, para apreciar a beleza da nossa modalidade. Em Riga, a 4000 quilómetros da nossa capital, podiam-se ouvir os portugueses que berraram em uníssono, em frente à televisão.

Faltavam sete segundos de jogo quando desci para junto do banco luso. A Estónia tinha bola e colocou-a nas mãos do lançador Kullamäe. Eu assisti com prazer ao Neemias agachado atrás do led publicitário, a espreitar, qual criança ao parapeito da janela. E assisti quando ele se levantou, assim que soou a buzina final e a bola dos estónios não caiu. Levantou-se, abriu os braços e correu para festejar com a equipa. Todos corremos, aliás. Dos treinadores adjuntos aos fisioterapeutas, do técnico de equipamentos aos dirigentes, do vice-presidente ao videógrafo. Estava feita história: pela primeira vez na fase a eliminar de um EuroBasket.

Contra tudo e contra todos, Portugal elevou-se mais alto que aquele país do Basquetebol, que nem a 200 quilómetros dista de Riga, como já o tinha feito frente à Chéquia, com a raça que mostrou frente à Sérvia, a atitude que permaneceu durante todo o jogo frente à anfitria Letónia.

Na conferência de imprensa, o capitão foi perentório: depois da terceira derrota nesta fase de grupos, as pessoas pareciam ter desacreditado. “Afinal não são assim tão bons”, “afinal não vão passar”. Mas Os Linces acreditaram até ao fim. Eles sabiam o que era preciso fazer: vencer o primeiro e o quinto. O resto – pouco interessava. Quando o mais importante dos jogos esteve em jogo, eles elevaram-se e, como equipa, contra tudo e por todos, fizeram um país inteiro voltar a acreditar com eles. Defenderam como Linces. Deram o corpo à luta, o peito às balas. Cada bola perdida ou achada – uma batalha. Cada cesto – uma vitória. Cada queda – 22 braços prontos para reerguerem do chão quem, por momentos, caiu, mas não tombou.

Essas palavras do capitão também são um desses momentos, um desses episódios que a história se encarregará de apagar – ou imortalizar.

Mas, às vezes, não são precisas palavras.

Estas são as imagens que levo deste jogo, todas elas, com carinho e orgulho. Todas elas barulhentas, tão barulhentas quanto o ambiente infernal que se viveu na Arena de Riga naquela tarde de 3 de setembro, todas elas personificação do que é deixar em campo sangue, lágrimas e suor.

Algures entre o apito final e o regresso aos balneários houve, contudo, um *outro* momento. Em português fala-se que “depois da tempestade vem a bonança”. Na versão inglesa lê-se “the peace after the storm”. A mim pouco me importa o idioma.

Quando vi o Travante [Williams] sentado nas escadas da tribuna de imprensa, de meias encardidas, camisola alagada em suor, percebi que, nesta coisa tão bela que é o Basquetebol, que é o Desporto, a mais doce das emoções é a que se arrasta além da emoção do jogo.

É na calma do reconforto. Na sensação de missão cumprida. E na magia que tem o silêncio, num pavilhão aos berros.

Em silêncio, o Travante esperou, pacientamente, pela sua flash-interview. Levou as mãos à cabeça, pousou a cabeça nos próprios braços, e respirou fundo.

O Travante, que personificou em campo o que é a raça lusitana, a atitude de um bravo, a garra de Lince. O mais ruidoso dos 12 convocados de Mário Gomes.

Em silêncio.

Sem holofotes.

Sem sorrisos.

Apreciando, num tão célere momento, o que de melhor nos traz esta vida.

A sensação de dever assegurado, de objetivo atingido.

De fazer parte de algo tão maior que nós, de dar o que se tem e o que se não tem por um só país. Por um só Portugal, de todas as cores, de todos os credos.

Há um silêncio que vem depois da tempestade.

Há um momento em que todo o mundo se cala à nossa volta, uma brevidade tão doce, um suspiro de alívio.

É nesses momentos em que se agigantam os homens.

São esses momentos, todos eles, prova de que o esforço de todos os dias, aquele que custa, que mói, que nos obriga diariamente a ser melhores do que ontem, não tão bons quanto amanhã, é nesse momento que sabemos que nunca será em vão.

É esse momento a personificação desta nação.

Gritamos mais alto.

Lutamos sempre, até ao fim.

E, no silêncio, fechamos os olhos, para melhor sentir.

É tão bonita a paz depois da tempestade.

São tão bonitos os momentos em que estamos – Portugal – juntos, no silêncio que nos diz tanto.

No silêncio que grita: “Conseguimos”.

 

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➤ Alemanha x PORTUGAL | 6 de setembro, 13h15

Transmissão exclusiva da RTP2.

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Uma vitória para a História: Portugal está nos oitavos de final do EuroBasket

5000 adeptos da Estónia a fazer barulho. Ambiente infernal no pavilhão. Cerca de 50 adeptos portugueses na bancada, que, durante o hino, gritaram mais alto que todos os outros. Os Linces sentiram o apoio e retribuíram. Portugal vence um gigante do Basquetebol (65-68), pela segunda vez neste EuroBasket, e está nos oitavos de final da competição. O sonho dos Linces de Mário Gomes cumpriu-se: estamos na fase a eliminar do maior palco europeu, pela segunda vez na história, entre as 16 melhores equipas da Europa.

 

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Um duelo para os livros de história. Os parciais pouco importam, agora que o resultado está lacrado, mas fique-se a saber que foi, como se diz na gíria, “taco-a-taco” durante todo o encontro. Mesmo depois de um parcial de 11-0 a fechar o terceiro quarto, os estónios recuperaram a liderança, depois de três triplos consecutivos e uma penetração, mas as forças lusas não desmoralizaram. Foi só um de vários momentos do jogo em que tudo podia ter corrido pelo pior, mas Portugal sabe sofrer. Sempre soube. E lutou sobre todo o sofrimento até ao final.

Quando Neemias Queta (15pts) foi excluído ao receber a segunda falta técnica, Miguel Queiroz virou-se para o banco e, com a garra do costume, gritou: “Vamos ganhar”. Ouviu-se da tribuna de imprensa e viu-se na expressão do capitão, a personificação em campo do esforço máximo destes guerreiros. Terminou com quase um duplo-duplo (10pts, 9res, 3ast – 15val) e foi estatísticamente o MVP do encontro.

 

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Mas Rafael Lisboa… só não faz lembrar o pai porque está aqui a escrever a própria história. A sangue-frio, com menos de um minuto para jogar e a dois metros da linha de três pontos: a bola do jogo. Quatro lances livres convertidos depois e saiu como TLC Man of The Match, com 17 pontos e cinco assistências “no bolso” (13val).

Neemias Queta marcou 15, Travante Williams 11, Daniel Relvão foi fundamental no terceiro quarto, mas a força desta verdadeira equipa está no coletivo. Todos contribuíram para a vitória, especialmente no que diz respeito à máquina defensiva de Mário Gomes (oito roubos de bola contra três dos estónios e mesmo perdendo a luta dos ressaltos, 41-35). Do início ao fim, a atitude lusa prevaleceu, depois de estar em desvantagem todo o segundo quarto e parte do terceiro.

 

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De frisar também as palavras do professor Mário Gomes na conferência de imprensa, onde destacou não só o papel destes 12 Linces, como de todos os que contribuíram para uma qualificação histórica – e para que este objetivo hoje se cumprisse: André Cruz, Anthony da Silva, Gonçalo Delgado e Ricardo Monteiro.

Uma equipa (e uma vitória) para a História.

A estatística completa.

Parciais de 14-14, 18-13, 13-20, 20-21

A conferência de imprensa com Mário Gomes e Miguel Queiroz:

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Diário do Euro: “Há sempre alguém que resiste”

São 23h59 em Riga. Já não há sol, nem luar, embora aqui, na capital da Letónia, nunca se coloque verdadeiramente a noite. Foi este o melhor dia, no que ao clima diz respeito, que apanhámos nos últimos 10 anos.

Mas agora são 23h59 e Os Linces já recolheram aos quartos. Eu não consigo dormir – pensando bem, eles provavelmente também não.

Mas deviam. Amanhã, pelas 14h45 de Riga, decide-se o futuro desta equipa no EuroBasket 2025. Amanhã, pelas 12h45 de Portugal, joga-se o jogo de todas as decisões. Disputa-se a derradeira batalha. E, seja qual for o resultado, eles já venceram, embora não o saibam.

Ontem, na conferência de imprensa pos-jogo, o Rafa [Lisboa] disse uma frase que me deixou a pensar: “Se no início da qualificação nos dissessem que estaríamos a uma vitória de avançar para os oitavos de final, todos nós iríamos ficar surpreendidos e contentes”.

Há cerca de dois anos, quando começou esta dura estrada (que, na verdade, tem 14 anos de caminho), talvez muito poucos acreditassem que, hoje, estaríamos a um passo de voltar a fazer história. Mas eles, todos os que fizeram parte desta historia, acreditaram. Sempre. Nos dias de sol e nos dias de chuva. Nas noites com e sem Lua.

E, por isso, aqui estão.

Neste palco dos sonhos.

Com a cortina aberta.

Sem guião, sem encenações, sem figurantes. Sem didascálias, sem deixas.

Afinal, é sobre a realidade que recai a luz dos holofotes em dia de peça. A realidade portuguesa, tão distinta da europeia no que à nossa modalidade do coração diz respeito. Faz-se fila lá fora nesta noite fria.

Somos a 56.ª. Eles são a 2.ª, a 9.ª, a 19.ª e a 27.ª e a 43.ª. Eles são a Sérvia, a Letónia, a Chéquia, a Turquia, a Estónia. Eles são países de Basquete, onde nas ruas se fala de Basquete, onde nos pavilhões há tabelas no lugar das balizas, e onde os miúdos correm atrás dos autocarros para pedir autógrafos, onde se faz fila à porta do hotel para tirar uma foto, onde os pacotes de batatas fritas exibem as cores das camisolas. Eles são portentos da modalidade, históricos da bola laranja, países de gigantes e de antigos MVPs. Eles são os Gigantes da Europa.

Mas nós somos os #GigantesDePortugal.

A hashtag que há um ano escolhemos para as Seleções Nacionais tem hoje outro peso quando a escrevo todos os dias no Instagram e no Facebook e em todas essas redes sociais. Relembra-me sempre a dimensão da nossa luta, o esforço hercúleo que estes 12 Linces deixam todos os dias dentro de campo. Em cima do palco.

Eu estive lá – e vi com os meus próprios olhos a intensidade do Cândido [Sá], a dedicação do Francisco [Amarante], o sacrifício do Diogo [Gameiro].

E, se há uma coisa que aprendi ao acompanhar este grupo, é a seguinte: há uma vontade que todos sentem. Um sonho.

Há uma Equipa – e o E maiúsculo não é uma gralha.

Se nada mais houver, esta é comum a todos: aqui, desistir não é uma hipótese. Vencer pode não ser uma certeza, mas desistir nunca fez parte dos planos. Nestas noites tão frias, nestes dias tão cinzentos que passaram, deixar a peça a meio nunca foi opção.

No sangue corre-lhes algo mais que plasma e glóbulos. A chamada fibra. Determinação. A luta que transformou esta nação. Eles fazem parte dessa história – e essa história moldou-os, sempre que a cortina se abre, mas principalmente quando está fechada e, da plateia, não se vê nada.

Quando ninguém acreditava neles, eles venceram. Sobressaíram. Receberam a Eslovénia e, contra tudo e contra todos, elevaram-se mais alto. “Mais alto que os homens”, como dizia a canção. Foram à Bulgária e, num pavilhão lotado e ofuscante, saíram de lá com a mais necessaria das certezas: contra tudo e contra todos, quando juntos cantam, é o nosso hino que se eleva mais alto. Quando juntos se abraçam, se erguem, é a nossa voz que mudará o mundo. Pouco a pouco, passo a passo, é do peito que surge a maior das vontades.

Essa – ninguém nos tira.

Eles seguiram as pegadas dos antigos, subiram-lhes aos ombros para melhor ver o contraponto no horizonte, mas desceram de novo, com a vontade de deixar calcada nova história, sem ligar ao que já estava escrito.

Hoje, enquanto planeava um conteúdo para as redes sociais, comecei a procurar fotos de 2007. Mas contive-me. Os heróis de outrora já lá vão. Recordados são e serão, no seu devido tempo. Hoje, é sobre os 12 Linces a um passo de estar (mais ainda) na elite da história.

Esta alma é tão gigante quanto o sonho português.

Sempre mais alto.

Sempre mais longe.

Juntos, até ao fim da estrada, até que se feche a cortina.

Mesmo que atrás dela ainda não se aviste a luz, amanhã será o mesmo sol que brilhará em Lisboa e em Riga.

São 23h59 em Riga. Amanhã, quando acordarem, esse mesmo sol já terá nascido.

Para os que continuarão na cama, a sonhar no sono.

Para os que se irão levantar, vestir a camisola e viver esse mesmo sonho, tão terno.

Porque, na trova do vento que passa, na peça que está por escrever, na noite mais fria e no dia mais quente, “há sempre alguém que resiste. Há sempre alguém que diz não”.

“Às vezes os underdogs têm dias felizes”.

Bom dia, Portugal.

➤ Estónia x PORTUGAL | 3 de setembro, 12h45Setores 114 e 115

Transmissão exclusiva da RTP2.

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Os Linces recebem a visita da Ministra do Desporto em Riga

A Seleção Nacional recebeu este sábado, 30 de agosto, depois do jogo frente à Turquia, uma visita muito especial. A Ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, deslocou-se à capital da Letónia para apoiar Os Linces no seu terceiro jogo no EuroBasket 2025.

No final do encontro, a ministra dirigiu-se ao balneário para deixar algumas palavras de apreço pelo trabalho efetuado pelo coletivo das Quinas, que chega ao Campeonato da Europa pela quarta vez (a terceira após apuramento), quebrando um longo jejum de 14 anos anos sem aparições no principal palco europeu.

Margarida Balseiro Lopes, que assistiu ao encontro ao lado do presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Manuel Fernandes, e do vice-presidente, Rui Frade, lançou ainda um repto de motivação aos Linces de Mário Gomes, que têm como objetivo principal a passagem aos oitavos de final da prova, tendo para isso de vencer amanhã, dia 3 de setembro, a Estónia, pelas 14h15, transmissão RTP2.

➤ Estónia x PORTUGAL | 3 de setembro, 12h45Setores 114 e 115

Transmissão exclusiva da RTP2.

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FOTOGRAFIAS | Ministério da Cultura, Juventude e Desporto


Portugal luta até ao fim contra os anfitriões: oitavos decidem-se quarta-feira

Contra a 9.ª melhor seleção do mundo (5.ª na Europa), numa Arena de Riga completamente lotada (e com um ambiente infernal), Os Linces de Mário Gomes bateram-se até ao final, ao quarto jogo do Grupo A do EuroBasket 2025, frente à anfitriã Letóinia de Kristraps Porzingis (o TLC Man of the Match), tendo pecado apenas no segundo quarto – resultado final de 62-78, com uma grande réplica lusa na segunda parte.

 

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O duelo não começou particularmente bem: parcial de 6-15 para iniciar o primeiro quarto, mas os portugueses  reagiram muito bem, tendo diminuido a diferença para 21-23 ao final dos dez minutos iniciais. Neemias Queta, no frente-a-frente com o ex-colega de equipa, ia firmando o seu nome como MVP luso da partida (terminou com 16pts, 7res – 16val em 18 minutos de jogo). O segundo quarto, contudo, já não correu de feição aos Linces (7-27), que chegaram ao intervalo com uma desvantagem de 22 pontos (28-50).

A partir daí, a forma da equipa foi subindo, como nos habituou no encontro contra a Chéquia e contra a Sérvia, e a segunda parte caiu mesmo para o lado luso, com parciais de 15-15 e 15-7. Rafael Lisboa esteve muito bem atrás da linha de três pontos (3/5), tendo terminado com 15 pontos e 15 de valorização (mais três assistências). Cândido Sá e Travante Williams chegaram ambos aos oito pontos marcados.

 

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A luta pelos oitavos de final continua quarta-feira, com o derradeiro duelo frente à Estónia. Pelas 14h15, Portugal entrará em campo com um só objetivo: vencer e avançar para a fase a eliminar do quarto EuroBasket da sua história.

De frisar que Miguel Queiroz chegou às 125 internacionalizações neste jogo, cimentando o seu posto como o sexto jogador mais internacional de sempre. O capitão volta a entrar em campo dia 3, para chegar às 126 e avançar na lista dos mais internacionais por Portugal.

A estatística completa.

Parciais de 21-23, 7-27, 15-15, 15-7.

 

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Mário Gomes em discurso direto:

“Antes de falar do jogo, só dizer que viemos com um objetivo especifíco, de qualificar para os oitavos, e uma coisa sabemos: vamos lutar até ao último dia. Estamos vivos. Sobre o jogo, estivemos mal na primeira parte, especialmente a defender a bola, permitimos alguns lançamentos abertos, e é muito difícil de recuperar daquela percentagem. Tivemos uma má eficácia de lançamento na primeira parte, e com aquelas percentagens não é possível vencer a este nível. Na segunda parte mudámos alguma coisa, particularmente na defesa, marcámos alguns lançamentos, mas a Letónia também defendeu melhor. O resultado é o resultado, nunca é bom perder, mas tudo se vai decidir na quarta-feira”

Rafael Lisboa em discurso direto:

“Estivemos mal na primeira a parte a defender, deixámo-los ganhar confiança a lançar, e isso com estas equipas depois torna-se difícil de as parar. Lutámos até ao fim, tivemos um bom último quarto, mas tudo o que posso dizer que a equipa de Portugal que jogou no último quarto é a equipa que vai jogar no último jogo [da Fase de Grupos], com o mesmo esforço.”

➤ Estónia x PORTUGAL | 3 de setembro, 12h45Setores 114 e 115

Transmissão exclusiva da RTP2.

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Diário do Euro: “Resposta”

Depois do jogo deste sábado, o capitão da seleção das Quinas, Miguel Queiroz, publicou uma foto nas suas redes sociais. Era uma única foto – sem descrição, sem identificações, sem localização. Uma singela imagem, apenas meros minutos depois de, na conferência de imprensa oficial do EuroBasket 2025, na ressaca do desaire com a poderosa Turquia, deixar o repto: “O sol amanhã nasce novamente. Lutamos por todas as posses de bola e vamos voltar a fazê-lo”.

É uma foto magistral. Não do ponto de vista técnico, onde também é soberba, mas sobretudo do ponto de vista que realmente interessa: o humano.

Na inóspita tentativa de definir o que é arte, gosto sempre de relembrar umas palavras amigas: a arte é o que nos toca o coração.

O que invoca em nós uma emoção.

Por isso, pouca importa a regra dos terços, o “golden ratio” ou a simetria absoluta.

Esta foto despertou uma certeza. Há estrada para andar.

Esta foto é, acima de tudo, uma resposta.

 

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Uma publicação partilhada por Miguel Queiroz (@miguelqueiroz_11)

Quando as bolas não caem.

Quando o adversário sufoca.

Quando a bancada esmorece.

É preciso, acima de tudo, uma resposta.

Miguel Queiroz pode não ser um artista no sentido lato da palavra.

Mas provocou em nós uma emoção.

Em cada um de nós, uma emoção diferente, mas sempre uma emoção que vem do peito, deste peito sempre aberto às balas, desse peito que vibra ao receber a mão aberta para o hino, da canção que nos motiva a percorrer tão longo caminho. Foi dura a chegada. Levou anos. Tantas vezes caímos. Mas sempre uma vez a menos das que nos reerguemos.

É tão clara esta mensagem: levantamo-nos juntos.

Não fôssemos nós Portugal, nação valente e imortal.

O objetivo de avançar para os oitavos de final continua intacto. Portugal está de pé. Porque estamos – todos – juntos. E, juntos, nunca ficaremos no chão.

Juntos, como fez questão de mostrar o capitão, porque foi preciso calcar uma estrada imensa para aqui chegar – e ainda há tanta para andar.

Eles são 12 Linces, “mas milhões e milhões na terra inteira”.

Esta é a resposta, como escreveu Manuel Correia, como cantou Luís Cilia, como fazem questão de recordar os representantes de Portugal.

Numa só voz:

“A nossa força vem-nos do trabalho/ que tudo transforma e modifica,/ que sempre nos fez e faz irmãos/ por isso nos unimos e avançamos./ A nossa luta tem mais de cem anos/ escritos com fogo nas nossas mãos./ Há quem nos tema, há quem nos ataque,/ detentores de antigos privilégios/ que hoje temem a nossa vitória./ E é natural que nos combatam/ são eles dia a dia que nos matam/ contra eles construímos nós a história./ Os símbolos que vão nesta bandeira/ assustam quem nunca lhes pegou/ quem nunca debulhou na nossa eira/ quem antes e depois de do mês de abril/ nos teme por não sermos só cem mil/ mas milhões e milhões na terra inteira”.

 

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➤ PORTUGAL x Letónia | 1 de setembro, 16hSetor 111

➤ Estónia x PORTUGAL | 3 de setembro, 12h45Setores 114 e 115

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Miguel Queiroz: “O sol amanhã nasce novamente. Lutamos por todas as posses de bola e vamos voltar a fazê-lo”

Adversário duríssimo e a provar por que razão é um dos principais candidatos ao título do EuroBasket 2025. Os Linces não conseguiram hoje (30 de agosto) ultrapassar a Turquia, ao terceiro jogo do Grupo A, depois da vitória frente à Chéquia e da excelente réplica contra a Sérvia, e veem o marcador terminar com um resultado de 95-54.

 

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Ao contrário dos primeiros dois jogos, Portugal entrou mais apagado, perdendo a luta das tabelas e com pouca eficácia de lançamento, registos que se mantiveram ao longo de todo o encontro (59% contra 29% de lançamentos de campo). Como o selecionador adjunto Nuno Manarte explicou na conferência de imprensa, o jogo físico dos turcos puniu a equipa das Quinas, especialmente dentro da área restritiva, e a vantagem foi-se dilatando ao longo da segunda parte, depois de se chegar ao intervalo já em desvantagem (51-27).

O craque da NBA Alperen Sengun teve um jogo de alto nível e muito ajudou a catapultar a sua equipa. Do lado português, o melhor em campo foi Neemias Queta, com 15 pontos e sete ressaltos em 23 minutos (18val), registo que o coloca no 9.º lugar da lista de melhores marcadores lusos em Campeonatos da Europa, ultrapassando Paulo Cunha (com os mesmos pontos, mas com quatro jogos) e António Cardoso (41pts). Travante Williams, desde cedo condicionado por faltas, marcou 14 pontos em cerca de 20 minutos.

 

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No Grupo A, a Turquia qualifica-se assim para os oitavos de final, assim como a Sérvia, que venceu hoje a anfitriã Letónia.

A estatística completa.

Parciais de 22-13, 29-14, 22-10 e 22-17.

 

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Nuno Manarte em discurso direto:

Muitos turnovers no ataque, eles foram muitos físicos e tivemos problemas com isso. Na defesa, especialmente na primeira parte, foi muito difícil parar o jogo interior deles e a segunda parte foi praticamente a mesma coisa. Agora só temos em mente preparar o próximo jogo e seguir em frente após a derrota.

Miguel Queiroz em discurso direto:

Jogo e dia muito difícil para nós. Sabemos que Portugal merece estar aqui, mas não podemos permitir a nós próprios ter maus jogos. Cometemos alguns erros e eles puniram-nos por isso. Mas quero dizer que o sol amanhã nasce novamente, temos de esquecer este jogo, é uma competição muito curta e depois de três jogos continuamos a olhar para o nosso objetivo, avançar a fase de grupos. Acredito muito na nossa equipa, lutamos por todas as posses de bola e vamos continuar a lutar.

 

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Portugal de pé frente à melhor seleção da Europa ao segundo jogo do EuroBasket 2025

Riga, 29 de agosto de 2025. De um lado, a 28.º melhor equipa da Europa, Portugal. Do outro, a primeira da Europa, a segundo do mundo – Sérvia. O coletivo de Nikola Jokic e Bogdan Bogdanovic teve pela frente uma dura batalha frente à armada lusitana no segundo jogo do EuroBasket, com a seleção das Quinas a cair de pé (e bem alto) frente à principal candidata ao título, por 69-80, ao segundo jogo do Grupo A, depois da vitória frente à Chéquia.

 

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A Sérvia, principal candidata ao título, vice-campeã em 2009, 2017 e no Mundial de 2022 (e ainda bronze em Paris 2024), entrava em campo confiante – mas os portugueses também, para o que seria o primeiro duelo de sempre entre as duas seleções. Aliás, o MVP Diogo Brito disse exatamente isso na pré-entrevista à entrada da Arena de Riga: Portugal chegou para provar que pode competir com as melhores da Europa. E assim foi:

19-23 no primeiro quarto, com precisamente Diogo Brito a brilhar (7pts) e Nikola Jokic em campo na totalidade dos dez minutos. Brito, aliás, continou a brilhar ao longo do segundo quarto, com mais sete pontos “no bolso” e um grande impacto na ofensiva portuguesa. Mas o grande destaque é para a máquina defensiva que montou o professor Mário Gomes. Se, no primeiro jogo, a Chéquia foi reduzida a 50 pontos, hoje ao intervalo a demolidora Sérvia tinha marcado apenas 43 (contra 33) – o que, perante uma equipa com tamanha experiência (todos os 12 jogadores em competição NBA ou EuroLeague), muito comprova sobre esta partida.

 

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Aliás, foi isso que se viu ao longo de toda a segunda parte, quando Travante Williams (que levava cinco roubos de bola ao intervalo e terminou ainda com 15 pontos) e Diogo Ventura (12pts) assumiram as rédeas do ataque e, num grande espírito coletivo, voltaram Os Linces a entregar ao maravilhoso público português em Riga um jogo de excelência. 49-64 à entrada para os derradeiros dez minutos. 67-74 a 1’40 do término do encontro, obrigando o técnico sérvio, o condecorado Svetislav Pešić, a pedir um desconto de tempo para reorganizar a equipa. Incrível reta final, com Portugal a cair de pé, lá no alto, onde merecem estar as grandes equipas.

Diogo Brito foi o grande destaque luso: 22 pontos, nove ressaltos, duas assistências e dois roubos de bola para combinar em 22 de valorização para o extremo português, apenas um ponto a menos na “boxscore” que o MVP Nikola Jokic. Os cânticos dos adeptos confundiram-se por momentos na Arena de Riga. De Jokic para Brito, talvez a raça lusa tenha brilhado mais alto. A voz dos nossos fãs, que fizeram 4000 quilómetros para estar esta noite na capital da Letónia, foi um alento para todos os Linces de Mário Gomes.

A prova continua amanhã, face à Turquia, com a classificação do Grupo A completamente em aberto. Duas vitórias poderão garantir os oitavos de final, já que os principais oponentes lusos, a Chéquia e a Estónia, ainda não conseguiram ganhar. Mas ainda há muita competição pela frente. E Os Linces provaram hoje que vieram precisamente para competir.

A estatística completa.

Parciais de 19-23, 14-20, 16-21, 20-16.

 

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Mário Gomes em discurso direto: 

“Estou feliz e estou contente. Feliz pela equipa, mostrou que pode competir contra a melhor seleção da Europa, a segunda do mundo, triste porque perdemos e portanto não posso estar assim tão feliz. A Sérvia é a Sérvia, Portugal é Portugal e o que precisamos de retirar deste jogo é que somos capazes de jogar neste palco e de competir contra qualquer equipa. Podemos fazer melhor em alguns pormenores do jogo, especialmente na percentagem de lançamentos, falhámos alguns contra-ataques com vantagem numérica, podíamos ter reduzido a desvantagem no marcador, mas, não obstante, estou muito contente com a equipa.”

Diogo Brito em discurso direto:

“A equipa está satisfeita com a atitude com que entrámos e com a maneira como jogámos. Sabíamos que estávamos contra uma equipa muito, muito boa, mas precisávamos de chegar com a mesma atitude com que jogámos contra a Chéquia e é essa atitude que temos de ter para os próximos jogos. Tivemos alguns períodos sem marcar, especialmente para o final do jogo, e cometemos alguns erros que não podemos cometer contra estas equipas, e isso deu-lhes uma vantagem de 11 pontos, mas a equipa tornou-se melhor hoje, fomos capazes de competir contra a Sérvia e estou feliz pela equipa.”

“Para já precisamos de nos focar no jogo com a Turquia, que é amanhã. Temos de jogar com a mesma atitude com que jogámos hoje.”

 

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➤ Turquia x PORTUGAL | 30 de agosto, 19h15Setor 111

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Diário do Euro: “Subir aos ombros dos gigantes”

Ao longo do último mês de preparação, tem ecoado na minha memória uma frase digna de poema, mas que, na verdade, é letra de uma música (e talvez por isso seja, efetivamente, um poema): “Subo aos ombros dos gigantes à procura da verdade”. O artista que a escreveu chama-se João Batista Coelho, mas todos o conhecem por Slow J. A música: “A Origem”, o que dá um toque ainda mais especial a esta crónica.

É que hoje, na ressaca da vitória frente à Chéquia, na antevisão do duelo com a sempre poderosa Sérvia, gostava de dar nova vida a esse verso.

“Subir aos ombros dos gigantes – para escrever a própria história”.

Diz-se por aí que temos de aprender sobre o passado para não cometer no futuro os mesmos erros. Algo deste género. Por isso, quem sabe, se deva subir aos ombros dos gigantes de outrora para, primeiro, nos lembramos da história; depois, para melhor ver no horizonte o que falta cumprir.

Hoje, a crónica que vos escrevo é mais curta que as demais.

Lê-se assim:

António Nogueira (Vasco da Gama), Avelino do Carmo (Atlético), Bernardo Leite (Benfica), César Cardoso (Vasco da Gama), Domingos Diogo (Fluvial Portuense), João Morgado (Académica), José de Almeida (Académica), José Oliveira (Lisboa Ginásio), Lenine dos Santos (Sporting), Máximo Couto (Algés), Mário de Almeida (Algés), Rui Duarte (Sporting), selecionador Fernando Amaral; Elvis Évora (Ovarense), Filipe da Silva (Los Barrios, Espanha), Francisco Jordão (Petro Luanda, Angola), João Gomes (Barreirense), João Santos (Valladolid, Espanha), Jorge Coelho (Palencia, Espanha), Mário Fernandes (Placencia, Espanha), Miguel Minhava (Benfica), Miguel Miranda (Ovarense), Paulo Cunha (FC Porto), Paulo Simão (Belenenses), Sérgio Ramos (Mallorca, Espanha), selecionador Valentin Melnychuck; António Tavares (Benfica), Carlos Andrade (FC Porto), Cláudio Fonseca (Vitória de Guimarães), Elvis Évora (Benfica), Fernando Sousa (Académica), Filipe da Silva (Evreux, França), João Santos (FC Porto), José Costa (FC Porto), José Silva (Barreirense), Marco Gonçalves (Académica), Miguel Minhava (Benfica), Miguel Miranda (FC Porto), selecionador Mário Palma; Cândido Sá (ex-Cáceres CB), Daniel Relvão (Benfica), Diogo Brito (Obradoiro CAB), Diogo Gameiro (Benfica), Diogo Ventura (Sporting), Francisco Amarante (Sporting), Miguel Queiroz (Porto), Neemias Queta (Boston Celtics), Nuno Sá (Palmer Mallorca) Rafael Lisboa (Ourense), Travante Williams (Le Mans), Vlad Voytso (Porto), selecionador Mário Gomes.

Os gigantes dos EuroBasket de 1951, 2007, 2011 – e 2025. É bonita a vista.

 

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➤ PORTUGAL x Sérvia | 29 de agosto, 19h15Setores 114 e 115

➤ Turquia x PORTUGAL | 30 de agosto, 19h15Setor 111

➤ PORTUGAL x Letónia | 1 de setembro, 16hSetor 111

➤ Estónia x PORTUGAL | 3 de setembro, 12h45Setores 114 e 115

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Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Miguel Maria

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