Fomos uma equipa
Dias depois da vitória nos Jogos das Ilhas, Albino Ribeiro dá a cara pelo grupo e enaltece o espírito de amizade vivido na Córsega.
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14 JUN 2007
Três anos depois do início dos trabalhos da Selecção Açores, admite que pela primeira vez fomos uma equipa.
Ao primeiro olhar viram que as coisas não iam ser fáceis. O calendário não foi amigo e na primeira jornada do torneio de basquetebol dos Jogos das Ilhas, os açorianos tiveram pela frente a desconhecida Polinésia. Albino Ribeiro, passou pelas Selecções de Iniciados da Terceira e trabalhou (e jogou) durante três anos na Selecção Açores de Cadetes, mas é rápido em reconhecer que à primeira vista as coisas pareceram bem mais complicadas do que estavam à espera Eles eram gigantes Eram grandes e muito diferentes das equipas a que estamos habituados; mas depois de começar a jogar percebemos que não tinham muita técnica, tinham um basket pouco desenvolvido e não jogavam com muita táctica. Mas eram agressivos e muito altos, o que tornou as coisas difíceis.Apesar disso e dos contratempos das lesões, que deixaram fora de jogo jogadores muito importantes, a Selecção venceu primeiro a Polinésia, depois Mayotte, Elba e a Madeira. Um trajecto exemplar revisto agora em discurso directo por um dos heróis açorianos.A Madeira e Elba não deram muita luta e foram as equipas mais fracas, mas Mayotte também foi complicado. Estivemos a perder e só no final é que recuperamos Creio que a vitória no primeiro jogo foi o mais importante, porque a nossa confiança aumentou. Chegamos a pensar que não íamos ganhar e passamos muitas dificuldades, até por causa das lesões. Mas respondemos bem e acabamos por ganhar, refere a nossa figura da semana, que completa enaltecendo a importância da união do grupo para a vitória final Ficamos sem alguns dos nossos melhores jogadores, mas isso deu-nos força e ficamos ainda mais unidos, para ganhar.Açores merecemA nível pessoal Albino Ribeiro destaca a aprendizagem como um dos factores mais importantes da viagem até à Córsega, porque dá para conhecer outras equipas, ver outros jogadores e isso é importante para a nossa evolução. A viagem foi espectacular e a vitória final, foi o principal. Para além disso o lugar onde ficamos era bom e tudo correu bem, a não ser as refeições, que eram um bocado más.Da semana ficam as recordações dos jogos e dos momentos passados na piscina. Seis dias que serviram para mostrar que os Açores não são só umas ilhas pequenas no meio do Atlântico, mas que também temos bons jogadores e sabemos jogar, refere com orgulho o atleta terceirense, que no final do capítulo Jogos das Ilhas voltou a destacar o ambiente vivido no seio do grupo Estivemos mais unidos, até por causa das lesões. Sentimos que era preciso estarmos todos juntos para ultrapassar as dificuldades e isso foi fundamental para a vitória no torneio. Fomos uma equipa pelo espírito que mostramos e não só por causa das camisas. Nunca tinha sentido isso neste grupo e agora isso aconteceu.Futuro logo se vêCom o trabalho nas Selecções à beira do fim, é tempo para o jogador voltar a concentrar-se na escola e no clube. Depois de uma época em que foi fundamental para os Cadetes dos Vitorinos alcançarem o play-off final do Regional, Albino Ribeiro faz um balanço positivo da participação do clube nas diversas competições em que esteve envolvido.A época foi boa Acho que foi a melhor de todas até agora; mas podemos conseguir mais, até porque houve alguns jogos maus. Basta ver que só conseguimos ganhar uma vez ao Lusitânia. Com a equipa que temos podíamos ter ganho mais alguns. Mesmo assim foi bom ir à final do Regional. Tivemos bons jogos, mas no final Faltou confiança e experiência, reconhece. Depois de quatro anos nos Vitorinos, onde chegou pela mão do irmão João, também atleta do clube, é tempo de pensar no futuro. Sei que vou continuar nos Vitorinos e vou subir aos Juniores, mas de resto não tenho muitas certezas. Sei que me vou reunir com alguns colegas do ano passado, como o Renato, mas o resto não sei De certeza que vai ser difícil, porque o Lusitânia volta a ter uma boa equipa, mas vamos ver o que vai acontecer, refere Albino Ribeiro, sem pensar em desistir Gosto de jogar e gosto de evoluir e trabalho sempre para ir melhorando. Por isso é que continuamos, mesmo perdendo ou ganhando. O prof. Zé faz bem o seu papel e ajuda-nos muito; o Nélson também, e é bom estar aqui. Os Vitorinos é um bom clube, já tem alguma história e tem sempre equipas com garra, por isso espero continuar por aqui mais alguns anos, até aos seniores Depois, não sei, por causa da Universidade.Até lá, espera acabar o 10º ano, continuar a jogar basket, e mais nada (risos) Andar por aí, estar com os amigos, sair um bocadinho à noite, jogar computador, tudo sem grandes preocupações, enquanto espera pelas merecidas férias.


