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As chances de uma rapariga nascida e criada na Figueira da Foz se tornar uma das melhores 25 jogadoras de Basquete - do mundo.
 
                31 OUT 2025
“Se tivesse de voltar atrás, faria tudo outra vez, da mesma forma”.
Há uma teoria que distingue as “celebridades”, no sentido vasto da palavra, dos ícones. Das pessoas que marcam gerações. Estes últimos são aqueles que não precisam de apelido. Cujo nome próprio é suficiente para se associar a uma cara, uma carreira, um legado. Na Itália renascentista, Miguel Ângelo. No futebol, Cristano. Na nossa modalidade, Ticha.
É um carinho que se dá às pessoas que tanto dão de si. No jogo e na vida.
O realizador André Braz imortalizou Ticha no seu mais recente documentário, cuja estreia oficial lotou a “Capela” do Convento do Beato, esta quinta-feira (30 de outubro), no primeiro dia do Tribeca Film Fest Lisboa. Um documentário que, ainda assim, preserva no título um nome de família que é indissociável da jogadora de Basquetebol que todos conhecemos.
Feel the Magic: Ticha Penicheiro Against All Odds.
Não fosse este filme uma homenagem à família, uma prova que as melhores assistências da “Dime Queen” foram sempre fora do campo, e que o mundo é demasiado pequeno para o tamanho de uma jovem figueirense que, com 0,000022% de chances, foi à luta.
“É sempre melhor nós arriscarmos e não conseguirmos chegar onde queremos chegar, do que não arriscar. E eu arrisquei e acho que deu certo”, termina a lenda da WNBA, antes da montagem final.
Os créditos rolam enquanto a plateia aplaude de pé, quase 200 pessoas que ali estiveram para também elas prestar a devida homenagem a Ticha. Os créditos rolam e o leque de entrevistadas comprova uma vez mais a quantidade imensurável de vidas que o trajeto da base portuguesa tocou, um casting que vai desde ex-jogadores e jogadoras da NBA e WNBA à lendária Nancy Lieberman, das amigas de infância às amigas de Old Dominion.
Ticha Penicheiro, Hall of Famer, WNBA Champion. Ela que sonhava ser como o Magic [Johnson], que cresceu a jogar – e a ganhar – entre rapazes, hoje – e para sempre – ligada ao Basquete.
Ticha.
Um só nome.
Zero, vírgula, zero, zero, zero, zero, vinte e dois por cento de probabilidades.
Presentes no evento estiveram o presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Manuel Fernandes, e o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias. Carlos Barroca, que acompanhou a carreira de Ticha nos Estados Unidos da América, foi o “host”, com Francisco Faria (Branded Content Manager), Tiago Simões (Betclic Country Manager) e Emílio Pereira (Diretor de Marketing e Ativações da Betclic) a representar a patrocinadora oficial das Ligas Betclic.

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