«Acreditei sempre»
Numa temporada em que junta o título nacional conquistado ao serviço do FC Porto com o apuramento da Selecção Nacional para a fase final do Campeonato da Europa, José Costa não podia estar mais satisfeito.
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22 AGO 2011
O base desvaloriza o facto de ter sido preterido nas vésperas do Eurobasket de Espanha, em 2007, pois está concentrado no futuro e na presença de Portugal na Lituânia. O orgulho de vestir a camisola portuguesa é sempre o mesmo, por isso não hesitou quando lhe foi pedido que voltasse a ajudar a equipa.
Depois de ter anunciado a sua retirada da Selecção Nacional, o base José Costa não foi capaz de dizer que não ao seu regresso, depois de uma conversa com o Seleccionador Nacional Mário Palma, durante a qual este lhe deixou claro que contava com ele para a difícil mas atractiva tarefa de apuramento para o Campeonato da Europa. Seduzido por essa possibilidade, o veterano jogador português disponibilizou-se para trabalhar arduamente, tendo tido como recompensa mais um momento alto na sua já longa carreira. “Quando concordei em regressar à Selecção sempre acreditei que iríamos estar na Lituânia.”José Costa esteve muito perto de participar no último Europeu em que Portugal esteve presente mas foi preterido na parte final da preparação. Um momento triste mas do qual o atleta não guarda qualquer tipo de rancor, já que confessou que em momento algum das comemorações lhe veio à memória a frustração de ter sido afastado no último Europeu. “Para ser sincero não pensei muito nisso. O passado já lá vai, o que conta agora é o presente.”Já são muitos os anos de prática de basquetebol, muitos deles relacionados com participações nas Selecções Nacionais de Portugal. Mas todas as presenças com um denominador comum – uma alegria e disponibilidade total para vestir a camisola nacional. “Representa um orgulho enorme e ao mesmo tempo uma motivação extra para continuar a treinar e a jogar.” Depois do jogo menos conseguido na Finlândia, a equipa portuguesa deu uma grande demonstração de qualidade e carácter no jogo da Hungria, respondendo bem à pressão do apuramento. O capitão português assume algumas mudanças na forma de jogar da equipa, sem que isso tenha implicado alterar tacticamente a sua actuação. “O que mudou acima de tudo foi a maior agressividade ofensiva, fomos mais colectivos e mais inteligentes a atacar.”Depois do triunfo, este domingo, da Finlândia sobre a Hungria, Portugal vê-se obrigado a ter que vencer por uma diferença superior à derrota sofrida na Finlândia se quiser terminar em primeiro nesta fase adicional de apuramento. Muito embora o Europeu já faça parte dos horizontes de Portugal, ainda existem metas a serem atingidas por este grupo de trabalho. “Neste momento o 1º lugar é o objectivo. Sabemos que temos que ganhar por 13 pontos e acredito que com a ajuda do público vamos conseguir.”Disputar uma competição internacional como um Campeonato da Europa era uma das poucas coisas que faltava no teu currículo de jogador. Isto depois de ter conquistado nesta mesma temporada o seu primeiro título de campeão nacional. “Neste ano consegui o que me faltava no currículo ser campeão e estar no Campeonato da Europa foi um ano em cheio.”