Acredito no valor das atletas e no empenho que sempre mostraram
Vukovar (Croácia) – Na véspera do arranque do Campeonato da Europa de Sub-18 Femininos, Divisão A, que amanhã principia em duas cidades croatas (Vukovar e Vinkovci), muito perto da fronteira com a Sérvia, quisemos sentir o pulsar da seleccionadora nacional Mariyana Kostourkova em relação a este Europeu, que Portugal disputa pela primeira vez neste escalão.
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14 AGO 2013
Este é o 8º Europeu em que a seleccionadora está ao leme da nossa equipa, sendo portanto a experiência neste tipo de situações uma mais valia, entre outras sobejamente conhecidas, que Kostourkova apresenta no seu vasto currículo.
P (JT) – Como é que encaras esta estreia na Divisão A? Achas que a equipa irá acusar a responsabilidade de estar entre as 16 melhores equipas da Europa?R (MK) – Entramos para este Campeonato sem muita informação sobre as outras equipas, nomeadamente as que iremos defrontar na 1ª fase. A motivação tanto da nossa parte como das 12 jogadoras não falta, diria mesmo que é grande. Estamos preparados para dar o nosso melhor, mas convencidos também de que temos os nossos argumentos. Se eles chegam ou não, isso logo se vê no campo. P (JT) – Um dos factores que normalmente os treinadores invocam antes de se iniciar a competição é o número de jogos de preparação. Portugal fez até hoje, véspera do início do Europeu, 8 jogos com um saldo francamente positivo (apenas uma derrota por 3 pontos, após prolongamento), dos quais 6 contra selecções Sub-18 (Estónia e Inglaterra) e 2 contra selecções Sub-16 (Portugal e Inglaterra). Na tua opinião é um número suficiente ou pensas que seriam precisos mais?R (MK) – Acho que o número é suficiente. Em termos qualitativos teria sido desejável que os adversários nos tivessem colocado mais dificuldades, porque isso é seguramente aquilo que iremos encontrar durante o Campeonato. Não conseguimos (excepção feita à Inglaterra) mais nenhuma equipa da Divisão A que manifestasse interesse em fazer jogos de preparação connosco. Atempadamente endereçámos convites a praticamente todas as selecções das 15 que estarão aqui na Croácia, mas não conseguimos concretizá-los. Foi pena… mas não podemos fazer nada.P (JT) – Como é que sentes que a equipa está neste momento, em termos de ritmo competitivo e condição físico-atlética? A preparação iniciada há um mês atrás (11 de Julho) indicia nesta altura um bom momento de forma? R (MK) – A equipa está bem preparada e a prova disso foram os resultados obtidos nos 2 primeiros jogos contra a Inglaterra, em Londres (vitórias por 23 e 24 pontos de diferença). Aliás foi a equipa que nos derrotou na meia-final do Europeu em Strumica, no ano passado. Acredito no valor das atletas, no empenho que sempre mostraram até agora e não tenho dúvidas de que cada uma vai entrar motivada e dar tudo o que tem em prol do colectivo.P (JT) – Para finalizar gostaríamos de saber quais as perspectivas que tens para este Campeonato, sabendo que na fase de grupos, estamos no Grupo C, onde teremos como adversários a Sérvia (medalha de bronze no ano passado), a Suécia (10º classificado) e a Grécia (11ª posição), ou seja uma equipa que esteve no pódio e outras duas da 2ª metade da tabela classificativa? R (MK) – Vamos entrar focados em cada jogo. Passo a passo. Iremos encarar cada partida para vencer. Não admito outra postura que não seja esta. Temos que estar conscientes das nossas (algumas) limitações, mas também não podemos esquecer os nossos pontos fortes. É com esta atitude e espírito competitivo que estaremos em campo para dignificar a camisola de Portugal. Sabemos que o campeonato vai ser longo (9 jogos) e acreditamos que a equipa irá crescer e progressivamente elevar os seus níveis de confiança, preparada para enfrentar qualquer adversário. O nosso objectivo será a manutenção na Divisão A. Se o atingirmos, será a prova provada de que estamos no bom caminho.