Alberto Saraiva: «Temos os pés assentes na terra»
O SC Coimbrões, que compete na 1ª Divisão Feminina, é um histórico do basquetebol português que não descura a sua formação.

Competições | Treinadores
9 FEV 2012
Alberto Saraiva, o treinador da equipa, conta-nos nesta entrevista como a interligação com os escalões mais jovens se processa, quais as ambições do grupo que lidera e como o trabalho de equipa tem produzido frutos esta temporada.
Um clube histórico como o SC Coimbrões ainda consegue manter a tradição do basquetebol como modalidade de referência? É uma modalidade de referência no clube, primeiro por ser feminino, e depois pelos resultados que têm sido alcançados ao longo destes anos, que passam por vários títulos conquistados, e com várias atletas a representar as selecções distritais e nacionais.A filosofia do clube continua a ser a aposta na formação de atletas? A filosofia do clube vai ser sempre a aposta na formação das atletas, sem esquecer a vertente social, isto é, não só formar atletas mas também mulheres para a vida, que têm que enfrentar no dia a dia. E para termos um projeto mais ambicioso, teremos que apostar na formação, de forma a termos atletas com qualidade para chegarem e jogarem no escalão sénior.Como responsável da equipa sénior, acredita que as jogadoras formadas no clube vão conduzir a objetivos mais ambiciosos? Claro que acredito, pois há qualidade nos nossos escalões de formação e esta época 2011/12 é de mudança, onde apresentamos um projeto que passa por uma maior interligação no trabalho realizado nos vários escalões de formação até às seniores. Detetámos que a passagem de sub-16 para sub-19/seniores não ocorria da forma mais adequada. Obviamente que o projeto não passa só pela formação, mas também de definir metas e objetivos mais ambiciosos para ir de encontro à ambição das próprias atletas. Se assim não fosse pensado, poderá acontecer como num passado recente, que algumas atletas abandonam o clube à procura de outros projetos e com a finalidade de jogar na Liga.A época está a correr bastante bem já que seguem nos lugares da frente da 1ª divisão feminina. Tem sido complicado seguir nos lugares cimeiros da 1ª divisão feminina? Os resultados são fruto do trabalho de equipa, aliado à qualidade das atletas. No entanto, temos os pés bem assentes na terra, e apesar de sermos a equipa neste momento com menos derrotas, sabemos perfeitamente que é um campeonato muito equilibrado e mesmo as equipas que vão mais abaixo na tabela classificativa podem perfeitamente vencer as que vão melhor posicionadas. Definiram metas para a presente temporada? Foram definidos vários objetivos nas seniores, o primeiro deles é fazer melhor do que na época anterior, isto é, vencermos mais jogos e ficarmos melhor classificados na 1ª fase. O segundo é nos playoff fazer o melhor possível, sendo que nosso projeto, que é a médio-longo prazo, definiu com grande meta para os próximos 3 anos chegarmos à Liga Feminina, de forma a irmos ao encontro da ambição das nossas atletas (tal como já referi anteriormente). A nível de Taça de Portugal, gostávamos de chegar à final 4, no entanto isso depende muito das equipas que nos for calhando em sorte. Qual a sua principal preocupação como responsável máximo do basquetebol feminino do SC Coimbrões? Continuar a trabalhar para melhorar a qualidade do treino, de forma a termos mais e melhores atletas, e como é óbvio uma preocupação que está sempre presente é aumentar o número de praticantes, pois é necessário atletas para fazermos um bom trabalho.Não posso deixar de referir que somos uma equipa de trabalho que partilha responsabilidades para tornar possível todo este projeto, Presidente do Clube Armindo Lobato, Diretor Desportivo Carlos Camelo e adjunto José Cristóvão, Responsável Diretivo do Minibasquete Carlos Pereira, Área Financeira Júlio Mendes, Coordenação Técnica João Santos e Sandra Batista no Minibasquete e toda a equipa de Treinadores e Seccionista que tem estado sempre por detrás de todo o nosso projeto.