Amizade une nova geração

Mariana Ferreira é um dos elos mais fortes de uma nova geração de jogadoras que desponta na Região.

Associações
15 ABR 2009

Qualidade técnica, cultura táctica e muitos anos de basket são algumas das armas para fazer face às dificuldades. Quando as coisas apertam, o trunfo é a amizade e a união.

Em Portimão estiveram 48 jovens atletas açorianos. Doze formaram a Selecção Açores de Iniciados femininos. Um conjunto unido, alegre, com princípios de jogo e qualidade técnica individual. A representá-lo está Mariana Ferreira… Um exemplo que reúne as características que fazem a força da nova geração do basquetebol feminino açoriano. A nossa Figura da Semana sentiu as dificuldades de jogar com Selecções “que têm mais competição que nós, têm mais resistência e mais ritmo de jogo”. Nas Festas Nacionais defrontou algumas das melhores do seu escalão e sentiu o peso da derrota em alguns jogos. Mas no final… “Adorei. Foi muito bom mesmo. Não estava à espera de tanta alegria”. Conclusão? Mariana Ferreira entrou sempre para ganhar. Tal como todo o grupo nunca virou a cara à luta, mas para ela há coisas bem mais importantes que o marcador… “Aprendi a ajudar melhor as minhas colegas e a melhorar o jogo em equipa. Não estava à espera que conseguissemos fazer isso. Pessoalmente, foi mais ou menos… Acho que me senti um pouco cansada, mas valeu muito a pena estar presente”. Por tudo isso, um dos elos mais fortes da comitiva açoriana assume-se como porta-voz do grupo para um balanço final: “Achei que tivemos todos bem. Não houve problemas, mostramos todos muita união e isso foi importante. Ultimamente temos falado muito, ficamos grandes amigas e isso foi muito bom. Para repetir? Adorava…”.De volta à TerceiraUma semana depois da aventura no Algarve o tempo é de recordar, mas com o fim das férias à porta, ir pensando no futuro. E para Mariana Ferreira as semanas que se seguem são de concentração máxima na equipa dos Vitorinos. Depois da boa campanha no Campeonato da Terceira, a equipa parte para a 1ª fase do Regional, que se disputa em Santa Maria, com expectativas elevadas. “Estamos à espera de apanhar equipas muito boas, mas estamos muito confiantes. Estamos todas com um espírito de ganhar e acho que temos hipóteses”. Segunda a nossa Figura, a concorrência mais forte deverá vir de São Miguel, através do campeão CU Sportiva, mas à que contar com Marienses e Fayal Sport. Apesar disso, refere, “podemos ser superiores. Só temos de continuar com espírito de equipa, a fazer as coisas que sabemos e dar o nosso melhor”.A presença no Torneio Nacional de Iniciados é um sonho, mas para já “temos passar a fase em Santa Maria, depois a 2ª fase e só se ganharmos é que vamos. Em cada fase temos de procurar fazer o melhor e só depois pensar no futuro, por isso os Nacionais logo se vê”.Sobre os primeiros seis meses da temporada, “a opinião é muito positiva”. Mariana destaca o “equilibrio” das provas locais como um factor benéfico para o seu desenvolvimento e refere que nos Vitorinos “está tudo a correr muito bem”. Não fosse este um grupo à prova de problemas… “Acho que correu bem a todas. Não houve grandes lesões, formamos um bom grupo e foi muito positivo até agora. No futuro? Acho que a equipa é muito amiga, dentro e fora do campo e isso vai continuar. Vamos continuar todas a jogar basket por muitos anos”.Para além disso é preciso continuar a estudar, continuar com boas notas, a pensar no curso de Fisioterapia. Nas horas vagas, “para além do basket? Tenho o meu irmão (risos)… Ele toca bateria e eu toco viola. Mas acho que nunca vamos chegar ao ponto de fazer um grupo. É só um passatempo muito bom”.O exemplo da SelecçãoHá dois anos, no Torneio Nacional de Minibasquete, que decorreu em Santa Maria, reuniu-se pela primeira vez um grupo de jogadoras que hoje forma o “Clube Terceira” de iniciados femininos. Mariana Ferreira é um dos elos de uma correnta que faz da união a sua principal força… “Estamos unidas, muito mesmo e isso é importante. Se não fosse pela nossa união não tínhamos conseguido os resultado que alcançamos”.A última conquista aconteceu à menos de um mês, na cidade da Horta. Com seis vitórias em seis jogos, a Selecção da Terceira venceu um Torneio Regional que já fugia há quatro anos. Mais uma vez, Mariana prefere ignorar o marcador e valorizar outros aspectos: “Não estava nada à espera, porque havia sempre selecções muito fortes no Regional, mas este ano os resultados foram bons, criamos grandes amizades e isso foi o mais importante”. Mesmo assim fica a mensagem. Para a nossa figura da semana, “é preciso mais ritmo de treino. Por vezes há muita brincadeira. Os treinadores estão bem e nós temos de nos esforçar para conseguir melhorar mais”.

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15 ABR 2009

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