André Calabote: «A Liga está mais competitiva»
O Sampaense apresenta uma equipa remodelada, mas cheia de ambição e disposta a fazer boa figura na época que se avizinha.
Competições
2 OUT 2013
O base, que trocou na temporada passada o Benfica pela formação de São Paio de Gramaços, diz estar em condições para liderar a equipa dentro de campo e assegura que há “espírito de sacrifício e empenho de todos”. “Vamos trabalhar dia a dia para atingir a melhor classificação possível. Penso que o nosso plantel tem condições para fazer uma boa época”, refere.
Depois de vários anos a representar o SL Benfica, a mudança para o Sampaense relevou-se acertada para continuar a evoluir?Representei durante 4 anos o SL Benfica, foram 4 anos excelentes para a minha evolução como jogador e como pessoa. Tive o maior prazer de ser duas vezes campeão nacional num grande clube como é o Benfica. Quando recebi o convite do Sampaense Basket para fazer parte de um plantel totalmente profissional na Liga, achei que seria uma excelente oportunidade para continuar a evoluir e poder trabalhar para conseguir atingir o meu objetivo de vida, pois jogando contra os melhores jogadores a atuar em Portugal, mais velhos e com maior experiência, terei maior oposição, o que me obriga a trabalhar cada vez mais, treino após treino. No Sampaense Basket temos o privilegio de poder ter uma equipa totalmente profissional, inclusive o treinador, podendo treinar várias horas, tendo boas condições de trabalho pois conseguimos treinar três vezes por dia (entre ginásio e pavilhão), sendo este trabalho importantíssimo para a evolução individual e coletiva. Sem dúvida foi uma escolha acertada para continuar a minha evolução.Como é ser treinado pelo próprio pai?Para mim é uma situação perfeitamente normal, fora do campo é o meu pai mas quando entramos dentro do pavilhão ambos sabemos separar a questão da relação pai e filho e passamos a ser treinador e jogador. A minha opinião sobre o meu treinador é que tenho aprendido muito com ele, visto ser um técnico muito experiente e com a preocupação de fazer evoluir a equipa e os jogadores individualmente.Já tem alguma opinião formada sobre os novos reforços da equipa para esta temporada?A equipa é basicamente toda nova. Da época passada só eu, o Diogo Gonçalves e o Hélder Carvalho é que continuamos. Considero que todos os meus novos colegas vêm acrescentar qualidade ao grupo de trabalho, estando neste momento ainda a adaptarem-se aos novos métodos de trabalho. Só iniciamos a época no dia 9 de Setembro, mas só a partir do dia 18 é que começamos a ter o grupo completo. Estamos numa fase muito inicial da construção da equipa, sabendo das dificuldades que iremos ter durante a época.Na sua opinião, o que é mais importante para ser um bom base de uma equipa?Na minha opinião para se conseguir ser um base dentro da equipa é necessário em primeiro lugar fazer com que os nossos colegas acreditem em nós, nas nossas opções e que respeitem a nossa liderança. Em segundo lugar um base tem que ser o treinador dentro do campo, liderando a equipa durante o jogo e o treino com as devidas alternâncias do ritmo do jogo, conhecendo as diferentes fases do jogo. Em terceiro lugar é muito importante o trabalho técnico individual, a táctica individual e coletiva. Para tudo isto acontecer, é necessário conseguir pensar muito rápido e com discernimento em qualquer momento do jogo tentando errar o menos possível.Sente-se preparado para assumir a liderança da equipa dentro de campo?Considero que sim, na época passada serviu-me para crescer muito ao nível da maturidade de jogo. Aprendi bastante, pois jogar liga como é óbvio não é nada parecido com o campeonato de sub-20 e de CNB1, como eu antigamente estava habituado.Durante o torneio de São Pedro do Sul no fim de semana de 21 e 22 de Setembro, em que participaram o VSC, Ovarense, Barcelos e nós, apesar de estarmos no inicio da época já consegui estar a um nível bastante interessante. Tive muitos minutos em ambos os jogos e consegui jogar com qualidade. Sinto que a equipa confia em mim e no meu trabalho. Acredita que o Sampaense pode repetir a época positiva da última edição da LPB?São épocas distintas, na época passada fizemos um excelente trabalho superando todos os objetivos propostos. Este ano a Liga está mais competitiva, todas as equipas estão mais equilibradas, o que torna tudo mais difícil. Mas sempre com o mesmo espírito de sacrifício e empenho de todos, vamos trabalhar dia a dia para atingir a melhor classificação possível. Penso que o nosso plantel tem condições para fazer uma boa época.Estamos todos cientes da importância de ter uma equipa como o Sampaense Basket na liga, visto ser um clube com pessoas sérias à sua frente que trabalham imenso para a projeção do basquetebol no interior do país e por isso nós trabalhamos muito para podermos retribuir o sacrifício feito pelo presidente Pedro Veloso e pelos dirigentes Vítor Alves e Hugo Duarte.Confiante que conseguem passar à fase seguinte do Troféu António Pratas? Académica e Lusitânia, qual dos dois adversários, em teoria, lhe parece mais complicado de ultrapassar?Sabemos das dificuldades que iremos ter nesse fim de semana Por isso estamos a trabalhar para conseguir atingir esse ponto alto da época visto ser um dos nossos objetivos. A Académica e o Lusitânia são dois adversários muito fortes, ambos vão criar-nos muitos problemas pois têm bons jogadores, assim como nós iremos tentar criar a eles. As duas equipas vão ser difíceis de ultrapassar mas faremos de tudo para passar á fase seguinte do troféu António Pratas.