António Pires: «Podem contar com total empenho»

O Algés não viveu uma época propriamente de sonho na Liga, mas esse facto não impediu o selecionador Mário Palma de chamar o base para o grupo de trabalho inicial que vai tentar o apuramento para o Europeu de 2015.

Atletas | Seleções
26 JUN 2013

António Pires está a postos para retribuir a oportunidade com trabalho e muita dedicação.

Tinha esperança de ser chamado aos trabalhos da Seleção? Como se costuma dizer “a esperança é sempre a última a morrer”. Penso que a minha chamada não terá tido só em conta aquilo que fiz esta época e sim os últimos anos em que tenho trabalhado cada vez mais e melhor para esta oportunidade surgir. Nesta época os “meus números” e os resultados da minha equipa não foram aqueles que desejava(mos) e objetivava(mos), mas é importante salientar que o Algés é uma equipa que chegou recentemente ao escalão máximo do nosso Basquetebol, que se bateu, apesar de todas as dificuldades que tivemos este ano, de igual para igual com todas as outras equipas e que por infelicidade/azar/inexperiência, os resultados não passaram muitas vezes do “quase que ganhávamos”. Acha que nesta convocatória a posição de 1º base está bem assegurada? Sim, sem dúvida. Estou certo que neste lote de bases estão alguns dos melhores bases nacionais. Não quero dizer com isto que se as escolhas fossem outras a seleção não ficaria bem “servida”, antes pelo contrário, na minha opinião, o que não falta são bases com talento em Portugal. Mas foram estas as escolhas dos selecionadores e acredito que os que estão convocados vão fazer de tudo e trabalhar ao máximo para ficar nos convocados para os jogos que se avizinham. Na sua opinião, e tendo em conta as caraterísticas físicas dos 4 bases convocados, não estarão em desvantagem no confronto internacional? Considero que essa condicionante pode ser vista de uma outra maneira, de uma maneira positiva, deixando de ser por isso uma condicionante passando a ser uma “arma”. Podemos ser mais baixos, ou mais “fracos” fisicamente, mas se conseguirmos manter um ritmo intenso, uma defessa pressionante nos bases adversários, teoricamente mais altos e menos móveis, obrigá-los a jogarem cansados e a terem de driblar mais baixo, estarem mais preocupados em proteger a bola que organizar o jogo, então aí será um ponto a nosso favor. Acredito que qualquer um de nós se vai preparar para conseguir jogar dessa maneira e que qualquer um de nós tem qualidade para poder estar em campo e por isso poderá haver uma rotação maior de maneira a que não se perca a tal intensidade necessária para inverter essa condicionante. Após algumas retiradas já anunciadas, acha que existem motivos para se pensar que este grupo não será igualmente competitivo? Não gosto de pensar nas coisas de uma maneira negativa e por isso não acredito que a competitividade será menor com este grupo. Aliás um grupo mais jovem tem de ser sinónimo de mais querer, mais ambição, e acredito sinceramente que não me falta nem a mim nem aos meus colegas essa vontade. Aliado ao conhecimento/experiência dos jogadores que frequentam há mais tempo a Seleção A acredito que o grupo vai trabalhar bem e se vai apresentar bastante competitivo na altura da qualificação. No que acha que poderá ser uma mais-valia dentro deste grupo? É uma pergunta dificil de responder visto a qualidade que existe seja na minha posição seja nas outras posições e a minha inexperiência a nível de seleção sénior. Vou tentar ajudar o grupo naquilo que precisarem e onde precisarem de mim. Não sei se vou ter muitos ou poucos ou até nenhum minuto de jogo, o que sei é que podem contar com o meu total empenho/trabalho nos treinos para, no caso de surgir a oportunidade de jogar, estar apto a corresponder às expectativas dos selecionadores e dos meus colegas.

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26 JUN 2013

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