“Apresentar-nos-emos bem e muito motivados para passar esta eliminatória”
Numa altura em que o Benfica está em contagem decrescente para a primeira eliminatória de qualificação da Liga dos Campeões, o nosso entrevistado é o treinador José Ricardo Rodrigues.
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19 SET 2017
O técnico, que assumiu o comando dos “encarnados” este verão, anteviu para a FPB as partidas com o Kapfenberg Bulls da Áustria, marcadas para esta terça-feira (19 horas) e quinta-feira (21 horas), e contou como estão a ser os primeiros tempos de trabalho na Luz.
Poderão acompanhar o jogo ao minuto aqui:
Fonte: Foto do SL Benfica
Está aí à porta a primeira ronda de qualificação para a Liga dos Campeões e o Kapfenberg Bulls, da Áustria, são o adversário. O que esperar desta equipa? Quais os seus pontos fortes?
É uma equipa sólida com um grupo alargado de atletas que se identifica com a filosofia do clube, na medida em que apresentam uma ligação de vários anos. O seu treinador, Michael Schrittwieser, está no clube desde 1997. Percebe-se que há uma política de continuidade. Os jogadores dominantes da época passada, Bogic Vujosevic (sérvio) e Jamar Kareem (norte-americano), prolongaram o seu vínculo por mais uma época. Até à data, apenas chegaram ao plantel dois jogadores novos, Brian Oliver (norte-americano) e Jozo Rados (austríaco).
O facto de ambas as mãos se realizarem no curto espaço de dois dias poderá ter grande influência, numa fase precoce da época?
Não creio. Jogaremos após quatro semanas de trabalho e estaremos bem preparados para a eliminatória. Para além disso, faremos cinco jogos de preparação antes dos embates com os austríacos. Apresentar-nos-emos bem e muito motivados para passar esta eliminatória.
O facto do Benfica ter somado vários triunfos nos jogos realizados até agora traz maior motivação ao grupo? E favoritismo?
"Ganhar ajuda", a frase não é minha, mas muitos nos revemos nela. Iremos continuar a trabalhar com o propósito de melhorar todos os dias e apresentarmo-nos cada vez melhor à medida que a época avança. O favoritismo é uma consequência de fazer parte de um clube como o Benfica. Para os jogadores não é novidade, para mim é uma agradável sensação.
A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões é um grande objetivo?
É um dos nossos objetivos, não o escondemos. Seria ótimo conseguirmos conquistá-la e tudo daremos para o conseguir.
Em traços gerais, como têm decorrido estes primeiros tempos ao serviço do Benfica?
Estou muito entusiasmado com a capacidade de resposta dos atletas e com o seu compromisso com o trabalho, com a elevada competência do alargado "staff" que comigo trabalha e com as excelentes condições físicas que o clube apresenta. Tenho tudo o que preciso para fazer o meu trabalho. Estou pela primeira vez na minha carreira a viver a experiência de treinador a tempo inteiro e estou a adorar.
Olhando para a Liga Placard, que também se vai aproximando, e até tendo em conta o reforço dos outros clubes, espera uma prova ainda mais equilibrada, comparativamente à temporada anterior?
Sem dúvida! As equipas têm apresentado progressivas e consistentes melhorias dos respetivos plantéis e avizinha-se uma prova muito competitiva. Progressivas porque se percebe uma melhoria global das equipas nas últimas oito épocas da Liga Portuguesa de Basquetebol. Consistentes na medida em que a generalidade dos clubes que se mantêm neste nível competitivo tem aumentado a profundidade dos seus grupos de atletas com efeitos evidentes na dimensão dos respetivos orçamentos. É muito bom para o basquetebol português sentir-se que que há preocupação no recrutamento de mais e melhores jogadores estrangeiros e começa a haver espaço para mais jogadores portugueses assumirem a carreira de profissionais.