“As formações que nos defrontam, agora, já nos olham de outra maneira, de certeza”
Mora em Esgueira a grande "sensação" deste arranque de Liga Placard, o que se traduz na ocupação do terceiro lugar da classificação! Falamos do Esgueira/Aveiro/OLI, este ano de regresso ao escalão maior do basquetebol português, e que com cinco vitórias e apenas duas derrotas tem dado espetáculo! Entrevistámos Pedro Costa, treinador deste histórico emblema da zona de Aveiro, que não embarca em euforias.
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20 NOV 2018
O Esgueira não perde desde 27 de outubro e vem de três vitórias consecutivas, o que se traduz na ocupação do terceiro lugar. Mesmo com as previsões mais otimistas, antevia um início tão bom de Liga Placard?
Tivemos uma pré-época muito complicada, com várias lesões e alguns atrasos na vinda de jogadores. Sabíamos que íamos de precisar de tempo e que estes primeiros jogos iriam também servir para a equipa ganhar ritmo competitivo e entrosamento. Estávamos cientes do nosso valor, mas também da qualidade das outras equipas e, com sinceridade, este início de época excedeu as nossas expectativas. As formações que nos defrontam, agora, já nos olham de outra maneira, de certeza.
Tem sido visível a qualidade do basquetebol praticado pelo Esgueira. Um dos segredos está na qualidade dos reforços? Todos parecem ter encaixado que nem uma luva.
Sem dúvida de que os reforços foram uma mais-valia para a nossa equipa. Foi um processo longo, difícil e bastante cansativo, em que nos preocupámos em recrutar de acordo com o modelo de jogo que queríamos implementar, sem lugar margem de erro, e penso que acertámos nas escolhas. Depois vem o trabalho diário e fazer com que o todo seja maior do que a soma das partes, em que cada um saiba qual o contributo que tem de dar para a equipa. Não há segredos nestas coisas.
O reconhecido grande ambiente vivido nos jogos em casa é outra das razões do sucesso?
O ambiente que se vive no nosso pavilhão é, sem dúvida, uma mais-valia para a equipa. O apoio tem sido fantástico e estamos muito gratos aos nossos adeptos. Não é fácil para os nossos adversários jogar aqui, há muita pressão. Não tenho dúvidas de que parte do nosso sucesso ao longo destes anos, desde a CNB2 até à Liga Placard, se deve em parte ao apoio e carinho que recebemos jogo após jogo. Claro que a equipa também faz por merecer esse apoio, praticando um basquetebol atrativo e colocando sempre uma grande entrega em campo.
Houve alguma reformulação de objetivos com este arranque? Ficar nos primeiros lugares já é uma meta clara?
Temos plena consciência de que tudo ainda é muito prematuro. Não nos deslumbramos com a atual classificação. Sabemos que todos os jogos vão ser muito competitivos e que cada um deles poderá “cair” para o nosso lado ou para o lado do adversário, há muito equilíbrio. O objetivo principal definido no início da época continua a ser o mesmo: a manutenção na Liga Placard.