Atenção às Escolinhas
A iniciativa Escolinhas do Desporto tem dado frutos, mas nem tudo corre bem na actividade diária de jogadores e técnicos.
Associações
17 JAN 2007
Há escolas primárias
que são exemplos de qualidade de trabalho, outras nem por isso
Primeiro foi o problema do horário semanal dos treinos. Depois o problema das inscrições. A seguir a falta de autorizações dos pais, ou o transporte, ou as outras modalidades Enfim, tudo tem servido para bloquear o trabalho de um monitor, que tenta a todo o custo implementar o basquetebol na Escola da Conceição, mas que semanalmente encontra obstáculos na direcção da escola. Segundo Pedro Magalhães (o técnico), temos bons miúdos, treinamos normalmente com um conjunto de dez atletas e todos querem ir a um Encontro, mas as coisas não têm sido fáceis Um desabafo que põe a nu algumas dificuldades de coordenação, de uma actividade essencial para o desenvolvimento do desporto escolar, mas que este ano, no que diz respeito ao basquetebol, tem conhecido alguns desvios de percurso.Nas escolas Iinfante D. Henrique (Alto das Covas) e Aldeia Nova (Lajes) tudo corre bem. Segundo os monitores responsáveis, os atletas aparecem aos treinos, já compareceram em Encontros e o trabalho tem dado frutos, muito por causa do interesse da direcção da escola, refere Hélder Carvalho, responsável pela escola de Angra do Heroísmo. Mas noutros casos isso não acontece, e em geral, o que se nota, é uma menor participação nos Encontros, menor assiduidade aos treinos e menos empenho por parte de algumas instituições. Das oito escolinhas que iniciaram a época, quatro funcionam sem problemas, outra vai funcionando, uma passou para a responsabilidade de um clube (São João de Deus), e as restantes(duas) estão em fase de transição em termos técnicos, com perspectivas de que tudo corra melhor em 2007.a ver vamos O que é certo é que depois de um ano proveitoso em termos de trabalho e participação, esta época os números caíram drasticamente. Nos seis Encontros organizados pela ABIT, apenas dois contaram com a presença de equipas das escolas primárias. Sendo que um deles se destinava somente à participação de estabelecimentos de ensino (onde marcaram presença as escolas da Carreirinha, Lajes, Altos das Covas e Colégio S. Clara). Dados a ter em atenção pela entidade responsável pela iniciativa, sob pena de se estar a desperdiçar uma oportunidade única e um projecto inovador, devido à falta de sensibilidade de alguns responsáveis pelas escolas.Mais coordenaçãoa confirmar os números aparece João Ávila, principal responsável pelo Minibasquete da ABIT. O director técnico da associação admite que nem tudo corre bem, mas encontra explicações para os factos. Neste momento (felizmente) existe um conjunto maior de modalidades a trabalhar nas escolas primárias e nesta idade os miúdos gostam de praticar várias modalidades Hoje vai ao volei, amanhã ao basket, depois vai ao kickboxing e isso faz com que haja uma flutuação no número de alunos presentes nos treinos e nos Encontros. Outra dificuldade prende-se com a questão dos transportes. A nova lei tem parâmetros mais apertados para o transportede crianças e aquilo que temos notado em alguns casos é que as Juntas de Freguesia e as escolas não têm condições para fazer este transporte de acordo com a lei, apesar de haver excepções.Para melhorar, fica o conselho: O que acontece é que, por vezes, a coordenação de todo este trabalho não é feita de forma a privilegiar todas as modalidades. Nós tentamos sempre encaixar os nossos horários na disponibilidade da escola e dos miúdos, mas em alguns casos isso não tem acontecido. Se houvesse mais algum cuidado e melhor coordenação por parte das direcções das escolas, as coisas podiam funcionar melhor, refere João Ávila. O que interessa agora, diz o director técnico, é trabalhar mais e emendar os erros. Até porque, as escolinhas têm de trabalhar oito meses e têm de ir a seis Encontros Há o risco de algumas das escolas não cumprirem os requisitos. Mas se as coisas continuarem a melhorar penso que não haveráproblemas. Tenho a certeza que no próximo Encontro já teremos mais gente.


