Barcelos com 2º lugar na mira

Os minhotos mantêm a pressão sobre o Vitória, na expectativa de um eventual deslize por parte dos vimaranenses para assaltarem o 2º lugar da geral. Com este desaire, os madeirenses comprometeram a sua presença na Taça da Liga, que contará com os quatro melhores classificados da 1ª volta da fase regular.

O jogo começou da melhor forma para os barcelenses, que venceram o 1º período por 26-18. O resultado espelhava o mérito ofensivo dos visitantes, bem como expunha as falhas defensivas por desconcentrações nos jogadores da casa. No segundo quarto, tudo foi diferente, com o CAB a assumir nitidamente o controlo do encontro e a superiorizar-se por 30-22. Ao intervalo as duas equipas estavam empatadas a 48 pontos, isto depois de uns primeiros 20 minutos em que o domínio do jogo foi repartido.

Nesta fase do encontro, Jovonni Schuler (14) e Tommie Eddie (15) eram os mais certeiros nos da casa. Já nos visitantes, Nuno Oliveira (18) e Flip Djuran (12) eram os mais eficazes.

Os insulares voltaram a reentrar mal e permitiram que os minhotos construíssem uma vantagem no marcador. Até ao final do quarto o CAB anda conseguiu reduzir a desvantagem, encostou o resultado em 67-70, favorável ao Barcelos, pelo que estava tudo em aberto para o quarto e decisivo período.

Nos últimos dez minutos, o CAB apostou durante grande parte do tempo numa zona 2×3, como forma de resguardar fisicamente os seus jogadores, Jorge Coelho e Nuno Pedroso não jogaram, mas igualmente como forma de surpreender e retirar eficácia ao ataque do Barcelos. Mas os comandados de José Ricardo Neves revelaram-se, quase sempre, muito pacientes e organizados, alternando a preceito o tiro exterior com as penetrações em drible como forma de atacar a zona .

Do lado contrário, Tommie Eddie assumia as responsabilidades ofensivas da equipa, mas o tempo corria e não havia forma de os madeirenses se aproximarem no marcador. Um triplo de José Correia ainda colocou os insulares a três pontos de diferença, mas no ataque seguinte, o Barcelos respondeu na mesma moeda com um triplo do canto, colocando quase um ponto final nas aspirações da equipa da casa. O CAB cometeu alguns turnovers nos minutos finais do encontro, bem aproveitadas pelo Barcelos para somar pontos em contra-ataque,  quebrar psicologicamente o adversário.

A prestação de Nuno Oliveira (26 pontos, 7 assistências e 5 resaltos) foi decisiva para o triunfo do Barcelos, não só pelos números que conseguiu, como também pela forma como liderou e marcou os ritmos do jogo. Djuran Filip (17 pontos e 3 ressaltos) esteve igualmente em bom plano e revelou uma grande eficácia. Os barcelenses estiveram muito bem nos lançamentos de curta e média distância (28/36 – 76%), bem como mostraram-se muito mais coletivos a executar no ataque (16 assistências).

O norte-americano do CAB Madeira, Jovonni Shuler, foi o melhor marcador do encontro, com 27 pontos, mas nem com os contributos de Aaron Jordan (23 pontos, 6 ressaltos e 2 assistências) e Tommie Eddie (19 pontos e 8 ressaltos) conseguiu conduzir os madeirenses ao triunfo.