Barcelos na final da Taça

Ao bater a Oliveirense por 66-59, a equipa do Barcelos HotelTerçoGiv garantiu a segunda presença numa final de uma competição esta temporada.

Competições | FPB
21 MAR 2015

Os comandados de José Ricardo Rodrigues vão lutar este domingo pela conquista da Taça de Portugal, isto depois de uma dura batalha diante a formação de Oliveira de Azeméis no encontro da meia-final.

 

O conjunto minhoto esteve melhor durante toda a primeira parte, sobretudo porque dominava no pintado (22 pontos), e demonstrava uma maior equilíbrio entre o jogo interior e exterior. Os pontos conseguidos de segundos lançamentos (10) ajudavam a disfarçar a falta de eficácia do Barcelos, um problema bem mais notório na equipa da Oliveirense. No final dos primeiros 20 minutos, os comandados de Hugo Matos perdiam por nove pontos de diferença (26-35), muito por culpa da falta de eficácia nos tiros de longa distância.

 

No recomeço da etapa complementar, a equipa da Oliveirense mudou de estratégia ofensiva e defensiva. A defesa match-up condicionou imenso o sucesso ofensivo do Barcelos, demorou algum tempo a ajustar-se ao novo sistema defensivo do adversário. No ataque, a Oliveirense passou a explorar mais as penetrações em drible, até mesmo pelo seu poste Dusan Sisic, uma melhoria que se refletiu no aproximar no marcador, anulando uma desvantagem de 14 pontos.  No final do 3º período o jogo estava em aberto, já que apenas quatro pontos separavam as duas equipas (48-44), mas sempre com os barcelenses na frente.

 

O Barcelos abanou mas não caiu, sobretudo porque não se desuniu nas tarefas defensivas, contestando os lançamentos do adversário, obrigando-o a fazer baixas percentagens de lançamento. Nas ações ofensivas, os minhotos passaram a procurar ultrapassar a zona através dos passes interiores, mas seriam os ressaltos ofensivos a fazer a diferença nos momentos mais decisivos.

 

Mesmo tendo feito uma paupérrima percentagem da linha de lance-livre (14/31 – 45.2%), o Barcelos conseguiu sempre liderar o jogo, isto apesar de toda a entrega e ambição da formação de Oliveira de Azeméis.

 

Marko Loncovic (17 pontos, 7 ressaltos e 2 assistências) voltou a mostrar-se a muito bom nível, tal como Igor Dukovic (16 pontos e 8 ressaltos) que confirmou que está a subir de rendimento. O base Nuno Oliveira (10 pontos, 7 ressaltos e 3 assistências) sem ter feito um jogo perfeito, revelou-se importante na fase de decisão, sobretudo pela ajuda que deu em todas áreas do jogo, nomeadamente no ressalto ofensivo.

 

O melhor marcador da Oliveirense acabou por ser Kenyon Jr. (17 pontos, 9 ressaltos e 6 assistências), isto apesar de ter estado desaparecido do jogo em algumas fases. Dusan Sisic (12 pontos, 6 ressaltos e 2 assistências) mostrou ser um atleta com qualidade e recursos ofensivos, com João Abreu (10 pontos e 6 ressaltos) a terminar igualmente o jogo na casa das dezenas em pontos marcados.

 

 

Hugo Matos – treinador da UD Oliveirense

“Parabéns ao Zé Ricardo pela vitória e pelo jogo que fizera,. Parabéns aos atletas da UDO que lutaram até ao fim e nunca desistiram do jogo, estivemos a uma diferença de 14 pontos e conseguimos ir buscar o jogo. penso que até certa altura conseguimos controlar o 1×1 do Barcelos no ataque, embora não tenhamos tido as melhores decisões no nosso ataque. Com a mudança para a zona conseguimos criar alguns problemas, mas o Barcelos resolveu no ressalto ofensivo e isso foi decisivo, pela quantidade e altura em que aconteceram.”

 

José Ricardo – treinador do Barcelos

“Penso que o Hugo disse quase tudo, há que dar os parabéns à UDO pela campanha que fez na Taça de Portugal e pelo basquete que demonstrou nos dois jogos disputados. Criou-nos imensas dificuldades, como era expectável. Em todos os jogos, foi a defesa que ganhou os jogos. Independentemente do que iria acontecer no ataque, não poderia haver frustração defensiva. Penso que conseguimos isso. Em determinada altura, penso que a UDO com a alteração do seu sistema defensivo ganhou o ritmo de jogo, mas nós, do ponto de vista, defensivo, fomos sempre capazes de resolver esse problema e conseguir defender e criar os mesmos problemas à Oliveirense. Sabíamos que iria ganhar a equipa que estivesse melhor na defesa e acabou por acontecer isso, ganhou a que defendeu melhor e não a que atacou melhor.”

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21 MAR 2015

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