BCR (re)unido pelo futuro da modalidade

Clubes reuniram com FPB para preparar a próxima época

Competições
2 JUL 2024

O balanço foi extremamente positivo para a temporada transata das provas de Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR), com 120 jogos, entre provas oficiais e encontros de preparação; com mais atletas federados; com mais público e, claro, com grande emoção dentro das quatro linhas.

A abrir a reunião do último dia 2 de julho, entre a FPB e os clubes de BCR, que deu o mote para o balanço de 2023/2024 e a preparação de 2024/2025, foi precisamente sobre a final competitiva de junho passado, entre APD Braga e BC Gaia, que falou primeiro Manuel Fernandes. “Uma jornada fantástica para o BCR, um momento de satisfação”, acredita o presidente da FPB, corroborado por Augusto Pinto, presidente do Comité Nacional de BCR.

“Isto não demonstra uma hegemonia que não existiu, houve de facto aqui muita luta para atingir os objetivos e foi sempre no fio da navalha”, frisou o dirigente, no entanto.

Augusto Pinto prosseguiu com o balanço da temporada transata, destacando “o feito que foi a Seleção Nacional ter ascendido à Divisão B” do Campeonato da Europa, prova que se disputa de 27 de Julho e 4 de Agosto, em Sarajevo, na Bósnia, mas também a participação internacional da ADP Braga no Torneio de Qualificação da EuroCup e, ainda no mesmo prisma, a “quantidade de jogadores em ligas internacionais, o que de facto demonstra a qualidade do nosso BCR”.

Do outro lado, é de lamentar, por exemplo, a ainda fraca adesão de treinadores e classificadores para a modalidade, um panorama que a FPB quer melhorar época após época, ao contrário do que se tem passado com a arbitragem, esta outro dos pontos altos da sessão: afinal, os árbitros portugueses têm-se destacado lá fora, provando o sucesso da formação portuguesa neste quesito.

 

Próxima temporada com mais jogos e mais equipas

O grande destaque para 2024/2025 foi, sem dúvida, a transformação da antiga Divisão de Honra em Taça Nacional de BCR, que terá “as mesmas características que a Taça Nacional de 5×5” e que permitirá um maior número de equipas a competir na modalidade.

A fórmula foi discutida com os clubes e ainda será limada em conjunto com os vários emblemas, mas a previsão é de mais jogos, em jornadas concentradas, com dois grupos, separados por zonas geográficas.

A integração do BCR no Circuito Nacional de 3×3 ou a criação de uma fase intermédia para a Liga BCR também foram ideias discutidas.

A sessão teve ainda tempo para serem apresentados os resultados dos Departamentos de Marketing e Comunicação da FPB, que divulgou alguns números da última temporada – destaque para o facto da FPB ser a terceira Federação com mais publicações online a nível mundial – sexta a nível de visualizações; e para os vários projetos de incentivo financeiro sob o selo do Programa Valorizar.

A reunião (que contou ainda com a presença de representantes da União Desportiva para a Inclusão, equipa que deixou de competir em 23/24, mas que pretende retomar atividade) chegou ao fim com os contributos dos clubes, que debateram diversas questões que afligem o BCR nacional. Em relevo esteve a participação dos atletas com classificação de 5 pontos, em prol de uma maior inclusividade numa modalidade por si só inclusiva, e que se quer cada vez mais dinâmica a cada temporada.

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