Benfica aumenta vantagem na final
Ao vencer, em casa, o Vitória (77-69) no segundo jogo do playoff final da LPB, o SL Benfica ficou mais perto de renovar o título de campeão nacional.

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24 MAI 2015
A série muda-se agora para Guimarães, mas os encarnados estão a uma vitória de conquistar a principal prova do calendário desportivo nacional. Tal como no jogo 1, os comandados de Carlos Lisboa voltaram a apostar na defesa, bem como na exploração do seu jogo interior, onde revelaram superioridade e uma enorme eficácia. Os vimaranenses deixaram de ter margem para erro, mas o seu treinador Fernando Sá disse antes deste jogo que quer bater o Benfica, na Luz, nem que tenha que ser no 5º jogo desta eliminatória.
Durante os primeiros 20 minutos nenhuma das equipas revelou ascendente sobre o adversário, sendo que as estratégias das duas equipas não diferiam muito do dia anterior. O Benfica voltava a apostar numa defesa agressiva, na tentativa de condicionar o sucesso ofensivo do Vitória nas ações individuais, evitando ao máximo que os jogadores do Vitória tivessem tiros abertos.
No ataque, o Benfica foi mais clarividente na procura das vantagens interiores, explorando mais vezes situações de 1×1 nas áreas mais próximas do cesto, fazendo com que a sua eficácia de 2 pontos tivesse sido bastante boa (20/31 – 65%).
O Vitória voltava a depender muito da capacidade e talento individual de Doug Wiggins para criar no ataque. O norte-americano esteve bastante bem durante os primeiros vinte minutos, mostrando-se difícil de parar quando decidia atacar em drible o cesto. Embora se percebesse que era necessário outros jogadores contribuírem nas situações ofensivas, até porque se tornava cada vez mais previsíveis as soluções atacantes do Vitória.
O inicio da etapa complementar coincidiu com a fase em que o Benfica se afastou um pouco mais no marcador, com o Slay a destacar-se pela sua versatilidade ofensiva, criando problemas ao Vitória a jogar de costas para o cesto ou através da utilização do seu tiro exterior. O jogo exterior do Vitória não funcionava com a eficácia habitual, os lançamentos de curta e média distância teimavam em não entrar (17/47 – 36%), e disso se ressentia o ataque do Vitória, que voltou a registar uma pontuação baixa.
Nos últimos 10 minutos, como sempre, o Vitória não deu o jogo por entregue, tentou encostar de novo o resultado, atribuindo, na maioria das vezes, a responsabilidade a Wiggins de criar para si ou para os seus colegas situações confortáveis para tiro. Com o cansaço já acumulado, as tomadas de decisão já nem sempre eram as mais corretas, e do lado oposto, os encarnados iam gerindo a vantagem construída, até porque neste jogo controlaram muito melhor a sua tabela defensiva, e venceram a luta das tabelas (36-28).
Ronald Slay (25 pontos e 4 ressaltos), no seu estilo muito peculiar, voltou a elevar o seu rendimento nos momentos importantes, e com uma eficácia tremenda (6/8 de 2 pontos e 3/4 de 3 pontos). Fred Gentry (12 pontos e 7 ressaltos) e Carlos Andrade (12 pontos, 6 ressaltos e 3 assistências) voltaram a impressionar pela sua fiabilidade e consistência exibicional.
Doug Wiggins (23 pontos, 5 assistências e 3 ressaltos) mostrou novamente que é um jogador acima da média, embora não tenha sido capaz, verdade seja dita que era complicado de o conseguir, de se manter regular durante os 40 minutos. João Guerreiro (15 pontos e 2 ressaltos) é cada vez mais importante nesta equipa do Vitória, e uma arma ofensiva a ser explorada por Fernando Sá, e Marcel Momplaisir (7 pontos, 12 ressaltos e 2 assistências) evidenciou-se no capítulo do ressalto, faltando-lhe ser mais consistente no tiro curto e de média distância.