Benfica entra a vencer
O Pavilhão Fidelidade voltou a encher-se, desta vez para assistir ao primeiro jogo da final entre SL Benfica e Vitória SC.

Competições
23 MAI 2015
O ambiente estava propício a mais um bom espetáculo de basquetebol, sendo que as duas equipas contribuíram para que tal acontecesse desde a bola ao ar. O Vitória bem durante largos períodos do jogo, quase sempre coincidentes com o bom desempenho individual de Doug Wiggins, mas a partir do momento que o Benfica defendeu melhor sobre a bola, e conseguiu controlar a sua tabela defensiva, o jogo mudou de figura. Isto sem esquecer a prestação individual de Jobey Thomas, importante com as suas ações para que Benfica alcançasse o triunfo (75-67) no jogo inaugural desta final disputada à melhor de 5 jogos.
Os primeiros 10 minutos foram de grande equilíbrio, mas logo se percebeu qual a estratégia ofensiva da equipa vimaranense, e de que forma iria colocar problemas à formação encarnada. Com jogadores muito versáteis e capacidade de tiro, o Vitória vivia essencialmente da capacidade desequilibradora de Doug Wiggins (9 pontos no quarto) fosse para criar os seus próprios lançamentos, ou assistir os companheiros. A defesa benfiquista sentia dificuldades em parar os bases adversários no 1×1, que somado aos 5 turnovers registados durante o 1º período, ajudam a explicar o porquê de terem sido os visitantes a terminarem na frente o 1º período (21-19).
Até ao intervalo, tornaram-se ainda mais evidentes os problemas causados pelos bases do Vitória, Pedro Pinto esteve igualmente bem, à defesa encarnada, que surpreendentemente, mérito para os vimaranenses, consentiram muitos ressaltos ofensivos e segundos lançamentos. As penetrações dos bases do Vitória davam cestos, mas mais do que isso permitiam lançamentos abertos, muito por culpa das judas e rotações defensivas a que obrigavam. Com cerca de três minutos para o descanso, o Vitória chega à vantagem de doze pontos (38-26), a que se seguiu o melhor período do Benfica nesta 1ª parte. Já com João Soares a ter a responsabilidade de defender o base contrário, e a equipa mais coesa a defender a bola, os encarnados conseguem um parcial de 6-0, interrompido por novo triplo do Vitória, este da autoria de Pavlovic (41-32). Um cesto de Slay fixou o resultado final dos primeiros 20 minutos, em 34-41 favorável ao Vitória.
Os atuais campeões nacionais regressaram para o 2º tempo na procura de explorar o seu jogo interior, e foi dessa forma que somou os primeiros 4 pontos (38-41). Balseiro, de três, voltava a fazer funcionar o marcador (44-38), e aliás foi de longa distância que o Vitória se foi mantendo na liderança nos primeiros minutos da etapa complementar. Wiggins continuava a ser um quebra-cabeças para todos aqueles que lhe surgiam pela frente, e foi das suas mãos que saiu mais um triplo que fazia subir de novo a diferença para a casa das dezenas (58-48). Nos instantes finais, eis que surge Jobey Thomas, que com um triplo, mesmo a terminar o período, fixava o resultado em 53-58.
O derradeiro quarto iniciou-se da mesma forma, com nova bomba de Thomas, que deu o mote para um parcial de 12-3, que colocava o Benfica na frente do marcador por 65-61. Os encarnados bem melhor a defenderem a bola, Wiggins a não conseguir fazer a diferença, e a forçarem o Vitória a ter que lançar em muitas situações em crise de tempo ou em ações muito contestadas. A 5ª falta de Guerreiro complicou ainda mais a tarefa do Vitória, que entretanto se colocava à distância de um pontos, após um triplo de Paulo Cunha (65-64). O jogo estava o rubro, e quando se poderia pensar que o Vitória poderia conseguir nova cambalhota no comando, dois triplos consecutivos de Jobey Thomas (71-64), faziam mossa no Vitória e davam a tranquilidade necessária para o Benfica jogar os últimos 3 minutos. A equipa liderada por Carlos Lisboa continuo a controlar a sua tarefa defensiva, os vimaranenses precipitaram-se nas tomadas de decisão, má seleção de lançamentos, e duas ações defensivas de Seth Doliboa selaram o triunfo do Benfica neste primeiro jogo da eliminatória (75-67).