Benfica na defesa da Taça

Benfica e Vitória voltaram a proporcionar um bom espetáculo de basquetebol, com os encarnados a voltarem a levar a melhor num jogo a eliminar (64-51).

Competições | FPB
21 MAR 2015

Os campeões nacionais voltam a marcar presença numa final de uma competição, situação já repetida por três vezes na presente temporada. Nos momentos-chave, os comandados de Carlos Lisboa foram disciplinados taticamente, souberam explorar as ações ofensivas onde conseguiam vantagens e mostraram-se mais certeiros a lançar ao cesto.

 

Depois de dois minutos sem pontos, as duas equipas soltaram-se do nervosismo inicial, começaram a praticar um basquetebol de qualidade e os pontos surgiram com naturalidade. Jobey Thomas assumia a responsabilidade ofensiva dos encarnados e, depois de um jogo de pouca inspiração a atirar de três, o norte-americano dava um clinic de lançamento, com os triplos a sucederem-se. Foi das suas mãos o último tiro, próximo do meio-campo, que colocou o resultado em 24-18, favorável ao Benfica, no final do 1º período.

 

Reagiram os vimaranenses, Pedro Pinto entrou muito bem no jogo, Momplaisir conquistava ressaltos e intimidava junto ao cesto, o domínio do jogo mudava de mãos, e o Vitória chegava ao comando do marcador. Mas a boa eficácia da linha de três pontos parte do Benfica (6/11 – 54.5%), contrastava com a falta de pontaria do Vitória. Thomas (16 pontos) voltava a dar nas vistas na parte final do 1º tempo, e dois cestos consecutivos de sua autoria colocavam os encarnados na frente ao intervalo (35-32).

 

Assim a longa distância funcionou um pouco melhor, o Vitória aproximou-se no resultado, já que foram dois triplos quase consecutivos que colocaram os minhotos a três pontos de distância no final do 3º período (41-44).

 

O Benfica entrou melhor no derradeiro quarto, Ronald Slay revelou-se mais agressivo e disponível para a ajudar a equipa, e acabou por ser o norte-americano a sentenciar quase o jogo através dos seus pontos na exploração do jogo interior. Carlos Lisboa insistiu, e bem, nos bloqueios diretos que envolviam Slay, tirando depois partido das trocas defensivas para fazer pontos na área restritiva.

 

O Vitória bem lutava para reentrar na discussão da eliminatória, mas a verdade é que sempre que se aproximou, chegou a estar a duas posses de bola de distância, os tiros de 3 pontos não caíram, tendo terminado o encontro com o registo de 3 convertidos em 29 tentados (10.3%). Assim que disparou no resultado, Mário Fernandes, quer com pontos importantes, ou então na gestão da posse de bola e tempo de jogo, foi determinante para que os benfiquistas não mais sentissem que o jogo lhes poderia fugir.

 

Thomas começou muito bem o encontro (4/5 de 3 pontos), e acabou por ser o melhor marcador do encontro com 18 pontos. Gentry (9 pontos e 5 ressaltos) foi importante na parte inicial do encontro, já Slay (15 pontos e 4 ressaltos) esteve em evidência no último período. Carlos Andrade acabou por ser preponderante na luta das tabelas ao contabilizar 13 ressaltos e 7 pontos.

 

Na equipa do Vitória, Pavlovic (13 pontos e 4 ressaltos) prometeu muito no arranque do encontro, José Silva (11 pontos e 4 ressaltos) bem tentou mas não esteve muito inspirado, o mesmo sucedeu com Doug Wiggins (6 pontos, 8 ressaltos e 6 assistências).

 

 

Carlos Lisboa – treinador do SL Benfica

“Conseguimos o nosso objectivo, que era ganhar o jogo e estar na final. Gostava de referir que ganhámos na defesa, limitámos o Vitória a 54 pontos. Ganham-se jogos e campeonatos na defesa. Com o querer e o rigor merecemos vencer contra uma boa equipa. Vamos começar a preparar o jogo contra o Barcelos.”

 

Fernando Sá – treinador do VSC

“Não há contestação, o Benfica mereceu vencer. No primeiro período não estivemos bem. O Jobey marcou 16 pontos na primeira parte, na segunda conseguimos reduzir para dois pontos. A nossa percentagem nos triplos (10%) foi muito fraca e não é normal, mas o Benfica também tem mérito nisto. Gostaria, mais uma vez, de enaltecer a prestação do nosso público e do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela secção, somos o único clube que consegue ter este ambiente.”

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21 MAR 2015

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