Benfica obrigado a aplicar-se

O SL Benfica voltou a ter que trabalhar muito para conquistar mais uma vitória no campeonato, isto porque, o Algés se apresentou de forma brilhante na deslocação que efetuou ao Pavilhão Império Bonança (70-66).

Competições
1 NOV 2012

Se é verdade que os atiradores encarnados não estiveram numa tarde de grande inspiração, a forma como o Algés, claramente com outros argumentos, se bateu com os atuais campeões nacionais foi brilhante, tendo criado imensos problemas à forte defesa benfiquista.

Excelente réplica do Algés durante os primeiros 20 minutos, fazendo do tiro de três pontos a sua principal arma ofensiva, enquanto que na defesa, a zona 2×3 era a opção escolhida para travar a capacidade ofensiva dos encarnados.O desacerto benfiquista no tiro de longa distância, bem como em alguns lançamentos próximos do cesto, faziam com os algesinos, com todo o mérito, se mantivessem na discussão do jogo. As entradas de Heshimu (6 pontos e 3 ressaltos), Cláudio Fonseca (10 pontos e 2 ressaltos) e Diogo Carreira (6 pontos e 4 assistências) vieram mexer com o jogo, sobretudo na forma como Benfica passou a atacar a defesa zona, a procurar jogar mais próximo do cesto, mas também passou a ter outra presença no ressalto ofensivo.No entanto, a formação de Algés mantinha-se fiel ao seu estilo de jogo, a penetrar e assistir os atiradores. Ou então com o base António Pires (17 pontos, 10 assistências e 4 ressaltos) a criar desequilíbrios na defesa benfiquista, para ele próprio finalizar, ou dar inicio à rotação da bola no ataque até encontrarem o jogador livre. O intervalo chegava com os atuais campeões nacionais na frente do marcador (36-30), se bem que, com o Algés na discussão do jogo.No inicio do segundo tempo era recorrente no Benfica tentar o tiro de três pontos como forma de contrariar a mesma defesa zona do Algés, só que a tarde não era de inspiração para os atiradores encarnados. O Algés mantinha a sua agressividade ofensiva, Quintino (16 pontos e 7 ressaltos) era eficiente nas ações de contra-ataque, e António Pires era um autêntico quebra-cabeças para a defesa do Benfica de cada vez que jogava o bloqueio direto.Ainda assim, e beneficiando em parte da 3ª falta de Quintino e Josimar (5 pontos e 9 ressaltos), o Benfica sempre que jogava na áreas próximas do cesto somava pontos, pelo que a marcha do marcador continuava a ser dominada pelos encarnados. Um fantástico triplo, de muito longe, mesmo em cima da buzina, de Diogo Correia (10 pontos e 3 ressaltos), fechava o 3º período com o Benfica na frente por 53-48.Para o último quarto o técnico Carlos Lisboa optou por colocar a defender António Pires, um jogador mais alto (Andrade), para assim poder trocar em todos os bloqueios diretos. Assim como fez os seus jogadores subir a defesa para todo o campo, aumentando assim a intensidade defensiva da equipa. Os contra-ataques encarnados passaram a acontecer, e num ápice o Benfica atingia os dez pontos de vantagem (62-52).Mas o Algés recusava-se a entregar, e António Pires e Quintino continuavam enormes a liderar a equipa, que voltou a encostar o resultado a três pontos de diferença (66-69) já nos instantes finais do jogo. Mas já era tarde demais para conseguirem chegar à vitória.O extremo Carlos Andrade, duplo-duplo (13 pontos e 10 ressaltos), foi o jogador mais valorizado dos encarnados, logo seguido por Seth Doliboa (9 pontos, 7 ressaltos, 4 ressaltos e 4 roubos de bola).No Algés, muito embora o esforço de todos os atletas que participaram no jogo, Pires e Quintino foram brilhantes na forma como mantiveram a equipa sempre na discussão do jogo.

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1 NOV 2012

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