Benfica regressa à Europa

A derrota sofrida na Bélgica na última jornada da Eurochallenge ditou o afastamento do Benfica esta temporada nas provas europeias.

Competições
9 DEZ 2014

Passados alguns anos os encarnados, e ainda bem que o fizeram,  decidiram regressar às competições internacionais, conscientes que haveriam que recuperar o tempo e a experiência perdida nas últimas épocas. Esta quarta-feira, às 21 horas, os benfiquistas defrontam a forte equipa do JS Nanterre, líder invicto do Grupo E, naquela que será mais uma oportunidade para os comandados de Carlos Lisboa poderem somar prestígio e competências para voltarem a ser uma referencia na Europa.

 

A equipa francesa venceu este fim de semana, após prolongamento (105-100), o Dijon, e está a duas vitórias do comando da Liga francesa. No jogo da primeira volta, o Benfica surpreendeu o conjunto gaulês com uma defesa zona, mas a eficácia revelada pelos jogadores do Nanterre nos tiros de três pontos (11/27 – 40.7%) foi determinante para o sucesso da equipa francesa.

 

Mesmo a jogar frente a um adversário habituado a competir na Euroliga, o técnico Carlos Lisboa ficou satisfeito com a prestação da sua equipa, embora o começo do jogo não tenha sido o desejado e colocou problemas acrescidos às intenções dos campeões nacionais. A este nível não se podem ter períodos de descontração, permitir vantagens, e muito menos falhar lances-livres, algo que sucedeu com o Benfica nos momentos finais do jogo em França.

 

A equipa do Nanterre tem muito talento ofensivo (86.8 pontos), isto porque tem médias bastante aceitáveis de lançamentos de campo (50.6% de 2 pontos e 36% de 3 pontos), controla bem a posse de bola (10.5 turnovers) e tem uma presença forte na luta do ressalto (39.3 de média).

 

O norte-americano Jamal Shuler (18.5 pontos de média) é a principal arma ofensiva do Nanterre, e no último jogo da Pro A converteu 29 pontos a que somou 7 ressaltos. Atenções especiais para Kyle Weems, foi o melhor marcador do Nanterre, com 19 pontos, no jogo da 1ª volta, e para a presença de Mouhammadou Jaiteh (7.8 ressaltos) na luta das tabelas.

 

Será muito importante para o Benfica ter muitos minutos de qualidade, o que significa demonstrar grande consistência ao longo de todo o encontro. Para que isso aconteça terá que definir muito bem os ritmos do jogo, reduzir aos máximo as perdas de bola sem lançamento, controlar a sua tabela defensiva, e esperar que a eficácia no tiro exterior seja elevada.

 

Jobey Thomas não chega para garantir sucesso no jogo exterior do Benfica, mais jogadores terão de contribuir com pontos, até porque a questão física é determinante quando se joga a este nível. Mário Fernandes e João Soares vêm de bons jogos, seria muito importante que Carlos Andrade conseguisse recuperar a tempo de participar neste encontro, e esperar que Slay e Doliboa se mostrem cada vez mais confortáveis a jogar a este nível.

 

Gentry e Cláudio Fonseca têm a difícil tarefa de ajudar na luta nas áreas mais próximas do cesto, se bem que já demonstraram que têm qualidade e capacidade para serem mais-valias nas soluções ofensivas na equipa treinada por Carlos Lisboa. Tomás Barroso certamente entrará na rotação de 1º base, pelo que ficará com a responsabilidade de comandar  ataque encarnado sem que este perca ofensividade e deixe de mostrar coletivismo atacante.

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9 DEZ 2014

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