Benfica volta a vencer na Europa
Foi sofrida e com um final emocionante, mas o Benfica conquistou a sua primeira vitória no Grupo E da Eurochallenge, ao bater, na Finlândia, a equipa do Kataja Basket, por 93-90.

Competições
19 NOV 2014
Os encarnados foram sempre capazes de correr atrás do prejuízo, e nos momentos decisivos os triplos de Jobey Thomas acabaram por fazer diferença no encontro. Um resultado importante, e que poderá funcionar como um importante estimulo para o que ainda falta disputar nesta fase de grupos.
O jogo começou muito bem para os campeões nacionais, que nos primeiros 10 minutos revelaram uma tremenda eficácia ofensiva, terminando o primeiro quarto a vencer por dez pontos de diferença, e com 31 pontos marcados (31-21). E quando tudo parecia correr de feição à equipa portuguesa eis que surge a reação do Kataja no segundo período, que impôs um parcial de 28-11 ao conjunto encarnado. O intervalo chegava com a formação finlandesa no comando do marcador (49-42).
Se durante o recomeço da etapa complementar, os finlandeses ainda conseguiram segurar a vantagem pontual, a verdade é que após um triplo de Mário Fernandes já bem perto do final do 3º período, a diferença que separava as duas equipas era já só de quatro pontos (70- 66).
E seriam os triplos que colocariam de novo os campeões nacionais na frente do resultado durante o 4º período (78-75), após mais um, desta vez da autoria de Jobey Thomas com apenas três minutos jogados no quarto. O norte-americano do Benfica estava endiabrado e com a mão quente, mas nem dois triplos quase consecutivos a meio do período permitiram que os encarnados conseguissem fugir no resultado. O Kataja conseguia sempre manter o jogo fechado, e a 1.57 minutos do final conseguia consumar a reviravolta no marcador (88-86), depois de dois lances-livres convertidos pelo jogador Robert Arnold (20 pontos).
Mas Thomas estava determinado a conduzir a equipa até à vitória, e assumia por inteiro a responsabilidade ofensiva da equipa, e com mais um par de triplos colocava o Benfica de novo na frente do marcador, por uma vantagem de quatro pontos, quando faltavam jogar 38 segundos. Seth Doliboa converteu ainda um lance-livre e de nada valeu a bandeja convertida por Kenneth Horton (27 pontos), já que nos 13 segundos que restavam, o Kataja não teve oportunidade de tentar um lançamento que pudesse dar o empate.
Jobey Thomas (32 pontos) liderou a equipa benfiquista à vitória, não só pelos pontos que marcou, como também pelos momentos decisivos em que os conseguiu. O seu compatriota Seth Doliboa (15 pontos e 7 ressaltos) foi igualmente importante, assim como os internacionais Cláudio Fonseca (14 pontos e 5 ressaltos) e Carlos Andrade (13 pontos, 3 ressaltos e 2 roubos de bola).
Naturalmente satisfeito no final do encontro, Carlos Lisboa reconheceu que o jogo teve diferentes fases, mas que no final o Benfica mereceu a vitória. Este foi um resultado importante para os objetivos definidos pelo técnico para esta competição. “Hoje jogamos contra uma boa equipa. Começamos o jogo bem, mas sofremos demasiados pontos de segundos lançamentos (de ressaltos) e de contra-ataque, que permitiram que o Kataja recuperasse o comando do jogo. Na parte final do jogo acho que merecemos vencer. Foi uma importante vitória para nós, uma vez que que queremos passar esta fase de grupos.”
O capitão Diogo Carreira considerou “ que foi um jogo importante para a equipa.” O comportamento da equipa nos instantes finais foi determinante para o sucesso neste encontro. “Muitas vezes já perdemos jogos nas partes finais, mas hoje não foi o caso. Jogamos muito bem nos momentos decisivos do 4º período. Foi uma vitória importante para nós, já que queremos avançar para a fase seguinte.”
O treinador da equipa adversária, Pekka Salminen, destacou o comportamento de dois dos jogadores do Benfica neste encontro. “Jobey Thomas marcou os seus pontos com lançamentos que tem vindo a fazer ao longo da sua carreira. Não foi uma surpresa, no entanto, não fomos capazes de o parar. Cláudio Fonseca saltou do banco para fazer a diferença no segundo tempo. A nossa defesa teve que mudar e no ataque não nos foi oferecido nada no jogo interior. Realizamos uma exibição regular mas a este nível não é suficiente.”