CAB cede frente ao Petro

Não foi a estreia desejada, já que perdeu por 88-77 frente ao Petro, atual campeão angolano, mas o CAB bateu-se bem no seu primeiro embate desta Supertaça Compal.

Competições
14 FEV 2012

Foi notória a curta rotação que o técnico João Freitas possui para este torneio, agravada ainda pela lesão de Mário Fernandes, e a indisponibilidade de Barry Shetzer. Se em termos ofensivos, mesmo a falhar alguns cestos fáceis, os madeirenses foram resolvendo os problemas, defensivamente foi mais complicado de travar as soluções e a intensidade colocada no jogo pelo Libolo.

O primeiro quarto comprovou a qualidade ofensiva dos atuais campeões angolanos, 28 pontos marcados, com Rod Nealy a confirmar que mantêm intactas as suas qualidades técnicas ofensivas, e Carlos Morais a provar que é um jogador de eleição. A defesa foi efetivamente o principal problema dos insulares, já que em termos ofensivos os comandados de João Feitas, sem executarem na perfeição, estiveram bastante bem. Os 28-21, favoráveis aos angolanos, demonstrava bem a qualidade do jogo nos primeiros 10 minutos, onde os ataques se superiorizaram às defesas, beneficiando com isso o espetáculo.No segundo período as duas equipas perderam o fulgor ofensivo evidenciado no arranque do encontro, até porque a intensidade defensiva subiu em ambas as partes. O CAB a procurar equilibrar mais o seu jogo interior e exterior, e mesmo tendo corrido atrás do prejuízo, a equipa portuguesa manteve-se na discussão do jogo até se atingir o intervalo. Nos minutos finais da primeira parte o conjunto português teve o seu melhor período defensivo, a atacar agressivamente os bloqueios na bola, as rotações defensivas a funcionarem, que, em conjunto, evidenciavam dificuldades até então não reveladas pela equipa do Petro. O intervalo chegava com o CAB a perder por seis pontos (39-45), um resultado que deixava tudo em aberto para a segunda parte.O recomeço da etapa complementar foi penoso para a equipa do CAB Madeira, que ao sofrer um parcial de 11-0 viu o Petro fugir no marcador (56-39). O cansaço começou-se a acentuar nos atletas madeirenses ainda que isso não sirva de desculpa para a forma pouco concentrada como os insulares regressaram ao jogo. Face à entorse de Mário Fernandes ainda durante a primeira parte, a ausência do norte-americano Barry Shetzer (entorse no joelho) a rotação do banco ficava curta para o técnico João Freitas que para além do mais contava com vários jogadores a fazerem a sua estreia internacional em eventos desta grandeza.Mas isto não retira o mérito à equipa angolana pela forma determinada como reentrou na partida, com os seus principais jogadores a assumirem o protagonismo que deles era esperado. Nealy bem nas áreas próximas do cesto, e não só, e Carlos Morais a dominar no perímetro criando desiquilibrios defensivos sucessivos que permitiam cestos de conversão fácil aos seus companheiros. Os quinze pontos de diferença (72-57) que o marcador registava no final do 3º período deixavam antever enormes dificuldades para que o conjunto madeirense conseguisse sair vencedora deste jogo.No último quarto o CAB bateu-se muito bem, fez o que lhe competia, defender com maior agressividade, arriscar nas linhas de passe, tentar situações de 2×1, mas teve pela frente um adversário que teve a mestria para contornar essa forma de jogar. Mas se no resultado final a equipa não teve o sucesso desejado, o técnico João Freitas terá ganho para sua equipa maturidade, experiência internacional e, acima de tudo, competição de grande nível que lhe poderá vir a ser útil no futuro. A derrota madeirense por 88-77 não deslustra, num encontro em que a equipa portuguesa teve bons momentos e deixou uma boa imagem perante um adversário difícil, nada mais nada menos que o atual campeão angolano. Na equipa madeirense, o base Austin Keanon foi o melhor marcador com 22 pontos, ainda que tenha melhorar no controlo da posse de bola. O internacional Jorge Coelho (16 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências), MVP do jogo com 20 de valorização, bateu-se bravamente com os postes da equipa contrária, mas não teve tarefa fácil em tentar parar a mobilidade de Rod Nealy. Shawn Jackson (15 pontos, 6 ressaltos e 4 roubos de bola), como sempre, um exemplo de profissionalismo, para além de em termos defensivos ter tido a árdua tarefa de limitar ao máximo a capacidade ofensiva de Carlos Morais.

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14 FEV 2012

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